terça-feira, 4 de setembro de 2007
Post 3: Sobre filmagem “al dente”
De cozinha, sei apenas o básico, para não passar vexame. Mas sei que para se preparar um bom linguini ao pesto, tudo tem que ser feito na hora. Assim são também as cenas emocionais, não se pode ensaiar muito antes de rodar para manter vivo o perfume do manjericão e a emoção “al dente”.
Antes destas cenas só fazemos um “blocking”, como chamam aqui no Canadá; passamos mecanicamente os movimentos dos atores para colocar todo mundo na posição certa: câmera, luzes, o azeite, a figuração, liquidificador, nozes, escorredor. Você sabe. Com tudo na pia, pede-se silêncio, roda-se o som, joga-se a massa na água fervendo e a cena tem que acontecer naqueles 8 ou 11 minutos, dependendo do tipo da massa. E esse é o primeiro problema: alguns atores chegam no ponto certo nas primeiras duas ou três tomadas, outros precisam de umas sete ou oito e há quem goste de rodar até 15, 16 vezes a cena. Filmar uma cena com atores com tempos diferentes de aquecimento é como ter que cozinhar um ravióli e um fusili na mesma panela para serem servidos ao mesmo tempo. Foi assim na quarta feira passada.
A Julianne Moore ficou arrasada ao saber que teria que filmar a cena em que ela vem pelo corredor aos prantos depois de presenciar o estupro de 12 mulheres e matar dois dos estupradores. Difícil acertar o tom sem ter passado por estas cenas antes. Mas não tinha jeito. Era isso ou ficarmos parados, pois como nem o Gael Bernal e nem o Danny Glover haviam chegado. Estávamos sem ter o que filmar, então fomos em frente.
O microfone de lapela da Julianne já estava ligado, pude ouvir pelo head-phone que, lá do outro lado do corredor, sozinha, ela se preparava respirando fortemente. Enquanto isso, preparávamos nosso lado: luz, câmera, figuração. Então ela começou a chorar e depois a chorar convulsivamente, até que um assistente entrou correndo onde estávamos e anunciou: “A Julie está pronta e pede para rodarmos já”. Nós não estávamos prontos mas, nesta hora não interessa se a mesa não está posta ou se o vinho não foi aberto. Tem que rodar. E rodamos.
Na primeira tomada, ela veio pelo corredor desesperada. Berrou seu texto sem pensar, deixando vir a emoção que viesse. Pegou a nós todos desprevenidos, ao Mark Rufallo principalmente. Sem querer, ele entrou na onda e respondeu num tom lá em cima também. A cena calou todo mundo no set de tão forte. Cortamos. Apesar de estar com o coração batendo forte, me esforcei para não me deixar ser arrastado pelo tsunami que havia passado, corri para onde estavam os atores e pedi uma outra tomada num tom bem mais baixo. Julie nem me respondeu. Concordou com um gesto de cabeça e um sorriso técnico e voltando para a primeira posição, disse apenas: “Vamos rodar já, por favor”. Emoção é coisa viva, fugaz. Uma hora está lá, sólida, pode até ser enrolada num garfo e mastigada mas, no instante seguinte, pode se evaporar. Julie tentava não se dispersar para manter sólida essa coisa ainda viva. Algumas reações de figurantes precisavam ser corrigidas, o Guilherme veio me dizer que a bateria do microfone dela havia arriado e tinha que ser substituída e eu queria conversar com o Mark, mas tive apenas tempo de lhe pedir que não pegasse carona no tom da Julianne; e vamos nessa assim mesmo. O som a gente resolve depois.
Sabia que se ficasse cozinhando essa cena por mais 5 minutos alguma coisa se perderia para sempre. Rodamos então a segunda tomada. Uma terceira e uma quarta. Tudo na apnéia, sem respirar entre uma e outra. Maquiadoras, operador de boom, assistentes, foquistas, todos desesperados para dar seus retoques após cada tomada, mas fui segurando o batalhão. Então alguma coisa cedeu.
A Julie (posso chamá-la assim? É como todos a chamam) havia aprendido como deveria fazer a cena e já não precisava ser carregada apenas pela emoção. Tirando um pouco o pé do acelerador, mas sem deixar a coisa esfriar, pedi que todos os figurantes se afastassem dos atores, era mais rápido do que ensinar-lhes reações melhores, expliquei para a Winnie, a continuista, que nessa cena a continuidade não era a prioridade, não vamos perder tempo com detalhe. Dei apenas um tempo para o Guilherme trocar a bateria do microfone enquanto o César colocava mais duas câmeras para rodarmos ao mesmo tempo e evitar termos que ficar repetindo a mesma coisa por uma hora.
Ainda consegui dar alguma atenção ao Mark, que não estava conseguindo pensar na cena tal tinha sido a correria imposta pela necessidade da Julie e rodamos então mais quatro tomadas tentando achar o ponto exato da cena. Com a pausa, a Julie perdeu um pouco a emoção, mas em compensação o Mark foi encontrando seu tom. Meia hora depois da primeira tomada tudo já estava mais técnico, mais preciso, ainda que já não tão vivo. Paramos então com a minha promessa aos atores que depois de montada a cena, se precisássemos, refilmaríamos. A Julie implorou para não ter que passar pela mesma coisa novamente. Vamos torcer, é o que pude dizer.
Ontem, na sala de montagem com o Daniel, vimos que o ideal seria usar a quarta tomada da Julie, ainda quente, mas menos descontrolada e a oitava do Mark. O Daniel vai ter que dar um truque, montando partes de falas rodadas em momentos diferentes e sem um dos microfones, talvez tenhamos que assumir alguma descontinuidade na figuração, mas isso faz parte. Fora isso, acho que a cena está linda. O que importa está lá.
(E quer saber? Se numa cena destas alguém ficar olhando para o fundo da sala para procurar erro de continuidade, merece encontrar. Um baita esforço deste para nêgo vir dizer que não gostou do filme porque o barbudinho atrás da Julianne desapareceu no segundo contraplano? Give me a break!).
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158 comentários:
Estou super ansiosa por este filme! Não tinha idéia da existência dele, e o "Ensaio sobre a cegueira" é o melhor livro que já li, é muito forte, mas maravilhoso e tenho certeza que o filme também será!
Estou pirando com o diário. Acabei de ler o livro faz cerca de 3 meses, então ainda tenho uma impressão muito forte dele. Não posso esperar pra ver o filme, mas é muito bom ir descobrindo o elenco por aqui. Parabéns pela iniciativa.
Estou abismado com a simplicidade e a coragem sua Fernando, de dirigir tantos talentos em um livro complicado, mas não menos prodigioso e merecedor das telonas.
Confio no seu talento, sei que será um filme fantástico !
E duvido que tenha algum "lesado" que vá reparar em erro em uma cena tão passional como essa.
Parabéns !
