quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Post 9: Sobre simplicidade, Japoneses e Sacadas.

Iskye Isseya - Primeiro Homem Cego (foto de Alexandre Hermel)


Tirei um peso das costas. Explico:
No roteiro, há uma relação conflituosa entre o Primeiro Homem Cego e A Mulher do Primeiro Homem Cego. Eles já são apresentados brigando. A Mulher é tão egoísta que não consegue ficar ao lado do marido nem quando ele acaba de perder a visão. No livro não é assim. Estranhei esse tom hostil do roteiro a princípio, mas depois vi que havia ali uma oportunidade para a criação de um bom arco dramático para o casal. Roteiristas sabem que o conflito é a melhor gasolina para qualquer história.

Para o papel do Primeiro Homem Cego e sua mulher, convidei dois atores japoneses, Yoshino Kimura e Yuske Isseya, que coincidentemente começaram a namorar assim que foram escalados. Na história eles cegam, vão para uma quarentena, mas mesmo assim quase não se falam. Ao pensar nessa situação sem saída deste casal me veio uma imagem: Os dois sentados num banco diante de um enorme muro, no meio do lixo. A imagem então virou uma cena, que já filmei. Eles começam lado a lado, estão banhados pela cálida luz de uma fogueira que crepita aconchegantemente. Tudo ao redor está desfocado, a imagem é romântica e ele tenta reconforta-la. Havia um texto no roteiro, mas o Yuske me pediu para substituí-lo por uma história real de uma experiência que ele viveu com a Yoshino, que aconteceu também na frente de uma fogueira. Ela não sabia que ele iria mudar completamente o texto.

Rodamos as câmeras sem ensaiar ou avisá-la da mudança, e ele começou: “Você se lembra do dia em que nos conhecemos? Foi no ano novo, em um templo, diante de um fogo como esse, estava frio, nós nos encostamos e ficamos aquecidos, não queríamos mais nos descolar”. E continuou acrescentando alguns detalhes daquele dia num tom emocional. Neste momento ela já estava lacrimejando. A cena me pareceu linda, mesmo eu não entendendo patavina, pois foi falada em japonês.

“-Você se lembra daquele dia?”, concluiu. Então, como um samurai desembainhando a espada, ela responde: - “Fique quieto. Eu não consigo fingir”. Nesta hora vou cortar da imagem romântica em close e revelar que estão sentados no banco diante do tal muro e revelamos que o fogo vem de uma pilha de lixo sendo queimado. O foco da imagem “real” arrasa a imaginação desfocada. Não há mais comunicação entre eles. Nem brigar ela briga e a relação dos dois piora ainda mais. (Aliás, tudo parece só piorar neste filme.)

Como é sempre mais fácil derrubar do que construir, foi bico plantar esse conflito entre o casal, mas depois era preciso criar uma solução para eles. Durante semanas conversei com os atores e com o roteirista sobre possíveis cenas para a reconciliação dos personagens. Um pedido de desculpas, sexo, discutiriam a relação? Todos os caminhos me pareciam demasiadamente melodramáticos ou óbvios. Eu gostaria de encontrar algo bem simples. A simplicidade é sempre mais tocante, mas é impressionante como só o repertório de clichês vem à tona nestes momentos. O tempo passava e nada. Fomos para o Uruguai e a necessidade de acharmos um final para a trama do casal começou a aumentar. Já estamos rodando as últimas cenas da história (ainda falta rodar todo o início) e até hoje não tínhamos uma saída para este conflito plantado. Então, essa tarde, sentado no set com os atores, o próprio Yuske me entregou a solução de bandeja: Como há uma lareira na casa do Médico para onde todos os personagens vão no final, a idéia seria colocar o casal ali , ao lado do fogo, fazer um enquadramento muito parecido com o da cena do muro e então a Mulher do Primeiro Homem Cego, que estaria em silêncio ao lado do marido, talvez pensando sobre os vários acontecimentos pelos quais passou durante as últimas semanas, de repente, vira-se para ele e responde a pergunta de semanas atrás:
“Eu me lembro daquele dia sim”. Ele sorri levemente. E assim a conexão entre os dois se restabelece. Ponto.

Claro que sem eu descrever o percurso dos personagens daquele dia do muro até esse momento essa solução parece meio besta, mas a idéia é mostrar que toda a experiência e o sofrimento pelo qual ela passou de certa forma destamparam alguma coisa nela (a visão ?) e que nesse restabelecimento do contato com o marido está sintetizada sua transformação. Bonito, não? (Bem, talvez assim, lido, não pareça tão bom, mas com aqueles atores e falado em japonês acho que vai ficar bacana.)

De qualquer maneira gosto destes momentos, quando alguma peça que estava faltando se encaixa no quebra-cabeça, quando um corte modifica uma cena, um movimento de câmera parece ter alma, ou ainda uma música colocada veste uma seqüência. São momentos vivos. Ser surpreendido por eles é o maior prazer desta profissão. Gostaria de acreditar que são também esses momentos que conectam os espectadores aos filmes, mas imagino que 95% destas sacadas se percam em algum lugar entre a tela e as poltronas do cinema e, como o replicante no final de Blade Runner, me pergunto:
“Onde vão parar todos esses momentos?”

Mesmo assim trabalho forte pelos 5% que podem chegar até o destino, que é a mente do camarada sentado na poltrona olhando para a tela branca banhada pela luz do projetor.

Há um pouco de Sísifo neste meu ofício.

158 comentários:

Rafael Ramos disse...

De tanto acompanhar este blog, estou completamente ansioso pelo filme.
Sem querer desmerecer Saramago, mas lerei o livro somente depois de ver o filme.
Acho que o que você vem contando no blog é suficiente para que sejam criadas várias idéias na mente do espectador.

Qual é a previsão de estréia?

Unknown disse...

Fernando. Muita.. muita.. sorte cara. Você é fera. Seu blog é sensacional.

Ansioso pelo filme...

Fabio disse...

não acho que seja um esforço em vão buscar esses 5%. De sísifo o seu ofício não tem nada, por que quando essa sua pedra chegar ao cume da montanha, ela vai ficar por lá pra sempre, e não rolar de volta até a base.

Oscar Vareda disse...

Eu lembrarei desse filme...

Tanaka disse...

"...toda a experiência e o sofrimento pelo qual ela passou de certa forma destamparam alguma coisa nela (a visão ?) e que nesse restabelecimento do contato com o marido está sintetizada sua transformação..."

Bonito é pouco, muito poético, muito real ao mesmo tempo. Fugir dos estereótipos e buscar essa sutileza também é uma homenagem ao cinema japonês. Sem puxa saquismos adorei a solução...quem dera a vida nos propiciasse soluções assim poéticas para os dilemas do coração...

Unknown disse...

Cara, detesto o conceito "Blog", mas o teu é o único que eu acesso TODOS os dias esperando ansiosamente pra saber mais sobre os detalhes impressionates que tu revelas por aqui...... parabéns. "Ensaio.." é o melhor livro que li nos meus 33 anos de vida e tu é o UNICO diretor que tem minha aprovação pessoal e instransferível para o projeto.... é muita sorte te ter como diretor... Um abraço forte de um grande fã teu....

Batman Lusitano disse...

Puxa Fernando...
Lendo já parece muito bom. "Vendo/ouvindo/vivendo" deve ser melhor ainda. Acredito honestamente que esse tipo de sacada só acontece com pessoas brilhentemente humildes que sabem ouvir.
Bacana. Muito bacana, vou lembrar deste post quando estiver na minha poltrona te assistindo.
Abraço e mais uma vez boa sorte por ai.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Música CEGUEIRA, se quiser ouvir só clicar ao link abaixo:
http://www.tramavirtual.com.br/fantoch

letras Cegueira:
http://fan-toch.letras.terra.com.br/

Se quiser nos adicionar fique a vontade!
nosso profile:
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=11232329238403430833

PS: TODAS GRAVAÇÕES FORAM MIXADAS PELA PRÉPRIA BANDA, POR ISSO TEM A QUALIDADE DE UMA DEMO!!

SB disse...

...na bagagem

Eu Sou Eu e Não Você disse...

Olá Fernando,

Creio que a sua solução para restabelecer o contato entre o casal foi ótima. Só com sua descrição já me emocionei.

Obrigada por escrever este diário.

Angela Militino
Fpolis/SC

P.S. Vem filmar em Floripa

Vanessa Campos disse...

Olhe, esse menino, eu tento não vir aqui, pra não quebrar o impacto das cenas quando o fime chegar às telas e não descobrir os desfechos mas tem jeito não, cá estou eu de novo. Logo eu, que morro de medo do Saramago... djábo de curiosidade essa nossa, né? Mas é assim mesmo, eu sempre compor os Dvd's pelo Making Off.

Raul disse...

Cara, você é demais

Marta De Divitiis disse...

Adoro esses posts. As cenas diante da fogueira e da lareira devem estar lindas, da forma como foram descritas...

Vinicius Maciel disse...

ao contrário, Fernando: assim, lido, parece lindo o desfecho! E gostei da crueza que me pareceu ter o corte do plano romântico pra mostrar a pilha de lixo.

este post é um grande exemplo de uma intervenção na história original que me pareceu extremamente benéfica. A do post anterior achei um pouco estranha, apesar de que isso possa ser a diferença entre ler uma cena e assistir a ela.

obviamente ansioso,

vinicius.

André disse...

Fernando. Achei lindo só de ler, e agora to mais ansioso pra ver a cena falada em japonês. Como você disse, a simplicidade é sempre mais tocante.
Estou admirando cada vez mais o seu trabalho, e gostaria de dar os parabéns, por esta conexão que vocÊ consegue com o seu público.
Grande Abraço.
André!

flávia disse...

A simplicidade é sempre o ponto mais tocante.
belo. sempre.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

olha...eu sei que todos aqui já disseram:"Fernando,esse blog é demais blá,blá,blá..."

mas mesmo assim eu não posso deixar de ratificar o que todos dizem...pois certamente...este blog é perfeito...qualquer um que goste de cinema "pira" com isto aqui...

e...Saramago+Meirelles+Julianne Moore...pode dar algo errado?!...impossível...