Excelente a iniciativa do blog. É realmente emocionante dividir mesmo que à distância uma experiência tão rica. Tenho plena certeza de que será um filme único, não só pela força do texto original, mas pela verdade do que vocês estão realizando aí!
Não li o livro e acho que por enquanto não quero lê-lo,isto para não ser influenciada de alguma forma por este.Na minha opinião quando uma determinada obra literária é impressa na forma de uma obra audivisual,esta sempre terá algo de diferente,e ao meu ver é ótimo que o tenha sim,sem comparações,pois o contexto será impresso com certeza o que irá mudar é a forma em que este deverá se apresentar sendo direcionado da melhor maneira possível para ser impresso na telona.
Assim que houver a estréia vou assistí-lo pois gosto do jeito o qual o Fernando Meirelles filma e apresenta suas obras,aliás o blog está extra-sensorial eu diria, com maior veemência pois os relatos por aqui deixados me remeteram várias vezes ao set de filmagens dante nunca atravessados,ou seuqer percorridos...rs parabéns ao Fernando e à equipe,desejo-lhes boa sorte,que o projeto dê super certo do início ao findar deste.
Um abraço,
Tudo de bom!
Atenciosamente,Viviane SaintClayr(atriz,roteirista e formada em cinema(Unesa)-"aprendiz de cineasta" OBS:E ainda tenho muito o que aprender e estudar com certeza.
Fernando, estou muito feliz que você tenha decidido repetir a experiência do blog que já havia experimentado durante as filmagens de O JARDINEIRO FIEL.
De nossa parte, cinéfilos e fãs da obra de Saramago, fica a torcida e a emissão de boas vibes para que tudo dê muito certo.
Não bastasse ser fã da obra de Saramago e muito admirador de teu trabalho, você ainda escala Julianne Moore, uma das atrizes mais completas da atualidade.
O resto do cast é sensacional, vale ressaltar.
Vai com tudo!!!
nossa, show de bola esse blog...estarei acompanhando e torcendo para o sucesso do filme.
É ótimo poder sentir como é o cotidiano de filmagens de um filme tão grande, ainda mais do ponto de vista de um brasileiro bacana e legal, sem máscara, com um texto sincero, simples e muito bem feito!!
MUITO SUCESSO em mais essa empreitada!!
(quando leio as críticas do público extrangeiro sobre o trabalho q fez em Didade de Deus e o Jardineiro, um sorriso brota naturalmente pelo orgulho de ver um brasileiro merecendo tal sucesso)
Não acho que seja coincidência você ser convidado a filmar "Ensaio sobre a cegueira". Você já adaptou dois livros com sucesso para o cinema e é brasileiro. Acho que o produtor imaginou também que nós todos temos uma alma lusitana.
Assisti aos seus filmes todos, menos “O Menino Maluquinho2”. Acho “Domésticas” muito bom e a trilha sonora é divertidíssima, em especial Domingo Feliz que eu dizia ser minha música preferida, pode? Até conheço umas domésticas bem finas, mas acho que não era o caso da Roxane, a Graziella Moretto é que é chique!
Hahahaha!
Pô, Fernando, saiba que você é um cara que me inspira... Tenho 15 anos, e sonho em ser cineasta, e tipo, tu é um ídolo para mim, e estar podendo mandar um mensagem para você, para que você leia depois, pô... É algo único!
E falando sobre "Ensaio sobre a cegueira"; Espero muito desse filme, espero que seja o seu melhor!
E também espero que esse filme traga consigo a melhor atuação da Julianne Moore!!!
Abraços, Rafael Loureiro.
PS: O Menino Maluquinho 2 deve ser mais uma adaptação de obra literária. Então são três no seu currículo.
Eu li o livro e achei muito interessante a crítica ao egocentrismo de cada um de nós em situações desesperadoras; nos transformamos em feras. Estou ansioso para ver como este clima desesperador será abordado, sem contar com a "cegueira branca".
Abraços, Fábio
PS: Eu vi o "Cidade de Deus" em Bergen, Noruega, em 2003. A platéia vibrou na cena da banana. Interessante a reação do povo nórdico frente a uma realidade tão tropical nossa.
Fernando, vc talvez tenha sido o primeiro cara que eu vi assumir assim diretamente a necessidade de uma eventual descontinuidade para garantir a emoção e qualidade da cena. Concordo plenamente contigo, se alguém (e certamente acontecerá) se prender a picuinha, é porque a merece... :)
abração e sucesso ae!
abração!
(já indiquei o seu blog lá no Escriba - www.escriba.org)
ferrenho na discriçao; a julie foi otimo. nao li cegueira ainda, mas o farei logo logo :D
ah, e eu adoro a julie.
Deve ser fantástico ver o processo de cena "no forno"! O ator procurando em si um momento que ajude a fazer tal cena. Estou mais ansioso pra ver como Vocês vão mostrar um mundo aonde quase ninguem mais tem a visão.
Toda sorte a você Fernando! :)
Deve ser fant�stico ver o processo de cena "no forno"! O ator procurando em si um momento que ajude a fazer tal cena. Estou mais ansioso pra ver como Voc�s v�o mostrar um mundo aonde quase ninguem mais tem a vis�o.
Toda sorte a voc� Fernando! :)
Deve ser fantástico ver o processo de cena "no forno"! O ator procurando em si um momento que ajude a fazer tal cena. Estou mais ansioso pra ver como Vocês vão mostrar um mundo aonde quase ninguem mais tem a visão.
Toda sorte a você Fernando! :)
Se der, escreva mais, com mais constância. A leitura está muito boa.
Ler esse blog está sendo uma experiência maravilhosa.Para um cinéfilo com eu,poder ler sobre a criação de um filme que promete tanto,e tendo um dos mais talentosos diretores da atualidade,é quase um sonho.E ainda tendo tamanha honestidade e sinceridada nos comentários e pensamentos...realmente,parabéns!!!!!E obrigado pela boa leitura que estou(e continuarei) tendo.
Fernando, obrigado por dividir com a gente o seu trabalho. Acompanhei o seu diário das filmagens do "Jardineiro Fiel" e agora faço o mesmo com "Blindness". Moro em Toronto e trabalho numa série para televisão que e filmada em Hamilton. Quando passo por Guelph e vejo os "cones" alaranjados fica sempre aquela vontade de estar trabalhando para o seu filme. Quem sabe um dia... Guelph tem uma reserva florestal fantástica, ideal para se desligar de tudo e de todos. Vale a pena conferir.
...Sidney Lumet,
só que mais al dente
e ainda com o cheiro do manjericão
Concordo plenamente com vc, cada ator/atriz, é como massa, mas vc teve a sutileza - que não é de hoje - em manter o cozimento sem perder a massa. Passei, tem pouco tempo numa experiência parecida com a da Julliane More, quando ela trazia a emoçãoe tentava não perder o foco, depois d eum tempo realmente vc até consegue controlar, mas os primeiros 15 segundos são fantasticos, pois trazemos a energia, a emoçãoe a verdade cênica tão real que nos assusta como o corpo responde, eu fiquei dormente, meio em devaneio e a minha cena era a personagem conhecendo o assassino do seu marido, enfim...
Desejo-lhe tudo de bom, e vou acompanhar seu blog! aliás vou veincula-lo ao meu, será que posso?
nobaudaalice.blogspot.com
bjs
Tudo de bom!!
O "Ensaio sobre a Cegueira" é um dos melhores livros q eu já li... confesso que tenho um pouco de medo do filme. Mesmo sendo você um grande diretor, eu lí o livro, fiquei extasiado, refleti muito, pesquisei, discuti sobre ele. Aí eu fico me perguntando se o filme vai passar o simbolismo do livro, o mistério e a intensidade. Será que vai fazer as pessoas refletirem?
Por outro lado, eu vou poder visualizar tudo melhor, sendo que grandes atores estão no elenco.
Fiquei sabendo da produção ainda quando estava apenas em forma de boatos. Achei o blog muito bacana, muito legal a consideração para com os fãs.
Espero ansioso pelo filme!
Boa sorte!
Acabei de ler o Ensaio sobre a cegueira e fiquei encantada com o livro, quando soube das filmagens que seria vc o diretor me perguntei se haveria um diário de bordo...Acompanhei o do Jardineiro fiel e achei fantástico, hj descobri o do Blindness! Parabéns mesmo!!!Não sou nenhuma expert no assunto, é claro, mas acho que a Julianne Moore no papel da mulher do médico vai estar perfeita!
Muito bom o blog, Fernando, parabéns! Sou seu fã :)! Pelo jeito o filme vai ficar muito bom.
Para quem quer fazer cinema, como eu, o blog está muito interessante por mostrar alguns pontos que na maioria das vezes a gente não sabe sobre os filmes.
Eu ainda não li o livro, mas pelo que vi sobre ele parece bem interessante.
Obrigado pelos relatos e continue postando para nós sabermos mais!
Boa sorte!
Nossa!
pirei com essa postagem, meu coração foi a mil junto com o da Jullie!
as sensações do livro ainda estão muito fortes em mim, já que o li a cerca de um mês...
Essa sequência de cenas, será uma das mais emocionantes do filme!
E na boa, quem for prestar atenção no barbudinho no fundo, não está captando a verdadeira piração da cena!
Sorte!
beijo!
Não terei como...vou ter usar da mesma trivialidade dos meus comparsas cinéfilos. Primeiro que sim...eu estou aqui com o coração na mão já, principalmente pelo livro, pela direção e pela atriz, que sim é uma das melhores. Não entenda o termo travialidade no mal sentido, é inevitável vermos esses posts e não ficarmos assim. Parabéns pela iniciativa, que aproxima os fãs, e parabéns adiantado pelo trabalho, que parece será um filme excelente, em todos os sentidos, e não vamos ligar para o barbudo, vamos ligar para a essência real do filme.
Obrigado Fernando...bom trabalho...
Acho que esta massa sofisticadíssima com nozes e tudo que vocÊ esta preparando aí al dente(a tarde me deu uma baita vontade de comer amêndoas e bancar o esquilo) vai ficar emocionante e maravilhoso - amêndoas também pode funcionar.
Por agora eu fiz de tudo para enviar junto com este comentário a foto/haikai que fiz hoje e o título neste instante "onde esta o passarinho vermelho?...não se assuste ele ainda não vai voar", algo assim, mas eu ainda não consegui.
cont...Creio que você não terá este problema de continuidade, que fala, caso seja importante utilizar esta cena cheia. Você é ótimo nisto.
continuidade... quando não se têm imagina-se.
OBS: Vou continuar tentando postar a foto...
SB
consegui publicar a foto, que disse antes - O Passarinho Vermelho no Bambú, nesta minha inscrição google.
Quando soube que Ensaio Sobre a Cegueira seria adaptado, pensei no pior, na dificuldade de se fazer um filme que lida com outras sensações que me parecem tão opostas das de um video. Mas botei fé quando li o seu nome na direção, porque apesar de não ter lido as outras obras anteriores (Jardineiro Fiel e Cidade de Deus), fiquei tocado pelas adaptações.
Boa sorte com a releitura e parabéns pela idéia do blog, estou devorando cada linha.
Eu gostei muito do livro e levo muita fé no filme porque acredito estar nas mãos de uma grande equipe. Agora, tem gente que ganha a vida analisando erro de filme e vai catar erro lá não sei aonde, e uma coisa mais fácil de notar não notam, que é a profundidade da cena. Eu não entendo.
Abraço a todos aew!!!
Acho incrível a sinceridade e simplicidade com o qual você se comunica com a gente, sem "pomposidade". Admiro muito seu trabalho. Como muitos já disseram aqui, adorei o "Ensaio..." e aguardo ansioso por sua adaptação.
Forte abraço.
O Blog Armando Alguma está acompanhando de perto vc e a produção de Cegueira. O espaço tb está a seu dispor. Sucesso!!!!!!!!!!
olá,queria saber até quando a julianne vai estar aqui no brasil,e em que lugar de sao paulo vao filmar
gostei muito de Blindness ,pois isso vai ser um grande salto para o cinema nacional
Fernando,
Um alívio muito grande poder ter o blog a disposição, é participar de certo modo de todo seu processo criativo e experiência compartilhada!
Apesar da ansiedade por ver o trabalho finalizado e em exibição nas salas.
Não li o livro, deixarei para um segundo momento, pós-filme!
Puxa, estou realmente ansioso para conferir o trabalho estupendo da fenomenal Julianne Moore... creio que não terá pra ninguém.
Será que Meirelles a transformará da Weisz da vez?
Primeiro: Saramago tem sido minha eterna companhia (atualmente Intermitências da morte), estou ansiosa pela adaptação. E pode deixar que eu vou reparar no barbudinho no fundo e ainda vou falar com ar de superioridade que eu já sabia que ele não iria aparecer na cena seguinte, como? o Fernando me contou.
Segundo: Nervosismo. nem acredito que graças a internet estou a uma distância tão pequena de um dos meus diretores preferidos.
Terceiro: Inveja. Gael Garcia Bernal todos os dias... aiiiiiiii
Fantástico!!!
Acho vc fantástico, tudo que vc faz é fantástico e sempre com um bom humor fantástico!
Tem um carisma incrível, uma pessoa de sensível e sempre contagia os que estão em sua volta.
Leio sempre seu blog naquelas horas que preciso me descontrair no escritório e sempre acho uma solução!
já tinha assistido O Jardineiro Fiel e Cidade de Deus - muito bons filmes. Mas na verdade fiquei interessada pelo seu trabalho a partir de uma entrevista sua no programa de Fernanda Young (dei muita risada). Ta vendo aí como isso é bom?! O público passa a conhecer quem é o Fernando Meirelles e com isso acaba ganhando mais fãs - como no meu caso!