Gus Lise disse...

Fê!! Pra variar sempre estou aqui lendo tudo sobre as novidades do filme!!! Sempre os 5% é isso que nos faz adorar o seu trabalho!!
Ahh, gostaria de dar uma dica, conhece a cantora Badi Assad, tem músicas, estilo e voz que dariam todo o tom nesses 5% tão importante!
Já te falei dela por e-mail se não me engano, acesse:
www.badiassad.com

Acredite vale a pena conferir!!
Abraço,

Gus Lise

Lembamuxi disse...

fernando,
já ouviu Arvo Pärt?
há coisas lindas dele
cegas em frente a muros
não sei se te agrada,
mas experimente.

Anônimo disse...

I am SOOOO happy to read all of these entries and SOOOO excited for the movie. It looks like you're doing a wonderful treatment of one of my favorite books. Thank you!!

Unknown disse...

Estou cada vez mais ansiosa pra ver o filme =)
Adoro a maneira como vc escreve. Parabéns pelo excelente trabalho!

Bruno Brum disse...

Oi Fernando...

Esse blog é sensacional! Aliás, este blog me levou a comprar o livro para tentar entender, ficar mais próximo e ligado a este magnífico processo de criação!

Saber ouvir é uma qualidade das mais louváveis!

Ansiosíssimo para ver o filme!!!

Abçs!

Marcelo Garcia disse...

Fernando arrepiei só de ler, fico imaginado quando ver o filme, acho que não levarei minha namorada, pois provavelmente irei chorar.
To pensando em uma forma de te elogiar sem parecer clichê e repetitivo, mas diferente de você não sou tão criativo, por isso a única palavra que me vem a cabeça é: Perfeito !!
PS: Brilhante este Blog, o céu o limite para você, tu consegue ser muito sensível e ao mesmo tempo pragmático e criativo, isso é muito raro em um ser humano.

Rogério Saliba disse...

Olá Fernando!
Cara, não há menor dúvida de que vc achou o desfecho perfeito! Apesar de, como vc mesmo disse, vir sempre a mente as soluções óbvias, clichês, a sua escolha prova que as mais simples são sempre as ideais.
E num filme como o seu, o público certamente saberá enxergar isso em cada um desses pequenos momentos.
abs.

Abraços!

Paola disse...

Fernando,
Não é possível,cada vez que leio um post novo me emociono, estou muito ansiosa para ver o filme, já que estou sentindo que o filme vai ampliar o livro...
que vou conseguir ver, até os personagens de outros livros no meio dessa cegueira. Quando li a cegueira, já havia lido o cerco, então para mim o velho que escritor era o Raimundo Silva .
Obrigada por esta experiência, pode compartilhar consco o momento da criação
Paola

Unknown disse...

Adorei, no final, a maneira sutil como você chamou os espectadores de ignorantes.

ju k disse...

estes momentos não se perdem para o leitor atento, que lê o filme como lê um livro, que busca na arte a grande sacada, que conecta.poucos são, mas para eles se escrevem livros e se filmam filmes. os outros apenas compram ingresso, e tudo bem, a César o que é de César.

Taynar disse...

Concordo com o post do Rafael Ramos, de tanto ler o blog, quero logo que chegue o dia.
Principalmente por contar com atores que sempre admirei, como a Julianne Moore e o Gael.
Sem dúvidas, mesmo que fosse feito com uma camêra de celular e bonecos de papel machê, e tivesse esse setimento que você expressa nele, ainda assim seria belo.
Parabéns!

obbb da minha vidA disse...

Eu querooo veeeeeeeer :\........

Mundos & Profundos disse...

Minha cena favorita em "O Jardineiro Fiel" é, quando quase no final, Ralph Fiennes sente que vai morrer e vislumbra Tessa sentada ao seu lado, sorrindo para ele. Fui aos prantos nessa cena e, estranhamente, ao contrário de todos os outros filmes meus prediletos, não consigo rever "O Jardineiro...", pois me dói só de pensar na cena final.
Fernando, difícil dizer que admiro seu trabalho e sou sua fã ser brega e soar cliché, como já foi comentado antes. Portanto, você já deve ter entendido.
Também acesso este blog todos os dias para ver as novas cenas, e, a de hoje me emocionou profundamente, Me pergunto de onde surgiu a idéia de escalar estes atores japoneses... Sei que você já esteve no Japão, e acho sinceramente que você deveria filmar lá, gostaria muito de conferir a sua visão sobre este país tão singular e complexo.
Se lhe interessar, estou de mudança para Tokyo, e quando você estiver lá, filmando, divulgando trabalhos, passeando, sei lá, e precisar de uma intérprete, PLEEEEEEEEEASE, me chame!!!!!!!
Esperando ansiosamente por "Blindness"...

Kelly Christynna disse...

essas soluções estão geniais. Quero muito ver o filme. O livro me trouxe náuseas, daquelas que às vezes devemos sentir.

Anônimo disse...

E tem como não ser sua fã?

Já estou ansiosa pelo filme.

Baruch Blumberg disse...

Gostei muito das ideias, e estou na espectativa do filme. ja li o livro e adorei, e não poderiam ter escolhido uma pessoa melhor para ficar a frente desse projeto. Sou fã do Fernando. Adorei o Jardineiro Fiel e principalmente sua direção muito segura. Boa Sorte na Produção.

Baruch Blumberg disse...

Gostei muito das ideias, e estou na espectativa do filme. ja li o livro e adorei, e não poderiam ter escolhido uma pessoa melhor para ficar a frente desse projeto. Sou fã do Fernando. Adorei o Jardineiro Fiel e sua direção foi precisa. Boa Sorte na produção.

29 anos disse...

Puxa, demorou um pouco para sair outro post! Entro todo dia esperando para ler mais um pouco sobre esse filme - e mais - acho que meus pedidos foram atendidos - começaram a surgir fotos! Muito bom! Um casal de japoneses e falando japones - só você mesmo. Nunca imaginei um personagem japones na história, mas deve ser bacana. Acaba esse filme logo, antecipa a estreia... sei lá, vou ficar maluco esperando! Manda um post sobre a musica do filme... quem vai ser o responsavel (e que responsabilidade)... Sucesso! Criei um blog inspirado por este seu.. http://eunaoexisto.blog.terra.com.br

Pacha Urbano disse...

Naturalmente, quando li o livro eu imaginei toda a história se passando em Portugal, com locações tipicamente portuguesas, atores portugueses, falado em português. Porém, sempre que pensava na história a imaginava em toda parte, no Brasil, no mundo. Agora, lendo seu post, pensando na sua escalação de elenco e tudo o mais eu vejo que é muito mais coerente toda esta multiplicidade étnica.

Uma confissão: eu sempre imaginei o Velho da Venda Preta como sendo o ator argentino Federico Luppi. Mas já me acostumo com a idéia de ser o Danny Glover.

. disse...

Sua descrição da cena dos japoneses me remeteu a algumas cenas de Jardineiro Fiel.
Se a dose de emoção for parecida, vai ficar lindo!

Parabéns! esperamos ansionsos :)

Marcatto disse...

cada vez que leio um post novo dá mais vontade de ver a adaptação. eu acho que o legal de ser "adaptado" é essa liberdade de mexer com os personagens. dar mais ênfase ao primeiro cara cego, ao lider da camarata número 3, essas coisas. acho legal também o cara ser japonês e falar em japonês para dar em imagens a idéia do "país sem nome", que não é país nenhum e todos os países ao mesmo tempo. quando ficar pronto pode ter certeza que sairei correndo para as filas do cinema! =D

Unknown disse...

Por favor Fernando, vc poderia me dar uma chance para fazer algum teste num filme seu. Eu amo cinema, mas moro no interior, ñ tenho chance de ir para SP ou RJ. Sei lá, qq coisa, se vc ficar curioso eu mando alguma foto, posso fazer algum teste de vídeo e mandar pelo correio, pode ñ dar em nada mas acredito que ñ custa nada eu tentar.
Um abraço e parabéns.

Carolita disse...

Eu li o livro e o considero uma das melhores coisas que já li na vida, José Saramago é maravilhoso e o livro uma obra-prima.
Fernando, com certeza vc vai conseguir passar o essencial o filme e já estou ansiosa pelo resultado !!
Boa sorte =)

Unknown disse...

Lógico que consegui captar a emoção, mesmo escrita no blog...
E olha só...estou no trabalho e com muita de gente falando ao meu redor.

VOCÊ É O MÁXIMO
Boa sorte e corre com isso...

mihail disse...

sobre a parte dos 5% vc tem razão, a maioria das pessoas assistem filmes bons como se estivessem assistindo um filme do chuck norris.

nelsonaugusto disse...

São muito mais do que 5%, com absoluta certeza!!!

Gleydson disse...

Oi de novo Fernando! A sua descrição foi tão passional que eu "vi" as duas cenas.

Uma coisa a respeito dos povos orientais (especialmente chineses e japoneses) que tenho aprendido é que eles têm uma veia muito lúdica, talvez por lidarem quase que o tempo todo com simbologias, a começar pela língua. Sempre têm algo a acrescentar em uma discussão criativa.

Tomara que eu consiga pescar um pouco dos 5%! ;-)

Obrigado e um abraço!

Unknown disse...

Fernando,

Pelo amor de Deus, não faça mais isso com a gente. Você some por 13 dias, não manda notícias. A gente vendo pela televisão que você está gravando no Centro de São Paulo, Higienópolis, Itaim. E você nem pra contar os detalhes? Ficamos anciosos.rs. Mas valeu a pena esperar. Adorei o último post.
Se o filme for melhor que os post, com certeza será sucesso. Parabéns!!!

Unknown disse...

Também acho que a beleza das coisas estão na simplicidade...isso vale pra vida real tb...

Jan disse...

Você a cada post me deixa com mais expectativa por este filme. Ótimas expectativas.

Não conheço estes atores japoneses (conheço do cinema oriental muito pouco além de Jet Li's e Jack Chan's), mas imagino como esta cena deve ter ficado boa!

um abraço e boa sorte

Jan

leandruh disse...