Sucesso 1000!!!! e Boa Sorte.
Fantástico relato.
Parabéns, Fernando. É necessário muita coragem para expor e se expor assim, de certa forma abrindo o jogo do que acontece num set (e fora dele) e exercitar uma humildade incomum entre diretores.
Bom dia e Boa Sorte.
Com todos esses detalhes so tenho que desejar boa sorte ao Daniel, que vai ter que ouvir muita musica elettronica pra poder montar mais esse grande filme.
Parabens Fernando e boa sorte.
Meirelles, que surpresa descobrir seu blog justamente nesta cena. É a passagem mais importante do livro pra mim, pude sentir até os cheiros que imagenei quando li a obra de Saramago.
Com certeza vai ser difícil conter a emoção no cinema.
sucesso sempre pra vocês!
<
Parabéns pelo blog, parabéns pela inciativa de filmar Saramago. O sucesso sempre estará com vc, porque você tem talento de sobra!!!
Gostei da intimidade com a Julie... daqui pro final das gravações acho que a galera já vai estar chamando-a de JUJU! Hehehehe.
Quanta emoção e massa num post só!
Gostei.
Olá Fernando! Antes de mais nada, parabéns por esse novo trabalho e por todos os outros filmes que já realizou até hoje. (Gostei muito de seus curtas, by the way!).
Estou mergulhando de cabeça nesse maravilhoso mundo do cinema e assim que soube que VOCÊ, Fernando Meirelles, iria trazer para as telas o Ensaio Sobre a Cegueira, fiquei pasma. Um ano antes, havia comentando com meu namorado "Que história hein? Alguém deveria fazer um filme!". Essa notícia chegou na mesma época em que eu estava envolvida com meu curta e ao mesmo tempo estava pensando no seu trabalho, de como o tenho como referência para minha futura carreira profissional. Era Fernando Meirelles pra lá e pra cá! Até foi a semana em que te vi sendo entrevistado pela Fernanda Young. Pensava somente em COMO FAZER para entrar em contato com você ou alguém que pudesse me falar mais sobre esse filme Blindness! Só queria estar envolvida nisso, de qualquer forma que fosse. Cuidaria do cafézinho se precisasse, só pra vislumbrar momentos como esse que você narrou, neste último post. (Aliás, que baita elenco - Gosto muito da Sandra Oh e acho que ela está tendo uma oportunidade imensa trabalhando com você e neste filme. Uma atriz com grande potencial, mas nunca explorado em longas).
No fim desse todo meu entusiasmo, consegui contato com sua sócia, a Bel Berlinck. Ela me informou que a equipe técnica já está completa, mas fiquei de enviá-la meu currículo e portfolio. Se eu tiver muita sorte, quem sabe um dia você possa dar uma olhada no meu curta!
Abraços e hang in there!
Lígia T. Sumi
Aaaaaaaaaah que delícia de blog.
Depois de acompanhar o blog do Jardineiro Fiel todinho, já me sinto "de casa". E que delícia isso de "Julie" :D
Muito, muito feliz :D
É por isso que o Fernando (será que posso te chamar assim?) é considerado genial.
Obrigado por partilhar essa aula de cinema conosco!
O elenco que você conseguiu montar é fora do comum. Os atores / atrizes escalados os quais eu conheço: Sandra Oh (adorei ela em Sideways, na verdade achei que todos os atores conseguiram se destacar neste filme... e em Greys's Anatomy também, a Dra Christina é ótima); Julianne Moore (nem preciso falar dela...); Mark Ruffalo (adorei Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Zodíaco); e, Alice Braga (figura que atualmente é semi-ubíqua no cinema nacional e em Hollywood).
Imagino que o trabalho do(a) ator(atriz) deva exigir um equilíbrio emocional muito grande, conseguir criar/ resgatar/ titular/ reprocessar as emoções deve exigir um grande domínio da psiquê.
Muito engraçado pensar em um filme onde o principal ponto é a cegueira, mesmo que branca. Como passar a força da ausência da visão em uma tela? Talvez a melhor forma seria deixar a tela em branco, só com sons, nas cenas mais fortes, convidando o espectador a imaginar tudo...
Adorei a iniciativa do blog, estou ansioso pelo filme.
Caro Fernando,
Gostei de sua comparação entre cozinhar e filmar. Assim como um linguine ao pesto, parece que a beleza de uma cena está em sua simplicidade. Na gastronomia, quanto mais um cozinheiro complica uma receita, menos talentoso ele é. Para saber se alguem cozinha bem, o ideal é pedir algo bem simples, como ovos mexidos ou um espaguete ao alho e óleo. Extrair o máximo do mínimo é para poucos.
Bons pratos e ótimas cenas.
Um grande abraço,
Rusty Marcellini
(ah, e caso precise de alguma receita, estamos à ordem).
Êta cara corajoso.
Não sei se há outro diretor que tenha essa ousadia.
Pô Fernando, é muito bom poder compartilhar com você essa criação.
Será que não dá prá postar umas fotos???
Boa sorte, prá você, pro elenco, pros técnicos, a vem logo pro Brás !!!!!
Esta "pasta" vai ficar muito boa mesmo!!!
Essa foto sua é do set? Bela camisa hein Fernandinho !!!!
Olympia - Cotia-SP
Fernando, faz um carinho prá Granja Vianna.... Manda algumas fotos do set....
A escuridão de Jorge Luís Borges
Mírian Freitas
Genebra, 1985.
De manhã Borges acordou com os olhos acinzentados, dormidos e úmidos. Passou ligeiramente uma das mãos pela cabeça e saiu arrastando os chinelos pela casa. Caminhou até a varanda para ver o vulto do dia. Tudo estava calmo. O dia parecia acontecer devagar. Sentiu na pele os vestígios da claridade, o solzinho muito miúdo amarelando o seu olfato. Sentia tudo muito de perto, mesmo sem enxergar nada. Já não possuía mais nenhuma visão dentro dos olhos. Estava cego.
Para Borges a cegueira era apenas um estilo de vida como qualquer outro. Muitas vezes, preferira as sombras à luz. Os poetas tinham qualquer coisa de sombrio dentro de si. Nem por isso eram apenas tristes ou infelizes. Eram, pois, homens capazes de enxergar dentro da escuridão. Para ele a cegueira não significava a morte. Tudo não estava ainda acabado. As coisas continuavam no seu percurso normal. Por isso vivia com intensidade cada dia, mais tristes ou menos tristes, felizes ou não, ele ainda possuía olhos e desejo pela vida.