.É impressionante como a simples descriçao da realidade do inexistente(cinena em si)nos faz sentir o calor humano e a naturalidade da vida.
.Quem nos dera fossemos todos cegos ai conseguiriamos ver(sentir) os sentimentos que com os olhos abertos nao vemos.BLINDNESS nos levar a enchergar o que esta em nós!Perfeito e pouco para descrever o livro e ansiedade nao cabe no que eu sinto em relação ao filme!!
."Precisamos fechar os olhos para enchergarmos o que está na nossa frente!!"(eu q fiz!!)

Sol disse...

É tudo ler esse blog. Eu paro, me acomodo e leio com prazer. Que barato!

O filme já existe nesse blog, de alguma maneira já o estamos vendo, nesses fragmentos, já o estamos construindo, e serão milhões de filmes de Blindness.

PARA QUANDO A ESTRÉIA ESTÁ PREVISTA?

Arnaldo - Olhando disse...

Eu não consegui esperar o filme, depois de descobrir o blog, sai correndo para comprar e ler o livro, e tenho certeza que a ansiedade e palpitação que tive ao ler os capítulos finais se repetirão no filme deste extraordinário diretor e que pelo visto também é fã de Blade Runner.

Arnaldo - Olhando disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FRIENDS- forever! disse...

Meirelles, estou extremamente ansiosa pelo filme!Gostaria de poder ver as filmagens em SP, mas acho que as mesmas já devem ter acabado né?

Ah!Lendo esse último pOst me veio uma dúvida na cabeça, quem é o responsável pela trilha sonora do filme?

Abraços e Boa sorte!

wilmota disse...

Desde que li este livro, há uns dois anos atrás, não paro de dizer, a qualquer pessoa que puxe assunto sobre livros, que este é o meu preferido! Sempre me imaginei diretor, e se depender de minha vontade, posso até ser, um dia, e Ensaio sobre a cegueira estava no topo de idéias de projetos. Confesso que fiquei triste quando descobri que já iriam filmar, mas me alegrou saber quem o assumiria.
Olha só, Fernando, estou esperando que seja meu filme preferido também!
Abraço!

Unknown disse...

Pela primeira vez acompanho um blog... Puxa, como estou anciosa.
O livro mudou minha visão da vida. O filme certamente fará toda diferença tb. Fernando, percebo cada vez mais, a cada post, como vc está no caminho certo. Será um filme simplesmente maravilhoso...

ROBERTO SCHULTZ disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ROBERTO SCHULTZ disse...

É uma idéia recorrente e PRECISO comentá-la. Sempre me vem à mente o Danny Glover, com suas mãos negras, tendo na mão esquerda um anel que parece um olho. Não um olho de vidro, mas uma pedra (olho-de-tigre, quem sabe)que sugira isso. Leio sempre o blog e o processo criativo é algo bonito de se ver. Guardadas as proporções, estou nessa fase, com o Romance que lançarei em breve, o meu primeiro depois dos livros de contos. Sei como você se sente, vendo mais um filho se formar.É o sal da terra. E uma baita responsabilidade com os tais 5%.

Unknown disse...

Fernando...

Mesmo em uma super produção do outro lado do mundo..as coisas pegando fogo aqui (começamos a filmar em uma semana) eu tento tirar 10 minutos para ler seu blog (que foi um achado...o mesmo aconteceu qndo vc postou sobre O jardineiro e eu lia na Argentina...e não conseguia dormir pensando). No começo do ano assisti uma palestra do Charlone e fiquei encantada...fgstaria eu de estar nessa produção ajudando e fazendo o nosso mercado crescer ainda mais...ao invés de estar trabalhando para gringos...enfim...um dia quem sabe!

Looking forward to reading the next post!

Keep them coming!

Cheers,

Carla disse...

Acho, ao contrário do que diz o Fernando, que 100% destas sacadas chegam nas poltronas dos cinemas, talvez não à mente das pessoas. Entram por outros canais, canais que desconhecem, e os inundam de coisas que nem eles sabem nominar. Este é o verdadeiro poder da arte. Parabéns pelo lindo trabalho que é este de alimentar as almas sensíveis!
Carla Ribas.

Patty Diphusa disse...

Boa, gostei da solução da segunda fogueira. Simples, direta e expressiva. Sísifo? Por toda a malícia com que ele driblava os obstáculos que apareciam ou quando já condenado ao trabalho rotineiro e cansativo de carregar aquela pedra de mármore por toda a eternidade? O trabalho de Sísifo que exige deixar que o processo de criação flua mesmo diante da massacrante rotina e exaustão, não?
Boa sorte, esse filme não deve estar piorando como vc diz.

Thaise de Moraes disse...

Acho que nunca sonhei tanto em ver um filme, como tenho sonhado com esse filme.Já faz um bom tempo que li esse livro, mas os personagens ainda estão muito vivos, e imaginá-los por meio das cenas que descreves me deixa fascinada. Boa sorte com as filmagens. Gostaria, de um dia, quem sabe, poder ver vc dirigindo um filme.
ABS
Até mais
†haise de Moraes

Patty Diphusa disse...

Eu gosto muito da idéia desse blog, mas sabe o que eu sinto falta? interatividade. O gostoso do blog não é só postar, é participar dos comentários, discutir, brigar, concordar, whatever, participar junto com os leitores. Não vale a pena vc entrar tbem nos comentários? Só palpitando...bjs

vera maria disse...

Oi, Fernando, só para aumentar o coro dos felizes com sua entrega generosa do como fazer um sensível filme sobre um livro em que todos os leitores se encontram.
Obrigada, sempre,
clara lopez

Celso Jr. disse...

Eu li o livro de Saramago assim que foi lançado.
Li quase tudo de Saramago.
"Ensaio" é o meu preferido.
Pelo que leio aqui, pressinto que o filme deva ficar realmente bacana.
Elenco bom, diretor sensível e honesto.
Acho que está rolando.
Fico feliz e ansioso (assim como muitos que vêm acompanhando o blog) em ver logo este filme.

Bos sorte na edição.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Acompanho esse blog post a post,

e espero com muita ansiedade ficar de frente a essa tal tela branca.

FRANCISCO MALTA disse...

Fernando
queria um contato seu para convida-lo para uma entrevista,pode ser e-mail,estou no Rio.
obrigado
Francisco Malta

Israel Barros disse...

Concordo com a Patty Diphusa. Blog e bom pra poder trocar ideias e não vale para ser um monologo silencioso. Inclusive eu vim aqui perguntar qual a relação entre o filme e o blog e saber se de alguma forma as opiniões aqui expressadas influenciaram sua percepção da historia que voce esta filmando.

Ela reflete lilás disse...

Fui à um show na sexta do cantor e compositor Dalto, onde ele disse que "a música é a ARTE de OUVIR". Lendo esse post, lembrei disso e entendi que o Filme/Cinema é simplesmente a ARTE de enxergar! E a história desse livro na minha concepção, tenta nos mostrar o quanto as pessoas vem perdendo a capacidade de enxergar e viver as coisas simples da vida, que realmente importam e podem fazer a diferença!!! Adorei a cena Fernando e acho que mais de 5% das pessoas vão entender isso!!!

Julio disse...

Oi tudo bom, eu li o livro e estou muito curioso para saber como ficou ou como vai ficar [se ainda estão filmando], muitas versões para o cinema de obras literarias não conseguiram alcanzar a força da historia impressa em letras. Falando nisso; como é que tu sabes tudo isso do filme, este é meu e-mail jadfilho@yahoo.com.

Julio disse...

Pera'i, tu es o Fernando Meirelles, cara eu sou teu fan, gostaria de poder contar historias como tu, parabens pela força do teu trabalho, gostaria de ter mais amigos com a tua originalidade e criatividade; e ai topas, jadfilho@yahoo.com

Cláudia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cláudia disse...

Oi Fernando
Como minha vida atual é pura monografia, é a primeira vez que entrei nesse blog.
Fiquei muito feliz de esse ter sido o primeiro post que leio em meses.
Com certeza a emoção da relação PHC e PMC não se perdeu ao descrevê-la. Pelo menos aos que têm imaginação. Mas além da emoção da cena, o mais belo desse post é a tua emoção por cada detalhe do filme. Com a formação da magia. É isso que me faz amar o cinema. A técnica em função da emoção e a emoção de encontrar a técnica. Talvez um pouco Sísifo, mas com gosto de topo da montanha.
Obrigado por alimentar a alma desta sonhadora. E por, já a algum tempo, ter acrescentado outro sonho na minha lista: trabalhar contigo.

J. Rocha disse...

Aí Fernando,parabéns cara,vc é fera!Sou teu fã e mal posso esperar para assistir a esse teu novo trabalho....Abração!!

Unknown disse...

Fernando,

preocupe-se em semear; poucas sementes "vingam", mas quantos homens, sozinhos, já transformaram o mundo...
Grata.
Abraço

Ana lanzoni

Maurício disse...

Existem muitos momentos na produção de um filme que nós, que somente vamos assistir, não temos a mínima noção. Ao escrever esse Blog, você nos dá uma imagem mais completa. A direção de atores é algo complexo, quase inexplicável. Mas, quando você descreve o processo... Bem, eu acho fantástico a liberdade que você dá aos atores. Quem é apaixonado por cinema, como eu, se apaixona ainda mais. Tenho somente que agradecer pela oportunidade que nos dá para vislumbrar o filme.

Torço para que o filme sai exatamente como você vê em sua mente.

Dudubraga disse...

saudades do Yusuke e da Yoshino...

Anônimo disse...

Quais as causas de 95% se perderem? A incompetência do narrador/criador ou a burrice da audiência? Não estou querendo criar polêmica, apenas acho que o texto dá margem a essa interpretação, não?
Mas se as sacadas são assim tão importantes e pouco delas chegam até nós (ou somos incapazes de apreendê-las) o filme é única e exclusivamente, em sua inteireza, realizado para o próprio realizador (diretor).
Entretanto, não creio que o próprio artista consiga explicar completamente sua própria arte. Mesmo Picasso não seria o melhor teórico do cubismo. Ainda que de teóricos, estamos fartos, não é mesmo?
Amplexos.