No seu mundo de sombras, Borges tateava a infinita escuridão sem desespero. Sabia que estava ali dentro e dali não sairia mais, porém não se sufocava por causa da sua condição de cego. Ser cego não é ser triste. E assim ele continuava elaborando na mente seus textos para ditá-los a Kodoma, sua secretária que mais tarde se tornaria sua esposa. A única coisa que o incomodava um pouco naquele seu negro mundo era que não poderia mais ver as cores. Ah, como sentia prazer vendo o mundo das cores! Lamentava por não poder ver mais o vermelho, cor que sempre o seduzira a pensar num poema ou em qualquer coisa a mais. As últimas cores que vira foram o verde, o amarelo e o azul. Depois mais nenhuma cor. Nem o preto. Mas nem por isso ele desistiu. Apenas sentia que o seu corpo estava no escuro, mas sua alma não. Havia muita luz ao redor do mundo dele. Mesmo não enxergando podia imaginar tudo porque sabia como eram as coisas. Afinal já vivera no mundo das luzes do outro lado de lá. Certamente sentia saudades de ver muitas coisas. Quando comia uma maçã, por exemplo, sentia desejo de vê-la. Aquela fruta de casca sedutoramente vermelha em suas mãos causava-lhe fome, vontade de ver. Saudades daquilo que já se apagara dentro dos olhos.
Em muitas manhãs como aquelas Borges sentia a luz entrando-lhe nos olhos e espalhando-se por todo o seu corpo, aquecendo-lhe a pele e os cabelos. Lá fora sentia que as aves piavam eufóricas com os mistérios dos homens. As aves sobreviveram ao inverno rigoroso de Genebra e agora tagarelavam bem perto dele, na La Grand Rue, 28. Mesmo sentido-se em casa, pois adorava estar naquele país, tinha saudades de Buenos Aires. Andar naquelas avenidas da capital argentina na primavera era como escrever um poema no escuro. Doía de tão intenso que era. Sabia que Buenos Aires estaria lá, sempre esperando por ele de braços e abraços abertos. Por isso não se precipitaria em voltar naquele momento de saudades. Pois ainda precisava ver mais um pouco as belezas suíças daquele mundo.
Um cego não vive num mundo de total escuridão. Ele enxerga. De olhos fechados Borges lia o seu imaginário. Em voz alta dizia seus poemas a Kodoma e ela cuidadosamente os escrevia como se estivesse bordando uma toalha de mesa. Borges apertava uma mão contra a outra ao elaborar em voz alta seus poemas na mais profunda magia do silencioso mundo das sombras. Era nele que o escritor vivia agora buscando não se afligir pela ausência das coisas enquanto matéria. Tateava o escuro para não se perder das suas sensações mais preciosas. Porque tinha a consciência de que todo escritor precisava de sentir o que quer que fosse para escrever e, através das sensações, rastrear as palavras uma a uma para compor o seu texto. Sempre dizia que se pudesse enxergar novamente iria ler todos os livros que ainda não teve a oportunidade de ler. Mas agora com oitenta e tantos anos vivia na sua escuridão sem poder ler os próprios livros, entretanto guardava-os na memória e sempre que preciso os revisitava nas sombras de suas lembranças.
Ainda de pé na varanda, Borges sentia tudo muito de perto. Mesmo que fosse um ser solitário, ainda assim, sempre se sentira rodeado pelas coisas. A solidão de Borges era plena; aquele tipo de solidão que os artistas sentem porque vivem intensamente o processo de criação. Ouvindo os pios das aves entendia que haveria sempre um segredo a mais para o homem decifrar. Aquela melodia não era triste, porém era solitária. Isso ele podia ver. Alguns instantes a mais do lado de fora e então se apressou para regressar à sala porque sentia-se também como uma ave que necessitava, desesperadamente, soprar uma melodia de palavras aos ouvidos de Kodoma. Às vezes ele era assim: um homem de impulsos inesperados. Mesmo na escuridão ainda se sentia vivo. Queria, mesmo sendo um cego, viver. As sombras não lhe amputariam a ânsia pela vida. Ao contrário, dizia sempre: "devo certas dádivas às sombras”.
Agora sentado numa poltrona forrada de ocre, pensava num poema. Esfregando as mãos uma na outra, parou os olhos no escuro, pensou e depois disse a Kodoma o primeiro verso de seu poema: “Eu sou uma ave atravessando a infinita escuridão do homem”. Ela o olhou despida de qualquer sombra e delicadamente escreveu numa página branca aquelas palavras de Borges.
Quero deixar aqui um viva especial por não se ter nada para se fazer em Guelph. Assim vc tem tempo para continuar esse blog. Eu que sempre tive o sonho frustrado de trabalhar com cinema, estou me esbaldando com sua história. Sinto-me aí, acompanhando tudo. Muito obrigado por proporcionar a todos nós esses grandes momentos.
Nem sei o que escrever, afinal fico meio intimidado por escrever algo aqui, mas to na torcida pelo filme e vou acompanhar o blog com ctz.
E poxa fico me pondo no seu lugar ai com a Julian Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover e outras feras acho que não conseguiria desempenhar bem o meu trabalho não hehehe
parabéns por mais um ótimo texto e estamos todos aqui na torcida!
e desculpa se o comentário ficou mto 'de fã' mas não tive como me conter hehehe
Não pude conter minha felicidade quando li que você havia aberto um Blog com diário de filmagem, tive um choque d alegria que não passa há 2 dias.
Adorei o Sobre Filmagem "al dente", sua simplicidade e paixão pelo cinema são emocionantes. Continue assim Fernando, o livro é excelente, sua equipe é excelente e vc é mais que excelente.
Vc é nosso herói! VALEU PELO BLOG!
Como portugues e lanzarotiano, como Saramago acredito que o filme vai ser bastante bom !
Assim como guionista que sou, acredito tambem nas optimas qualidades de Meireles.
Todos os seus filmes tem tido até agora a destreza que os grandes cineastas de sempre tem.
Alem do mais conta com presenças inconfundiveis de GGBernal, Julianne Moore, etc .
Ansioso pelo filme.
Se preicsar acertar as pontas do roteiro pode contarr comigo.
Acompanhar VOCÊ filmando um de meus livros preferidos está sendo uma experiência incrível. Obrigada por nos dar esse prazer de compartilhar. Muito obrigada.
Quando a gente vê na tela o filme, nem passa por nossa cabeça que o diretor do filme tem que ser psicólogo, lidar com emoções a dos atores e sua própria, além de ter olhos para todos os lados.E é engraçado como você coloca sua emoção que está a flor da pele, assim tão aberta, na escrita, que legal!!! Isso instiga a gente!
Tõ adorando o blog.
adorei que a julianne moore vai fazer a mulher do medico e fiquei curioso pra ver o que vc vai tirar do danny glover como o velho. li o livro a muito tempo, em uma noite. ate hoje, quando lembro daquele mundo, sinto estranho poder ver. espero ansioso pelo filme.
Olá Fernando, fico muito feliz em ver que vocês estão rodando o filme. Sou um confesso fã seu e te desejo toda a sorte nesse período de filmagens. Parabéns!!!