Iza disse...

resolvi ler o livro e estou adorando
Graças a esse Blog
Thanks

lu disse...

clap! clap! clap! clap! clap!

Annix disse...

A solução para o conflito não poderia ter sido outra, muito bom.

Maína Junqueira disse...

Tomara que a cena e a "solução" cheguem até a montagem final do filme. Lido aqui, parece lindo, promete. O livro é maravilhoso e difícil, num certo sentido. E essas cenas me lembrou muito um certo 'clima' que o livro me passou quando o li. Legal!

Cris disse...

estou lendo o livro e o blog ao mesmo tempo e ver e comparar as cenas só aguça a curiosiade, tomar que passe rapidinho e o jeito como escreves, só é melhor voce filmando...

Rasckita disse...

Nossa! Adorei esse post (bem, adoro o seu blog) e estou a cada dia mais curiosa para ver o filme. É legal ficar sabendo desses pequenos detalhes e depois vê-los na tela.

Luana! disse...

fui presenteada pelo livro de saramago no meu aniversário deste ano. qd eu leio algum livro, sempre busco algo significante sobre ele e nessa busca eis q encontrei algo falando sobre o seu filme q sairia ainda este ano. agora, estou ansiosíssima, pois esse livro marcou mto algumas "visões" minhas.

aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

qd?
qd?
qd?
qd teremos o prazer de assisti-lo, hein?
mto bom esse blog. virei aqui mtaaaaaaas vezes!

Bela Emily disse...

Boa noite Fernando querido ,como a anda acorreria ,bom sou estudante de cinema em Porto Alegre e gostaria de saber se vc tem alguma caixa postal ou email a qual poderia lhe enviar um roteiro,ou até mesmo alguém que possa te entregar. Meu email é ( belaemily@hotmail.com ) beijokas e boa semana.

Daniel disse...

Todos esses momentos ficam em mim. É incrível quando um desses elementos realmente faz todo o sentido numa cena! Pena q nem todo mundo percebe (O prepotente! hahaha). Mas é isso aí, seu blog ta ótimo! Adoro acompanhar a 'crição cinematográfica' de um dos meus livros preferidos. Sei que não vai ser como eu imaginei e acho q isso q me atrai.

Unknown disse...

e quando vc ira soltar algumas partes no youtube se lembre que as melhores coisas na vida sao gratis

Renata disse...

Sobre o comentário de Irreversível, as duas cenas que, segundo Fernando Meirelles, fizeram muitas pessoas não notarem a qualidade do filme foram justamente as cenas que lhe deram tanto cartaz. Na minha visão leiga, muitos cineastas buscam o sucesso por meio da polêmica e do choque. E muitos espectadores (os que garantem o sucesso do filme) chegam à catarse ou à satisfãção de seus desejos mais sórdidos pelo sofrimento ou perturbação do personagem. Mas isso já desisti de entender. Não assisti propositalmente a Irreversível, mas pretendo assistir a Blindness (apesar das cenas de estupro que pelo visto devem provocar desconforto demasiado que não busco em cinema), não porque queira me impressionar, para isso basta ler os jornais, a história do Saramago não traz novidade alguma, mas porque gostei de Cidade de Deus e Jardineiro Fiel e acho que vale à pena dar uma chance, mesmo tendo sérias e inabaláveis convicções contra cenas de estupro "longas e fortes".

Iradilson Costa disse...

Olá Fernando
vi o trailer há alguns dias e estou bastante ansioso pra ver o filme
comprei o livro e comecei a lê-lo ontem

gostei bastante do jardineiro fiel
bom trabalho na finalização do filme

vc é d+

Unknown disse...

Li o livro O PERFUME, de Patrick Suskind; alguns anos depois eu vi o filme. Prometi a mim mesma que nunca mais faria isso, ou seja, preferiria ficar com o meu imaginário. No entanto, confesso que estou disposta a rever esse compromisso que assumi comigo mesma. Você me parece ser uma pessoa com sensibilidade suficiente para captar a alma de Saramago. Siga em frente, e que Deus abençoe o seu trabalho.

Unknown disse...

Olá

axu interessante vc kerer produzir um filme com base em um romance tão maravilhoso

=)

Desejo-te toda sorte do mundo, pois , o livro é fascinante e minha paixão por Saramago devo principalmente a este livro

estou ansiosa em assistir seu filme


Sorte

Sorte

Sorte

:D

Unknown disse...

Olá

axu interessante vc kerer produzir um filme com base em um romance tão maravilhoso

=)

Desejo-te toda sorte do mundo, pois , o livro é fascinante e minha paixão por Saramago devo principalmente a este livro

estou ansiosa em assistir seu filme


Sorte

Sorte

Sorte

:D

Anônimo disse...

Li o livro há uns 3 anos. Foi a obra que mais me impactou nesses últimos tempos. Fique sabendo que você iria dirigir um filme sobre a obra de Saramago ano passado, pô, que surpresa! Adoro seus filmes, as sutilezas de um observador sensível. Vi o trailer. A atmosfera me fez lembrar do visual que ficou impregnado na minha cabeça desde à leitura. Aquele nostalgia que vai nos incomodando a medida que o livro avança. Como um leproso amarrado a um espelho, sempre vai estar lá, a imagem de sua decadência. Espero que o filme dê uma mexida em todos nós, tem muita acontecendo, e fingimos não ver. Abraço Meirelles e sucesso!

juarez disse...

Sugiro ao Meirelles, que aproveite a fama do Wagner Moura, Selton Melo e Dalton Melo, para refilmar o Famoso, "O Caso dos Irmãos Naves". Ele Colocaria o Wagner Moura no papel do Delegado de Polícia Francisco Vieira dos Santos, personagem sinistro e principal causador do mais vergonhoso e conhecido erro judiciário da história brasileira. Os irmãos Melo, seriam os "coitadinhos' dos Irmãos Naves. "Meu Deeeeuuuuuuuus", É sucesso garantido. Seria BIGGEST.
juarezferreiraalves@hotmail.com

Jairo disse...

Gostaria de nesse espaço divulgar meu blog MENSAGENS SUBLIMINARES DA CASA DO SILÊNCIO. Coloquei meus colegas de faculdade para participar de uma aventura fictícia. Cada um com sua personalidade.

Unknown disse...

Já li o livro e quero muito assistir o seu filme. Espero que vc possa transmitir aqueles que não o leram a mesma emoção que eu senti quando o li.
Li no seu blog que a cena onde há os estupros e onde a esposa do médico mata o cego da camarata 3 foi um pouco rejeitada pelo excesso de violencia, mas quem lê o livro pode visualizar uma cena terrível. Queria muito poder ver como ficaram essas cenas sem cortes. Boa Sorte!!!

Unknown disse...

Parabéns FernaNDO QUE DEUS TE ABENÇOE SEMPRE,ESTOU TERMINANDO UM LIVRO,NOS FALAMOS NA o2 .EM BREVE VOU TE LEVAR.
E COMO SARAMAGO, MEU DESEJO É QUE VC VENHA COM SEU BRILHO DÁ VIDA AS PALAVRAS NARRADAS.
QUERO TE ANIMAR E DIZER QUE VC ESTA DEBAIXO DE ORAÇÃO.
SUCESSO E PAZ

Lu Rocha disse...

Sou apaixonada pela obra de Saramago, em especial pelos Ensaios...o da cegueira já li 5 vezes e a cada vez parece um novo livro, sempre surpreendente...Nunca imaginei que alguém teria coragem de filmar o Ensaio e mesmo sem ter assitido quero parabenizar Fernando Meirelles pela iniciativa...espero que dê uma olhada carinhosa no Ensaio sobre a Lucidez.....
Parabéns!!!!! Eu já amo este filme e tenho certeza que vou amá-lo mais após assitir!!!!! Não poderia haver ninguém melhor para realizar este projeto tão audacioso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mil vezes parabéns, Fernando!!!!!!

Lu Rocha disse...

Sou apaixonada pela obra de Saramago, em especial pelos Ensaios...o da cegueira já li 5 vezes e a cada vez parece um novo livro, sempre surpreendente...Nunca imaginei que alguém teria coragem de filmar o Ensaio e mesmo sem ter assitido quero parabenizar Fernando Meirelles pela iniciativa...espero que dê uma olhada carinhosa no Ensaio sobre a Lucidez.....
Parabéns!!!!! Eu já amo este filme e tenho certeza que vou amá-lo mais após assitir!!!!! Não poderia haver ninguém melhor para realizar este projeto tão audacioso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mil vezes parabéns, Fernando!!!!!!

Luciana Rocha

fc disse...

Olá meu nome é Taiz, sou de Campo Grande no estado do Mato Grosso do Sul, e gostaria de saber como foi fazer esse fime, com tantos nomes do cinema, e quando ele vem para a minha cidade, pois estou ansiosa para assisti-lo. Vai ser uma das minhas esperiências para um trabalho da facudade.
Parabéns pelo trabalho, Fernando.
Obrigada.

Unknown disse...

Fernando, gostaria de parabeniza-lo pelo filme, com certeza um dos melhores filmes que já assisti. fui ao cinema ontem e me surpreendi, como voce esta maduro como diretor e como foi fiel a produção e leitura da obra do mestre saramago pelas lentes da sua camera. poucos sao os diretores que conseguem transmitir tao bem a ideia de um livro adaptando-o como voce fez. lembro-me de poucos como coppola, kubrick e Frank Darabont, e com certeza te igualo a eles. Eu tenho lido as criticas que fizeram do seu filme e acredito que muitos dos que falam nao leram o livro, pois parecem nao estar sabendo do que estao comentando....Voce Conseguiu muito bem trazer a ideia que saramago poe no livro, da analise humana em diversas das suas vertentes, colocando em check os valores humanos, a moral, a etica e sobretudo a fraternidade e vulnerabilidade do ser humano, achei o filme incrivel.
na minha opiniao voce mesmo com poucas produções cinematograficas já alcança o patamar de um dos melhores diretores da historia do brasil, com certeza voce me inspira como diretor e espero continuar aprendendo com voce
E é só esperar voce trará a nossa primeira taça do cinema....
muito sucesso...

esmeralda annita disse...