Rodrigo Portela
http://br.youtube.com/profile?user=rodrigoportela
iNão sei como foi a escolha do elenco, mas acredito que não poderia existir atriz melhor para fazer o papel principal, da mulher do médico, Julianne Moore é excelente. Sandra Oh, Danny Glover (que arrasou em A Cor Púrpura, de Spielberg)...
O nelhor é saber que a sua versão cinematográfica vai contribuir (ah se vai) para as pessoas se interessarem pelo livro enxergarem -- e muito mais do que isso-- temerem a própria humanidade frente a uma situação de caos. É assim que os homens verdadeiramente são? É preciso cegar-se todos para que se enxergue a essência de cada um?
Minha maior curiosidade diz respeito a forma com que você vai lidar com a ausência das marcas usuais da historicidade, uma vez que no livro não há sequer uma referência temporal que permita ao leitor dizer com segurança em que momento histórico o mundo ficcional deve ser inserido.
Boa sorte. Vou passar sempre por aqui para ver com Julie, você e companhia estão se comportando nas filmagens.
O livro é belo, é forte é bem escrito e acredito que o filme manterá o mesmo tom, pois talento não falta ao diretor e muito menos ao elenco....é só esperar para aplaudir....TOMARA!
Adorei o post!!! Ficarei anciosa para assistir ao filme e com certeza lembrarei de como a cena foi rodada. Cinema é assim: emoção sempre!
Bjos!!
Parabéns Fernando, essa com certeza é uma das melhores partes do livro, e tenho certeza q vc e os atores vão conseguir passar totlalmente pro cinema, torço muito por esse filme, talvez assim o Saramago decida vender o direito de outros livros tão maravilhosos como esse.
e como anda a pressao Fernandinho?
Adoro blogs que contam histórias que o grande público nem sempre tem a chance de conhecer.
Gostei bastante do tom intimista das postagens.
Sucesso no filme!
Oi Fernando!
Uau! Vou levar esse texto para os meus alunos do Ilha de Vera Cruz hoje mesmo! Tenho certeza que eles, não só vão reviver a noite da entrevista com vc, como vão frequentar bastante o blog. Seus relatos do processo de construção do filme podem ajudá-los
a realizar o projeto de filme deles nesse semestre. What a timing!
acompanhei o diário do Jardineiro Fiel, e tá muito massa acompanhar esse também. o meirelles é foda.
abraço e boa sorte
Caro Fernando
Fiquei feliz em saber que iam filmar o "Ensaio sobre a cegueira" lí este livro no último natal, adorei.
Fico imaginando como vc vai fazer as cenas dos sobreviventes lá no final do livro , ao sair do galpão, procurando comida...etc...estou aguardando este filme.
Caro Fernando
Fiquei feliz em saber que iam filmar o "Ensaio sobre a cegueira" lí este livro no último natal, adorei.
Fico imaginando como vc vai fazer as cenas dos sobreviventes lá no final do livro , ao sair do galpão, procurando comida...etc...estou aguardando este filme.
fiquei at� com pena da juliane moore, se ela se sentiu metade do desespero que eu senti quando li essa parte do livro deve ter sido um dos piores sentimentos da vida dela. vc torturou os outros atores assim, tbm?
Fernando,
Acho o máximo vc fazer esse diário!
É maravilhoso entrar nesse dia-a-dia da produção
de um filme, ainda mais com um escritor como vc.
Eu me sinto lá, do seu lado!
Acompanhei o diário do Jardineiro Fiel e estarei sempre presente aqui também.
Obrigada por dedicar o seu, já curto, tempo nesse diário.
bjs
É óbvio a dificuldade de dirigir uma cena, principalmente uma cena como essa que exige tanto da emoção dos atores. Em um filme curta-metragem que trabalhei, levamos 12 horas para rodar poucos minutos, levamos, ainda, 3 horas para gravar uma cena de emoção. É claro que o Fernando já possui a ultra experiência cinematográfica que permite filmes como os já dirigido por ele. Enfim, um dia, creio eu, estarei no mesmo nível do Fernando.
Parabéns, Fernando, todos os filmes dirigidos por você são excelentes.
Fernando, é maravilhoso poder espiar daqui de longe a preparação desse teu banquete. Sou sua fã de muito tempo já, desde o Menino Maluquinho 2 e sempre me surpreendo com os teus resultados. Sem dúvida você é o cara mais competente e talentoso que eu já vi brotar do cinema brasileiro, e digo isso de boca cheia, sem medo de exagerar. É um orgulho sem medida e também um enorme conforto saber que é você quem está comandando esse time fantástico, nessa história maravilhosa. E pensar que esse filme poderia estar sendo feito por qualquer um ?!? ...
Parabéns pelas conquistas, você merece!! E boa sorte com esse novo projeto, que já cheira muito bem!
Abraços!!
Meu comentário vai ficar soterrado no meio de tantos outros e, aposto, o autor do blog não vai ler. Mas estou adorando isso aqui. Mesmo.
Obrigado Fernando por chamar Yusuke Iseya pro filme, ele está perfeito em Casshern e acho q vai ser perfeito em Blindness. Boa sorte na produção.
Fernando,a gente fica com o coração na mão só de ler o relato,imagine vocês rodando essa fortíssima cena do filme.Acho que ninguem queria estar no lugar da Julie,certo?Mas concordo contigo no sentido da emoção...depois que algo ferve,mesmo que vc mantenha a temperatura,diamos que não há a ebulição!Que é o efeito bacana,né?Cara,eu imagino o corredor do manicômio como algo quase escuro,só com aquelas luzes típicas de hospital abandonado(como o próprio livro diz),e com "aquela fotografia" que só sua galera manja...acho difícil alguem prestar atenção na posição dos outros em cena.Sempre tem uns que gostam de azarar os outros né?Cara,manda ver!E esse diário só melhora!Sucesso e força,Fernando!
Realmente, deve ser emocionante "vivenciar" a "materialização" daquela passagem que, de fato, é muito forte no livro. Saramago é magnífico em transformar a sua ideologia em fatos palpáveis e incrivelmente cheios de emoção. Acredito que ver essa essa obra na tela do cinema vai ser muito emocionante. Ver a perda de todos os referênciais "sócio-humanos" vai ser inesquecível.
Uau! Belo relato, é impossível parar de ler. E isso é um blogue! Nem imagino o que produz quando escreves mais longamente...! Há coisas que devem ser colhidas com o frescor, com todo o brilho possível, senão nunca mais a oportunidade surgirá, e esse é o gancho forte da pequena narrativa.
Estou surpreso por este contato tão próximo à uma produção cinematográfica internacional em andamento, ainda mais deste estilo que tanto gosto (sou freqüentador de salas de cinema alternativas), irei me informar sobre o filme e o livro. E perguntar como eu fui receber esta indicação de um amigo...
Parabéns!
Fernando,parabéns pelo blog!
Muito sucesso para o que vem aí:))
bjj
è engraçado como o cinema fascina.