Assisti ao filme hoje,em São Paulo. Li o livro. Uma leitura que me fez pensar e repensar a existência humana. Para mim, "Ensaio sobre a cegueira" é uma leitura filosófica. Nos remete à reflexão. Saí do cinema com essa mesma sensação de pensar e repensar a existência humana. A fotografia, a luz, as cenas, as expressões e impressões foram muito semelhantes às que eu tive ao ler o livro. O diretor, ainda, deu-me de presente ver minha cidade como cenário. E, na cena final, meu bairro, uma das imagens mais bonitas de São Paulo. O filme não foge do questionamento filosófico e instigador e nos presenteia com um final também filosófico, mas poético. Gostei. Parabéns a todos que dele participaram.

Lilian Cass disse...

Nunca enviei nenhum comentário em nenhum blog antes...esse filme foi desejado por mim desde 99, quando li o livro pela primeira vez! Obrigada!!!!!Estou emocionada só de lembrar das cenas que assisti ontem...o filme pronto fez jus a todo o tormento e prazer de sua contrução. Obrigada, de coração!

Unknown disse...

Comentário sobre Blindness.

Um filme estranho, diferente e ousado.

O filme começa e termina da mesma forma, no mesmo ritmo: alucinado. Muitos cortes. Cenas rápidas. Não existe variação de intensidade.

Às vezes o filme me parece infantil e até ridículo.

Bastante previsível. Quando o oftalmologista fica cego, me pareceu óbvio.

A imagem é saturada o tempo todo. É cansativo. Mais cansativo ainda, à beira do insuportável, são os momentos em que a tela fica toda branca, brilhante, saturada e incômoda. Irritante, exagerado.

O começo do filme parecia mais um comercial de TV, da Fiat..

O diretor está bastante seguro. As cenas são muito bem filmadas, perfeitas. Mas vi muitos problemas de como se desenvolve a história do filme. De tão resumido, suscinto (muito conteúdo em pouco tempo), partes importantes, que seriam essenciais para o espectador acompanhar e compreender a intensidade emotiva e a grandeza da tragédia que se apresentava foram suprimidas. Por exemplo: de repente alguem inexplicavelmente fica cego seguida por outras pessoas que também vão ficando cegas; e, em seguida, as pessoas cegas, inclusive os protagonistas, são levadas a uma espécie de alojamento para doentes contagiosos.É quando percebemos (nós, espectadores) que boa parte do filme aconteceria ali, naquela prisão. Percebemos, também, que o começo do filme, que se passa nas ruas de São Paulo e dentro de apartamentos e consultórios médicos, era tão somente uma suscinta introdução do filme.

Daí constatamos que faltou no filme um momento de transição entre essa introdução (pessoas ficando cegas) e o desenvolvimento (os cegos convivendo entre si em uma prisão), pois não havia informações suficientes para demonstrar que aquela cegueira era verdadeiramente contagiosa e que ela estava representando uma grande tragédia social, sem qualquer possibilidade de controle por parte do governo, o que justificaria o trancafiamento dos cegos em um alojamento totalmente fechado, seguro e isolado do resto da sociedade.

Há que se destacar as cenas em que o personagem da Julianne Moore sai em busca de um objeto na área aberta do alojamento sob a orientação do guarda que brincava com ela de “cobra cega” (ta frio, ta quente...), num silêncio tentador (só se ouvia a voz do guarda) e, de repente, ela pega a enchada e mostra o dedo para o guarda que, surpreso, diz que os cegos estavam evoluindo. Outra cena é a do diálogo com o cego-estuprador sobre o desempenho das mulheres no ato sexual e sobre a que eles apelidaram de “peixe-morto”, quando o personagem de Julianne Moore diz que o “peixe-morto” havia morrido: o personagem se mostra forte ante a fragilidade em que se encontrava.



Túlio Amaral
tulioramar@hotmail.com

Unknown disse...

Acabei de chegar do cinema. Estou pasmo. Fernando, pode sorrir: você é o melhor e mais promissor Diretor da atualidade. Seu filme é uma obra-prima, riquíssimo em detalhes. Um tapa na cara. Poesia pura. Parabéns e obrigado por este presente!

Unknown disse...

Há uma matéria no site da CNN, dizendo que uma espécie de associação de cegos está protestando contra o filme alegando que retrata os cegos associando-os a más condutas.

Isabela disse...

Fernando,
Escrevi uma reflexão (longa) sobre o seu filme. Sei que ela pode parecer estapafúrdia, mas a obra quando estréia, descola do autor, assim que nem filho crescido do pai... e passa a ser do mundo. Posso enviá-la? Como faço? ponho aqui mesmo? é grande... Parabéns pelo filme, pela sua maestria. Por ter algo a mostrar. No mais, acho que a reação exagerada não é ao filme, mas à verdadeira e dolorosa situação que ele explicita. Considere como um elogio.
Parabéns!
Isabela

Priscila disse...

Fernando, vi o filme esse fim-de-semana e achei genial!!
Muito melhor que o Jardineiro Fiel.
Angustiante, deprimente, terrivel, mas genial. Parabéns.

Flavia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flavia disse...

Li o livro, já é o 3º que leio do Saramago. Assisti seus filmes, e estou ansiosa por assistir o filme, infelizmente na minha cidade, Ribeirão Preto, interior de Sp, há duas redes grandes de cinema, UCI e Cinemark, as quais não possuem previsão de data para mostrar o filme.E nem sei se passarão, já que possuem interesse somente no lucro.
Só estou postando para mostrar meu desagrado em relação à essas redes.
Mas de qualquer maneira vou assistir ao filme. Estou ansiosa....

Soraia Malafaia disse...

Caro Meirelles,

Adorei "Ensaio sobre a cegueira"!
Uma metáfora, espero que não profética, mas é o ser humano em sua parte animalizada, quando a razão não mais opera...
Vamos fazer uma torcida para que ele figure em algumas categorias do OSCAR.
Sou uma Astróloga de São Paulo, já tenho os dados de nascimento do Saramago, mas adoraria ter os seus. Caso não for um incômdo para você, pode me mandar pelo email: sgomes@greco.com.br , pois só tenho o dia e o ano, 11 Setembro de 1955, mas precisaria do horário do seu nascimento.

Desde já agradeço e um grande abraço,

Soraia Malafaia - São Paulo

Andarilho disse...

Havia lido o livro há pouco tempo antes de ver o filme, e tenho que admitir que no começo, essa adaptação do primeiro cego e da sua mulher me incomodou.

Mas foi chegar na cena da reconciliação que mudei totalmente de idéia. Lembro que na sessão, abri um sorriso e quase chorei.

E agora, lendo o post, me lembrei dessa mesma sensação.

Obrigado.

simone ks disse...

Assisti hoje o filme. Tive vontade de ir embora quando das cenas de estupro, mas fico fleiz de ter ficado e assitido um dos melhores filmes que já vi. Raramente alguém consegue transpor para a tela, com tamanha sensibilidade o pior e o melhor do ser humano.
Obrigado por nos proporcionar a oportunidade de pararmos de negar enxergar o que somos em nossa totalidade.

Gregory Ferreira disse...

Fernando, assiste o filme Blindness, fiquei impressionado com a perfeição das filmagens e seu excelente desempenho na direção.

Eu gosto de escrever e tenho comigo um idéia para que torne-se um filme. Gostaria de envia-la para aprecia-la e critica-la.

Caso tenha interesse meu email é internationalmailofgregory@yahoo.com.br

O nome do possível filme é "Solução Intrínseca".
Aguardo feedback.