O homem se encantou com a possibilidade de ver sua obra de vida pulsante ter vida nas telas.
è próprio do cinema isso né?
Você perguntou para ele se ele assistiu o Cidade, o JArdineiro?
Provavelmente sim, para ele ter aceitado que vc fizesse.
EStá em boas mãos. penso que pensou ele.
Boa sorte, e façam o que sabem!
Olá Fernando,
Fiquei absolutamente maravilhada com o "seu" Fiel Jardineiro,pela sensibilidade, força e transparência com que somos transportados para uma realidade que não é de modo algum indiferente a nós, portugueses.
Fique entusiasmada quando soube que iria filmar um livro do José Saramago.Achei graça ao seu comentário do encontro com ele,em Lisboa, porque me fez lembrar um jantar que o meu marido lhe ofereceu no Porto em Abril de 1991.Na altura Saramago era conhecido mas não Nobelizado. Gostei muito da sua elegância discreta e da sua gentileza. É de facto um homem alto mas de todo impositivo. É contido e generoso.
Mais tarde veio o Nobel e nunca mais nos encontramos.
Uma tarde em 1999, no Soho, em Nova York, entrei numa livraria, daquelas que aparecem nos filmes do Woody Allen, e vi na montra o "Ensaio sobre a Cegueira". Achei graça, e entrei dizendo com vaidade que era Portuguesa e que conhecia pessoalmente o escritor, prémio Nobel no ano anterior! A dona da loja respondeu-me lacónicamente "estou a lê-lo e acho que o autor tem de ser cego(literalmente) para descrever todo este ambiente!!" Curiosamente, não li o livro (burrice minha, talvez) mas passados anos assisti a uma peça de teatro levada à cena por um grupo português "O Bando" (excelente cenografia!)e então percebi do que a livreira do Soho falava!
Tenho a certeza que o "Zé" vai adorar o seu filme!
Tudo de bom!!
Beijos
Xana
Olá, Fernando, coloque algumas fotos da equipe de filmagem aqui no blog!
Que boa surpresa essa conjunção astral. O Diário, um livro que me deixou sem respiração por dois dias, "grudou" em alguma parte do meu cérebro e o inutilizou para ter qualquer pensamento articulado, interessante e inteligente por quase uma semana. Saramago, aquele senhor que vc nunca sabe qual a forma que irá te abordar no próximo encontro e quais os "mergulhos" da existência humana ele irá colocar a céu aberto. E Fernando Meirelles, o contador de histórias que pega na sua mão nos primeiros minutos e te leva por uma viagem onde vc não tem qualquer receio de lhe entregar o seu olhar para ser conduzido pelo dele. Um talento imprescindível quando se fala do Ensaio sobre a Cegueira. e mais uma surpresa boa. um texto claro, diretor, reforçando sua caracteríscia de contador de histórias.
Olá.
Pode ser que você não leia esse comentário.
Pode ser que você nem saiba da existência dele.
Pode ser...
Já tive minhas experiências como ator.Meu professor dizia que podemos
acionar os botões do cérebro para desencadear uma profusão de emoções.De início eu achava isso uma bobagem...
O tempo passou.Como ele sempre faz.
Li O Ensaio no limite.É exatamente um desses livros que parecem te deixar em carne viva.Tão sensível que nem aguenta o peso da alma.
O mesmo aconteceu quando assisti O Jardineiro Fiel.
Vou esperar calmamente a exibição no cinema.Irei sozinho.Farei todo o ritual que o Gabriel García Márquez
descreve em Entre amigos.Vou ficar em carne viva.Sou ansioso,já tive de ir várias vezes ao psicólogo por causa disso,mas agora não.Não quero queimar a língua.
O maior feito Fernando,não é fazer chorar,muito menos fazer chocar.O maior feito desse filme será fazer com que cada pessoa que estiver na sala de cinema se depare com o OUTRO assim que colocar os pés fora da sala.O livro fez isso por mim.O Teatro fez isso por mim.Aquele botão que manipula as emoções existe.Meu professor de teatro não queria dizer que somos artificiais,
ele queria dizer que somos bonecos ocos,esperando ficarmos maciços.
Muito Boa Sorte.
E cuidado,você está lidando com a matéria-prima mais estável, perigosa,e encantadora que existe:O ser-humano.
Leonardo Moura.
Só mais um detalhe:Braile,criador
do alfabeto homônimo tinha cinco anos
quando ficou completamente cego.
Um dia ele disse ao pai:
- Os cegos são pessoa mais solitárias do mundo! Eu posso distinguir o som de um pássaro de outro som. Eu posso distinguir a porta da casa só pelo tato. Mas, tem tanta coisa que eu nem posso sentir e nem ouvir. Somente livros poderão libertar os cegos mas, há nenhum livro para nós lermos."
Logo depois ele inventava o método.
Ele tinha 15 anos.
A mesma idade que eu ano passado
quando comecei no teatro.
No leito de morte Braile dizia:
"É a terceira vez na minha vida que choro: a primeira quando fiquei cego; a segunda quando ouvi falar na escrita noturna e agora eu sei que minha vida não foi um fracasso."
Montando no horizonte e parindo um filho monstro em possibilidades, a dor e o prazer de sobreviver a isso deve valer o sacrifício - que venha a cegueira em toda a sua crueza.
Adorei o seu blog.
Você é o máximo!
Você fala e o filme passa na cabeça!
Parabéns! Linkei você e vou roubar esta foto e chamar para o seu blog. Vale a pena!
Beijos. Sucesso.
sou portuguesa e já li o Ensaio Sobre a Cegueira à alguns anos e continua a ser dos melhores livros que alguma li. Recomendo todos os livros do escritor (José Saramago. O seu prémio nobel da literatura foi muito merecido! Só espero que o filme esteja à altura do livro. Acredito que Fernando Meirelles é o melhor realizador possivel para fazer este filme! Fica sempre a magoazinha de não ser filmado nas ruas de Lisboa mas pelo menos que seja uma grande obra!
AAAAAAAFAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!! QUERO MUITO FAZER ESSE FILME!!!!! A PRODUTORA ME CHAMOU MARCANDO FIGURAÇÃO E DEPOIS , NUNCA MAIS. PASSOU FEIRADO PASSOU TUDO, E EU AQUI ESPERANDO, E A FILMAGEM ROLANDO.
...CALMA, SEGUNDA FEIRA EU QUERO CONSEGUIR. SOBRETUDO AGORA QUE LI O SEU SUPER HUMORADO E SUFOCANTEMENTE DESOMPROMISSADO DEPOIMENTO DAS FILMAGEM DA CENA COM A JULIANNE...PUXA, FIQUEI MAIS AFIM AINDA.
DO MAIS,
TODA SORTE DO MUNDO NAS FILMAGENS, ÓTIMO TRABALHO PRA TODOS E... NOS VEMOS EM BREVE, ABRAÇOS.