Muito Obrigado.
Sucesso

Gregory Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

O “Ensaio sobre a Cegueira”
e o que a crítica não quis ver
– Enio Squeff –

Deve ser por uma espécie de obliteração visual – ou intelectual - quem sabe, que a crítica brasileira não se rendeu ao filme “Ensaio sobre a Cegueira”, do brasileiro Fernando Meirelles, baseado no romance homônimo do português José Saramago. O maestro Wilhelm Furtawaengler , na década de 30 do século XX, afirmava que a crítica nunca ia além do público, por ser em grande parte apenas e tão somente parte dele, ou mais que tudo, o seu espelho. Com efeito, Franz Kafka, com seus “O Processo” e “Metamorfose” só foi reconhecido quando alguns intelectuais se deram conta de que havia tudo de surreal, de “kafkiano” digamos, na vida cotidiana das cidades com suas regras irracionais, o esmagamento da individualidade e a falta de sentido no que a sociedade contemporânea elevou como dogma. Para dizer o óbvio em se tratando também de Kafka: as baratas tontas não se sabem à disposição do pé que pode triturá-las. São poucos, enfim, os que prevêem em qualquer ensaio sobre a cegueira um dos grandes diagnósticos, ou antes, a metáfora que, afinal, tornaria transparente a nossa relação com o mundo aparentemente luminoso da informação, e que seria o melhor do nosso século. Não espanta que a cegueira intelectual tenha muitos adeptos, mesmo entre banqueiros, como se está vendo. E que qualquer reflexão a respeito cause um pânico que normalmente convida à rejeição da sua existência como uma ameaça constante a nossas convicções.
Cegueira ou escapismo? Em determinados momentos as coisas parecem se confundir.
Na pintura “A parábola dos Cegos”, de Pieter Brueghel, o Velho (1520/30-1569), a cegueira é um preâmbulo da queda, de qualquer queda. Concebida por um artista que sempre se valeu das alegrorias, o cego que conduz os outros(como a confirmar o Evangelho), é o primeiro da fila a se estatelar: uma viola caída entre as suas pernas, é o único testemunho, algo patético, da sua atividade de músico. Fica a certeza de que a acuidade que lhe resta é a auditiva– um indício de que, afinal, nem tudo está perdido. Não por acaso, é essa também uma das características do filme de Meirelles – a cegueira branca que acomete as pessoas ( “toda a cegueira é branca” dizia o cego Jorge Luiz Borges), passa a ser compensada, em parte, pelos sons: o ouvido como compensação à visão. Ao contrário, porém, da tradição que canta os poetas cegos – o primeiro deles, Homero, teria como apanágio da sua introspecção, justamente a cegueira – no filme de Meirelles uma das poucas alternativas à sobrevivência do cego, não é só falar – é escutar. A questão, contudo, pode se definir numa outra consideração -e que consta do livro de Saramago: cabe ao não cego, ao vidente no sentido inclusive do visionário, do utópico, do que prediz o futuro, conduzir ao ordenamento do mundo. E não por acaso, certamente, o “rei” da terra dos cegos – aquele que, no fim das contas, tem olhos para ver (ainda que possa ser “caolho”, como no ditado popular, o que não é o caso) - só persiste como tal, não apenas por ter olhos, por estar na pele de uma mulher. Claro que se trata da solução de um cineasta que se cingiu aos contornos do romance, a uma reflexão que foi fiel a Saramago. Tanto no filme, quanto no romance, a mulher aparece como única solução viável ao mundo do caos. Talvez seja essa a contrariedade que o filme suscita: supõe-se que à falta de um macho, o protótipo do xerife, do super-herói americano a dar “porradas” e, na outra ponta, a lavar as sujeiras fisiológicas dos homens – tarefa a que as mulheres se dedicam já no trato com os nenéns – muitos críticos, ao que parece, fizeram eco aos norte-americanos. Não gostaram e pronto. É compreensível.
Num país, ideologicamente convencido, como nos Estados Unidos, de que, no cinema para as massas, as mulheres devem se travestir, têm de assumir os punhos poderosos, os ponta-pés especializados nas lutas orientais e em lutas em que as espadas mortíferas são brandidas como as dos samurais – que são sempre as armas dos homens, dos mais fortes fisicamente – vale muito pouco que o mundo feminino seja, no fundo, o vencedor. Afirmar, por aí, que a crítica brasileira imitou os norte-americanos pura e simplesmente, talvez seja apenas uma ilação apressada. Os especialistas têm sempre as boas razões que escapam aos leigos. A cegueira, porém, como sugerem o filme e o livro, é uma doença que se dá numa grande cidade – justamente em São Paulo. E isso parece não ter sido igualmente relevado.
Talvez seja esse o outro lado da questão. As filmagens externas se passam todas numa paulicéia facilmente reconhecível, até mesmo por quem não mora na cidade. As próprias cenas em que os cegos são submetidos à quarentena – uma espécie de hospício - não sugerem menos do que o inferno do Carandiru. E como vivemos no contraste do Brasil, há também os grandes apartamentos, as casas confortáveis que dão para aquela paisagem exuberante, mais que prazerosa dos arvoredos da região dos Jardins, vistos do alto. E há, finalmente, muito também do seu oposto, daquilo que somos na periferia, o que sugere o “panorama visto da ponte”, para recorrer ao título da famosa peça de Arthur Miller. Entre a pujança do horizonte aprazível de São Paulo, ou a degradação do Tietê, com suas águas estagnadas e as margens infectas e que confluem com as ferrovias da periferia, há o lugar para algumas cenas dantescas, coisas de cenaristas. Como constatava Mozart com sua incrível invenção que, inclusive, lhe provocava lágrimas quando escutava suas próprias composições, para um paulistano, a metamorfose a que o filme submete a cidade de São Paulo, deve arrepiar no sentido contrário ao prazer do compositor com a sua música: resta a interrogação angustiante, isto é, se não podemos chegar às ruínas que o filme mostra. Neste ponto, talvez não seja arriscada levantar a hipótese de que foi esse o outro problema para a crítica: é preferível, naturalmente, considerar a Gotan City do filme Batman, julgada pela mesma crítica muito melhor do que o filme brasileiro ( pelo menos é o que dizem as estrelinhas das cotações dos jornais), à alternativa requerível à cidade “dos cegos”(São Paulo) idealizada pelo cineasta. E que nos assusta, exatamente por a reconhecermos, não na sua ruína construída, deformada, que só o cinema pode engendrar – mas na sua degradação possível, previsível que só o pessimismo leva em conta.
Ao término da leitura de um de seus romances, Dostoievsky teve de acariciar as mãos de sua companheira, a guiza de consolo; ao lê-lo, ela mergulhou numa tal tristeza que foi difícil demovê-la de que o mundo, quem sabe, pudesse talvez ser menos trágico do que as invenções de um escritor. Quando escreveu algumas de suas sonatas, Beethoven não previu que certas pessoas iriam se desmanchar no choro: disse que compunha não para que as pessoas se derramassem em lágrimas, mas para que refletissem. Estima-se que nunca foi a intenção de José Saramago, ou de Fernando Meirelles sugerirem menos do que uma parábola. Nenhum dos dois deve ter se demorado na perspectiva que preside a idéia primitiva de que a cegueira pode ser, por exemplo, o tal atributo dos poetas. Homero cego, certamente justificava os seus poemas como conseqüência dos que se vêem mergulhados em sua própria interioridade. Inimaginável esse tipo de consideração nem em Saramago, muito menos em Brueghel, ou no cineasta brasileiro. Vem daí, porém, que a cegueira, como perda da capacidade de surpreender a evidência - que, por sua vez, tem a respaldá-la justamente o “ver”, o de conter em si a transparência, e que nasce do latim “videre” - passa a ser exatamente o contrário do que se imagina a grande contribuição da crítica.
O paradoxo, em suma, afigura-se todo esse: o filme “Ensaio sobre a Cegueira” deixa em aberto que, de fato, quase simploriamente, o maior cego é aquele que se recusa a ver. A pergunta que fica no ar, porém, é aquela que não fazemos: talvez não estejamos vendo pelas razões que a própria cegueira nos dá – de não termos como evidente de que estamos cegos. Fica, mesmo assim, a convicção de que São Paulo pode estimular esse tipo de raciocínio - que é a forma de não raciocinar, ou de se recusar a fazê-lo.
Na fita, a grande cidade se mostra pela ótica do que, contrariamente, talvez seja o que podemos denominar de “poética do horror”: nada de Batmans a cruzar os céus artificiais de uma cidade brumosa que assusta de mentirinha, por ser o ambiente de um “homem morcego”; ou de Super-Homens a salvar, no último momento, o próprio mundo. Quando as cidades mergulham no sem sentido de bolsas de valores, a se esfarinharem na predação do consumismo, ou a se diluírem sob bombas – não há mesmo esperança possível. Não há super-heróis que lhes valham. A não ser naquele que vê através do mundo escondido no branco, que tapa a vista à evidência. Explica-se, porém, desta forma, que o filme Batman seja considerado a grande realização cinematográfica para os grandes jornais: eles nos conformam, sabe-se lá, à cegueira circundante. Haveria, talvez, que falar sobre esse ir e vir do que é o filme de Meirelles: ele se propõe a discutir a cegueira, um tema que a cegueira espiritual teima em não fazê-lo.
Mas é apenas uma das especulações possíveis.
Em tempo: José Saramago viu o filme e confessou-se emocionado com a adaptação de Fernando Meirelles. Difícil dizer se a crítica cinematográfica de São Paulo ou do Brasil leu o livro de José Saramago. Quem o fez – embora essa não seja em momento algum uma exigência - muito dificilmente desqualifica o filme. No mais, noticia-se que uma associação de cegos americanas achou o filme “preconceituoso”. Talvez se possa falar de uma possível, mas até aqui inédita cegueira dupla.

Enio Squeff
enio@squeff.com
www.squeff.com
Outubro 2008

Anônimo disse...

O “Ensaio sobre a Cegueira”
e o que a crítica não quis ver
– Enio Squeff –

Deve ser por uma espécie de obliteração visual – ou intelectual - quem sabe, que a crítica brasileira não se rendeu ao filme “Ensaio sobre a Cegueira”, do brasileiro Fernando Meirelles, baseado no romance homônimo do português José Saramago. O maestro Wilhelm Furtawaengler , na década de 30 do século XX, afirmava que a crítica nunca ia além do público, por ser em grande parte apenas e tão somente parte dele, ou mais que tudo, o seu espelho. Com efeito, Franz Kafka, com seus “O Processo” e “Metamorfose” só foi reconhecido quando alguns intelectuais se deram conta de que havia tudo de surreal, de “kafkiano” digamos, na vida cotidiana das cidades com suas regras irracionais, o esmagamento da individualidade e a falta de sentido no que a sociedade contemporânea elevou como dogma. Para dizer o óbvio em se tratando também de Kafka: as baratas tontas não se sabem à disposição do pé que pode triturá-las. São poucos, enfim, os que prevêem em qualquer ensaio sobre a cegueira um dos grandes diagnósticos, ou antes, a metáfora que, afinal, tornaria transparente a nossa relação com o mundo aparentemente luminoso da informação, e que seria o melhor do nosso século. Não espanta que a cegueira intelectual tenha muitos adeptos, mesmo entre banqueiros, como se está vendo. E que qualquer reflexão a respeito cause um pânico que normalmente convida à rejeição da sua existência como uma ameaça constante a nossas convicções.
Cegueira ou escapismo? Em determinados momentos as coisas parecem se confundir.
Na pintura “A parábola dos Cegos”, de Pieter Brueghel, o Velho (1520/30-1569), a cegueira é um preâmbulo da queda, de qualquer queda. Concebida por um artista que sempre se valeu das alegrorias, o cego que conduz os outros(como a confirmar o Evangelho), é o primeiro da fila a se estatelar: uma viola caída entre as suas pernas, é o único testemunho, algo patético, da sua atividade de músico. Fica a certeza de que a acuidade que lhe resta é a auditiva– um indício de que, afinal, nem tudo está perdido. Não por acaso, é essa também uma das características do filme de Meirelles – a cegueira branca que acomete as pessoas ( “toda a cegueira é branca” dizia o cego Jorge Luiz Borges), passa a ser compensada, em parte, pelos sons: o ouvido como compensação à visão. Ao contrário, porém, da tradição que canta os poetas cegos – o primeiro deles, Homero, teria como apanágio da sua introspecção, justamente a cegueira – no filme de Meirelles uma das poucas alternativas à sobrevivência do cego, não é só falar – é escutar. A questão, contudo, pode se definir numa outra consideração -e que consta do livro de Saramago: cabe ao não cego, ao vidente no sentido inclusive do visionário, do utópico, do que prediz o futuro, conduzir ao ordenamento do mundo. E não por acaso, certamente, o “rei” da terra dos cegos – aquele que, no fim das contas, tem olhos para ver (ainda que possa ser “caolho”, como no ditado popular, o que não é o caso) - só persiste como tal, não apenas por ter olhos, por estar na pele de uma mulher. Claro que se trata da solução de um cineasta que se cingiu aos contornos do romance, a uma reflexão que foi fiel a Saramago. Tanto no filme, quanto no romance, a mulher aparece como única solução viável ao mundo do caos. Talvez seja essa a contrariedade que o filme suscita: supõe-se que à falta de um macho, o protótipo do xerife, do super-herói americano a dar “porradas” e, na outra ponta, a lavar as sujeiras fisiológicas dos homens – tarefa a que as mulheres se dedicam já no trato com os nenéns – muitos críticos, ao que parece, fizeram eco aos norte-americanos. Não gostaram e pronto. É compreensível.
Num país, ideologicamente convencido, como nos Estados Unidos, de que, no cinema para as massas, as mulheres devem se travestir, têm de assumir os punhos poderosos, os ponta-pés especializados nas lutas orientais e em lutas em que as espadas mortíferas são brandidas como as dos samurais – que são sempre as armas dos homens, dos mais fortes fisicamente – vale muito pouco que o mundo feminino seja, no fundo, o vencedor. Afirmar, por aí, que a crítica brasileira imitou os norte-americanos pura e simplesmente, talvez seja apenas uma ilação apressada. Os especialistas têm sempre as boas razões que escapam aos leigos. A cegueira, porém, como sugerem o filme e o livro, é uma doença que se dá numa grande cidade – justamente em São Paulo. E isso parece não ter sido igualmente relevado.
Talvez seja esse o outro lado da questão. As filmagens externas se passam todas numa paulicéia facilmente reconhecível, até mesmo por quem não mora na cidade. As próprias cenas em que os cegos são submetidos à quarentena – uma espécie de hospício - não sugerem menos do que o inferno do Carandiru. E como vivemos no contraste do Brasil, há também os grandes apartamentos, as casas confortáveis que dão para aquela paisagem exuberante, mais que prazerosa dos arvoredos da região dos Jardins, vistos do alto. E há, finalmente, muito também do seu oposto, daquilo que somos na periferia, o que sugere o “panorama visto da ponte”, para recorrer ao título da famosa peça de Arthur Miller. Entre a pujança do horizonte aprazível de São Paulo, ou a degradação do Tietê, com suas águas estagnadas e as margens infectas e que confluem com as ferrovias da periferia, há o lugar para algumas cenas dantescas, coisas de cenaristas. Como constatava Mozart com sua incrível invenção que, inclusive, lhe provocava lágrimas quando escutava suas próprias composições, para um paulistano, a metamorfose a que o filme submete a cidade de São Paulo, deve arrepiar no sentido contrário ao prazer do compositor com a sua música: resta a interrogação angustiante, isto é, se não podemos chegar às ruínas que o filme mostra. Neste ponto, talvez não seja arriscada levantar a hipótese de que foi esse o outro problema para a crítica: é preferível, naturalmente, considerar a Gotan City do filme Batman, julgada pela mesma crítica muito melhor do que o filme brasileiro ( pelo menos é o que dizem as estrelinhas das cotações dos jornais), à alternativa requerível à cidade “dos cegos”(São Paulo) idealizada pelo cineasta. E que nos assusta, exatamente por a reconhecermos, não na sua ruína construída, deformada, que só o cinema pode engendrar – mas na sua degradação possível, previsível que só o pessimismo leva em conta.
Ao término da leitura de um de seus romances, Dostoievsky teve de acariciar as mãos de sua companheira, a guiza de consolo; ao lê-lo, ela mergulhou numa tal tristeza que foi difícil demovê-la de que o mundo, quem sabe, pudesse talvez ser menos trágico do que as invenções de um escritor. Quando escreveu algumas de suas sonatas, Beethoven não previu que certas pessoas iriam se desmanchar no choro: disse que compunha não para que as pessoas se derramassem em lágrimas, mas para que refletissem. Estima-se que nunca foi a intenção de José Saramago, ou de Fernando Meirelles sugerirem menos do que uma parábola. Nenhum dos dois deve ter se demorado na perspectiva que preside a idéia primitiva de que a cegueira pode ser, por exemplo, o tal atributo dos poetas. Homero cego, certamente justificava os seus poemas como conseqüência dos que se vêem mergulhados em sua própria interioridade. Inimaginável esse tipo de consideração nem em Saramago, muito menos em Brueghel, ou no cineasta brasileiro. Vem daí, porém, que a cegueira, como perda da capacidade de surpreender a evidência - que, por sua vez, tem a respaldá-la justamente o “ver”, o de conter em si a transparência, e que nasce do latim “videre” - passa a ser exatamente o contrário do que se imagina a grande contribuição da crítica.
O paradoxo, em suma, afigura-se todo esse: o filme “Ensaio sobre a Cegueira” deixa em aberto que, de fato, quase simploriamente, o maior cego é aquele que se recusa a ver. A pergunta que fica no ar, porém, é aquela que não fazemos: talvez não estejamos vendo pelas razões que a própria cegueira nos dá – de não termos como evidente de que estamos cegos. Fica, mesmo assim, a convicção de que São Paulo pode estimular esse tipo de raciocínio - que é a forma de não raciocinar, ou de se recusar a fazê-lo.
Na fita, a grande cidade se mostra pela ótica do que, contrariamente, talvez seja o que podemos denominar de “poética do horror”: nada de Batmans a cruzar os céus artificiais de uma cidade brumosa que assusta de mentirinha, por ser o ambiente de um “homem morcego”; ou de Super-Homens a salvar, no último momento, o próprio mundo. Quando as cidades mergulham no sem sentido de bolsas de valores, a se esfarinharem na predação do consumismo, ou a se diluírem sob bombas – não há mesmo esperança possível. Não há super-heróis que lhes valham. A não ser naquele que vê através do mundo escondido no branco, que tapa a vista à evidência. Explica-se, porém, desta forma, que o filme Batman seja considerado a grande realização cinematográfica para os grandes jornais: eles nos conformam, sabe-se lá, à cegueira circundante. Haveria, talvez, que falar sobre esse ir e vir do que é o filme de Meirelles: ele se propõe a discutir a cegueira, um tema que a cegueira espiritual teima em não fazê-lo.
Mas é apenas uma das especulações possíveis.
Em tempo: José Saramago viu o filme e confessou-se emocionado com a adaptação de Fernando Meirelles. Difícil dizer se a crítica cinematográfica de São Paulo ou do Brasil leu o livro de José Saramago. Quem o fez – embora essa não seja em momento algum uma exigência - muito dificilmente desqualifica o filme. No mais, noticia-se que uma associação de cegos americanas achou o filme “preconceituoso”. Talvez se possa falar de uma possível, mas até aqui inédita cegueira dupla.

Enio Squeff
enio@squeff.com
www.squeff.com
Outubro 2008

LANO ATOR disse...

Fernando. Sou ator de teatro em REcife.
Acabo de asistir o filme pela segunda vez e sinto que mais de 5% dos tais momentos a que vc se referiu chegaram. Sinto-me orgulhoso por ter em minha nacao um artista como vc. Que os céus possam te dar esse don de dozar o comercial com a arte. E que vc nos brinde com outros trabalhos "felizes".

Lilian Neves Mise disse...

Eu adorei essa trama!!! Com que simplicidade e beleza foi tecida!

Unknown disse...

ok... sai do shopping as 22:00h acabei de ver o filme... muito forte,intenso e ás vezes se perde na melancolia dos personagens.. não q seja ruim... não não de maneira nenhuma...mas pela obra de Saramago... é assim mesmo! aí tive sensações terriveis pois sou míope! e por isso tive medo q poderia ate acontecer isso comigo... e nas cenas de sexo... foi um tanto quanto forte alias fortissimo... é q fiquei com aquela indignacao.. q sempre vemos na tv... de estrupos, violência contra a mulher, a fome matando gente...é um ótimo filme recomendaria e ja recomendeu para muitos amigos...

Unknown disse...

Ola Fernando! vi este final de semana o filme. Realmente a cena dos atores japoneses ficou muitissimo emocionante e singela. talvez por ser descendente de japoneses e viver no japao, me indentifiquei em alguns pontos com estas personagens, me soaram bastante familiares como conhecidos do meu circulo de amizades. O filme todo me surpreendeu,considero ele excelente,apesar de ter uma tematica complexa. nao consegui desgrudar os olhos da tela por nem um minuto ate o final que por sinal fecha o filme com chave de ouro.

Unknown disse...

DEVOLVAM O MEU DINHEIRO!!!
Desculpem-me, mas acabei de assistir ao filme e fiquei muito triste com o que vi. Na verdade, não consegui assistir ate o final. Trata-se de um filme sem pé nem cabeça e que aparenta que tanto o autor do livro quanto o diretor quiseram fazer uma brincadeira, talvez uma pegadinha ou um teste de paciência com o público, onde o objetivo era testar a inteligência de quem estava assistindo. Alguém poderia me explicar o porque apenas do personagem vivido pela Julianne Moore não ficou cego? Será que alguém poderia contar para o oftalmologista, pois sequer uma pergunta ou uma suposição foi feita por ele!!! Outra infeliz situação foi a de que apenas a mulher do médico enxergava e nada fez quando as mulheres foram estupradas... que absurdo. Caso eu fosse um ator, só toparia fazer esse filme estivesse em fim de carreira!!! Quero o meu dinheiro de volta. Foram os R$ 24,00 (equivalentes a 2 bilhetes, meu e da minha esposa) mais mal pagos em toda a minha vida.

veraguiomodelos disse...

Lamentável....
De todas críticas planejadas por mim em anotar neste espaço a mais intensa foi perceber os elogios prestados .....
Minha sugestão: aproveite seu talento e dirija filmes que retratam ao público cenas mais lógicas quanto ao sentimento humano, acredite tem como transmitir emoções sendo perceptivo quanto à inteligência do público...
Curto ir ao cinema mas sempre planejo uma diversão que valha meu dinheiro....fiquei chateada ontem por ter sido "lesada"....

Lauro António disse...

Uma opinião de um director e crítico português. Em:
http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/2008/11/cinema-ensaio-sobre-cegueira.html
continua em:
http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/2008/11/cinema-ensaio-sobre-cegueira-ii.html
Espero que lhe interesse. Abraço de um admirador seu

Tania Mendes disse...

FICO FELIZ, ORGULHOSA E PASSO A RESPEITAR UM POUCO MAIS O PAÍS COM ESTE SEU GESTO INÉDITO DE DEDICAR O PREMIO VEJA AO DE SANCTIS!! CONTINUE ASSIM, VC AUMENTA O AINDA BAIXO GRAU DE HONRADEZ DESTE PAÍS.
TANIA MENDE

Rogerinho disse...

Oiii fernando !!!! feliz ano novo sou o Rogerio de muleta que conversou com voce na casa fasano durante a premiação da Vejinha aos melhores do ano . Tiramos uma foto juntos , gostaria de envia-la qual o seu e-mail? abraços bom ano!

Lobo disse...

Prezado Fernando,

Sou musico/compositor e terminei no verao de 2008 o cursode musica pra cinema aqui na berklee em boston...sou carioca, filho do baixista Edson Lobo, gostaria muito de ter alguma oportunidade de escrever pra cinema no Brasil...meu site e simples e tem alguns exemplos: http://web.mac.com/ronaldolobo
seria a realizacao de um sonho poder colaborar em qualquer producao do novo cinema brasileiro e mundial!
abracos e sucesso sempre!

eiraza disse...

Fernando, quero muito que me procure:


Sempre soube que nasci com o talento e o rosto ideal para fazer sucesso especialmente no cinema brasileiro. Não sou bonita, mas, tenho um estilo e carisma inconfundíveis. Talvez esteja imaginando tratar-se de "mais uma convencida tupiniquim"
Na verdade, meu interesse maior é ter contato com pessoas que fazem acontecer O CINEMA, para que o sortudo que chegar primeiro, possa produzir o único filme brasileiro que ganhará o Oscar como melhor filme estrangeiro até então. Nome do filme? EIRAZA, a vida de uma criança pobre que nasceu na favela baiana e que por não aceitar sua condição, construiu ferramentas próprias para vencer na vida e driblar a morte de maneira honrosa. Trabalhou em grandes empresas desde os seus 15 anos, e conquistou todos os sonhos. Foi professora de bioquímica para alunos de medicina na UFBA, ganhou medalha de melhor oficial como Tenente do Exército, ganhou prêmio como defensora do meio ambiente, além de ser compositora, fotógrafa, palestrante, farmacêutica, bioquímica e amada por homens e mulheres numa vida sentimental de absoluto sucesso e surrealidade. Os detalhes desta minha vida em um filme bem dirigido renderá a estatueta e diversas outras premiações. Atualmente sou gestora numa grande empresa federal.

Aguardo contato!
Simone Eiraza

Juçara disse...

Vi o filme ontem. Gostei tanto que chego a ficar triste por não ter novamente a oprtunidade de vê-lo pela primeira vez.

luciane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
luciane disse...

bom dia fernando!!!
ja que perguntar nao ofende....
como faço para te mandar uma cópia de um livro com uma linda historia, que tenho certeza em suas maos se tornara um grande filme?
no aguardo de um breve retorno...
abraços...
luciane!!!!

Anônimo disse...

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Emerson Caldas disse...

Adoro os seus filmes... Vejo todos... Tenho paixão por cinema e sonho um dia em trabalhar na área... Trabalhar com Fernando Meirelles seria um sonho realizado. Grande abraços e sucesso

Sandro Guerra disse...

Caro Fernando Meirelles,

Acabo de ver seu filme.
Lamentavelmente não tive a oportunidade de vê-lo no cinema, mas mesmo no DVD, fiquei absolutamente encantado.
Emocionei-me muito, como há muito não me emocionava com um filme.
O tratamento profundamente humano e humano/animal que você deu à temática é fantástico, delicado e sem arroubos que resvalem na pieguice.
As interpretações são belas. Julianne Moore, como sempre linda, tanto como mulher quanto como atriz consegue nos conduzir e ser nossos olhos, mas sem comprometer nossa visão pessoal dos fatos.
Alice Braga – um orgulho para nós brasileiros, assim como você e outros artistas que cada vez mais mostram que o Brasil faz cinema, pensa cinema, mesmo a despeito de todas as dificuldades em se trabalhar com arte em nosso país – mesmo não tendo grandes cenas, mas imprime uma presença marcante, forte.
Entrei no site do filme, curioso sobre tudo, ainda sob os impactos da obra. Vi muitas coisas bacanas e, em relação às fotos, senti falta de uma foto belíssima! Talvez, me perdoe a ousadia, seja a mais bela de todas. É a foto em que as mulheres, limpam o corpo da companheira que morre na cena do “estupro”, a que os homens/animais, chamam de “peixe morto”. Por favor, coloque aquela foto no site, ela é quase um Rembrandt, a forma como as figuras saem da luz, é fantástica!
Parabéns pelo belo trabalho. Parabéns a você, a toda a equipe, a todos que realizaram este projeto.
Grande abraço.

Sandro Guerra.

Pablo Lemos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pablo Lemos disse...
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Pablo Lemos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pablo Lemos disse...

FERNANDOOO?! Muito Prazer! Meu nome é Pablo Lemos, tenho 22 anos e estudo Comunicação (Jornalismo)...

MEU SONHO É SER ATOR E ESTREIAR EM UM FILME SEU!!!

Sei q é difícil entrar nesse meio. Muitos, como Alice Braga, dão sorte pq tem pistolão pra isso e talz... !

Como eu poderia fazer um teste com vc?
Como eu poderia tentaaar mostrar o meu talento?

Se vc me respondesse seria DEEEEEEEZ!!! Rs... GRANDE abraço!

Meu e-mail: p.amusic@yahoo.com.br

Cleverson de Lima disse...

Acabei de assistir essas cena, muito bom o filme. Fui na locadora com vontade de ter um filme que me fizesse pensar nele, ou que me levasse a me questionar "porque não pensei nisso antes" acho que esse é o filme.
Com mais tempo vou ler o blog.
Ficarei ansioso para ver seus próximos filmes.

Anônimo disse...

Olá
Adoro seus filmes, eles valem a pena realmente, percebo isso apesar de ter pouca idade. Meu maior sonho é ser uma atriz e estrear em seu filme, como o Pablo. É realmente difícil, mas quem sabe eu consiga. Há testes para se fazer? Caso consiga, responda por favor. Muito obrigada

Anônimo disse...

Adoro seus filmes ...dá uma passada no meu blog Meirelles..um abraço.

Rita Maria disse...

Por onde anda o Douglas Silva? Quando a Globo mostra os seus atores em trabalhos antigos para comemorar os seus 45 anos eu fico me perguntando: Por que o ator de Cidade dos Homens, que teve indicação ao Emmy e tudo, não é convidado pela Globo para trabalhos de relevância. Caramba, acho isso uma ingratidão e um jeito até perverso de usar as pessoas. O que você acha? Rita Maria

lancy disse...

Muito bom parabens ;]

Visite tambem: http://www.comocriarsitegratis.com/

Priscila Santos disse...

É por isso que depois da minha formação quero fazer um filme como diplomar...Jogo meu DRT fora em troca de uma produção com vc...Eu juro!!! Parabéns

Unknown disse...

como eu faço pra mostrar um argumento pro Fernando M.?
favor mandar a dica para
carloscarlos12@bol.com.br

Unknown disse...

Fernando, pode estar certo que desses 5% que podem chegar até o destino, surge boas idéias. Seu filme se tornou meu tema de monografia e pode estar certo que minha mente está a mil. Obrigada pelo lindo trabalho, e por esse blog que se tornou uma fonte de estudo para entender melhor seu trabalho.

Unknown disse...

Fernando, pode estar certo que desses 5% que podem chegar até o destino, surge boas idéias. Seu filme se tornou meu tema de monografia e pode estar certo que minha mente está a mil. Obrigada pelo lindo trabalho, e por esse blog que se tornou uma fonte de estudo para entender melhor seu trabalho.

Dhu disse...

Muito boa tua postagem amor, se me permitir gostaria de divulgar meu site posso ? Visitem ai é muito legal obrigado flor !

site: http://www.comocriarsitegratis.com/

Unknown disse...

http://designersbrasileiros.blogspot.com/

Unknown disse...

Olá
Boa tarde!
Sou visitante em seu blog e achei muito interessante.Trabalho com cursos preparatórios para todos os concursos do país e com cursos profissionalizantes. Teria uma proposta a fazer, que seria muito interessante para você e para nós também.
Meu msn é: preparatorios-iesd@hotmail.com
E-mail: comercial@e-profissionalizando.com

Gostaria que entrasse em contato, para que pudesse te explicar melhor essa parceria.
Att,
Nathália Santos

receitascuritiba disse...

www.tanamaocuritiba.com.br

receitascuritiba disse...
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Luuu iapi disse...

Pedindo pra você ver e divulgar para mim meu blog
http://www.caixadaastronomianet.tk/
agradeço.
Luan Medeiros Silveira

Anônimo disse...

Bom dia

Assistam o vídeo caseiro mais profissional do ano!
http://www.youtube.com/watch?v=XUpCeVNnTrU

Atenciosamente
Aline Corrêa
Fone: (69) 8444-4206

Anônimo disse...
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