Fernando,
A missão mais difícil do artista moderno é encontrar brechas dentro da indústria cultural para transmitir uma mensagem poética. Você tem feito isso resistentemente. Tenho certeza que a escolha do Saramago vai reforçar sua intenção. Estamos loucos para assisti-lo.
Nossaaaaaaa... ainda estou tomado pela perfeita descrição dessa cena. Quase que dá para visualizar cada passo dado, cada lagrima derramada, a emoção dos atores, ... parece ser fantástico.
Sobre Julianne Moore? Linda, minha melhor atriz. E todas as palavras do diretor serviram apenas para reafirmar as boas impressões que já tinha dela.
Espero por esse filme super ancioso.
Abs
Oi Mr Fernando!! Sou completamente apaixonado por cinema, e me orgulha muito ver vc brilhando no cenário mundial!! Queira que soubesse disso!
Espero um dia trabalhar com vc!! Boa sorte
Fernando,
Adorei sua analogia! Adorei a maneira simples como vc nos descreve emoçoes!
Estou ansiosa pelo filme.
Muito sucesso!
Fernando,
Eu sou absolutamente fascinado por toda a obra de José Saramago, e em especial do magnifico "Ensaio sobre a cegueira". Eu sou português, vivo em portugal e em 2004 tive oportunidade de ver a adaptação teatral que o grupo de teatro "o Bando" fez desta sua obra que foi de uma intensidade e profundidade arrepiantes. Neste sentido, penso que seria bastante enriquecedor se visionasse as gravações que foram feitas do espectáculo ou ainda o documentario que foi feito a partir do mesmo chamado "ensaio sobre o Teatro", já editado em dvd em Portugal.
Pude reparar que no site www.imdb.com ainda não se encontra anunciado o compositor da banda sonora do filme e por isso, recomendar-lhe-ia que assim que fosse possível ouvisse a banda sonora original que Jorge Salgueiro, compositor Português, compôs para a referida adaptação teatral de "Ensaio sobre a Cegueira" e que eu considero algo estrodosamente tocante. Eis o site do mesmo:
www.jorgesalgueiro.com
A banda sonora encontra-se editada e à venda exclusivamente nas lojas fnac e denomina-se "ensaio sobre a cegueira - Um requiem para a humanidade".
Se necessitar de voluntários para todo o processo de desenvolvimento do filme "blindness", por favor não hesite em contactar-me, pois voarei para o Canadá instantaneamente.
Espero que toda a informação que referi possa contribuir da melhor forma para fazer deste filme, O filme.
Aqui fica o meu e-mail: jsmartins_89@hotmail.com
Obrigado por levar o "Ensaio sobre a cegueira" ao cinema e principalmente ao mundo para que todos comecem a ver sem ver.
um grande abraço e a maior força,
João Martins
>>>FAN TOCH!
AQUI UMA SINGELA PROPOSTA MUSICAL AO LIVRO E AGORA TAMBÉM FILME.
SE FICOU CURIOSO, ENTÃO SÓ CLICAR AO LINK ABAIXO E DEPOIS EM CIMA DA MÚSICA CHAMADA CEGUEIRA.
TODAS AS MÚSICAS SÃO GRAVADAS E MASTERIZADAS PELA PRÓPRIA BANDA, POR ISSO TEM A QUALIDADE DE UMA DEMO, ESPERO QUE COMPREENDAM.
PS: TODAS AS MÚSICAS SÃO RESGISTRADAS, PORTANTO DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS À PRÓPRIA BANDA.
ESCUTEM, OBRIGADO.
http://www.tramavirtual.com.br/fantoch
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=11232329238
BANDA FAN TOCH!
E-MAIL: bandafantoch@gmail.com
Vir a este blog está-se tornar um vício delicioso, continue.
Atualiza, home!
O negócio tá ficando legal.
posso dizer que uma das melhores coisas da internet,é isso, acompanhar o trabalho dos possibilístas.boa sorte.
Olá, Fernando! Espero que leia atentamente os comentários do seu blogue. "Ensaio sobre a Cegueira" é o livro da minha vida e não é apenas Saramago quem cria grandes expectativas sobre o seu filme. Mas faço minhas as suas palavras: confio fortemente no seu trabalho ou não tivesse dado provas disso ao longo da sua filmografia. Considero que a obra não podia estar em melhores mãos, embora não concorde com o casting: deveria ter optado por actrizes como Isabelle Hupert ou Juliette Binoche para o papel de mulher do médico. Não desgosto da Julianne Moore, mas não a considero uma intérprete suficientemente intensa para aquela personagem. Quanto ao Mark Ruffalo, acho-o um pouco pateta e imaturo para o papel. Mas compreendo: necessitava de alguma star system para apelar a uma plateia universal. Espero, no entanto, que estas opções não minem o projecto e que consiga fazer de "Ensaio Sobre a Cegueira" um filme honesto, que não mostre tudo aquilo que pode ser subentendido. Não tente, por favor, fazer um filme demasiado americanizado. Quanto à localização das filmagens, e já li que esteve no Bairro Alto, em Lisboa, não considera que esta cidade seria o cenário ideal para enquadrar o enredo sombrio de Saramago?
Um grande abraço de um admirador,
Bracken
Parabéns Fernando! Sensacional a idéia do blog.
Estamos todos com você nessa. Um abraço de fã!
Obrigada por compartilhar o seu dia-a-dia de filmagem. Você demonstrou a paixão pela obra de Saramago e a habilidade em conduzir a equipe toda, fatores indispensáveis para realização de um filme de qualidade. Dê o máximo de si para levar essa empreitada até o fim, que estamos aqui torcendo e muito confiantes pelo seu talento. Emociane o mundo mais um vez com o resultado. Aguardamos muito ansiosamente e com um orgulho todo especial da turma FAU 76!
MEIRA, FELIZ ANIVERSÁRIO!
Toda a turma FAU 76 te parabeniza!
bjs
Emoção é imaginar um livro tão perfeito quanto o Ensaio, sendo transposto pra película. Dá medo. Torço pra que todos leiam o livro antes de ver o filme. Pois é de fato emocionante imaginar cada passagem. Aliás, o livro é tão intenso que dava pra imaginar/sentir até os odores das cenas. Sempre torci pra que um dia virasse filme. E olha aí! Sucesso e parabéns por tão grande desafio.
Quando soube que F. Meirelles ia adaptar o Ensaio Sobre a Cegueira ao cinema delirei. Apesar de relativamente jovem, já devorei toda a obra de Saramago.
Que saiba apenas um livro de Saramago havia sido adaptado ao cinema ate agora - Jangada de Pedra. E francamente, desiludiu-me um bocado (talvez, porque quando estou a ler estou a "criar" um mundo com a minha imaginação.
Agora, tal como Saramago disse, Meirelles não desiludirá.
Bom trabalho!
Ricardo S.
Duplamente empolgada com este filme. Acredito que o Saramago mesmo sem os seus pontos, virgulas e parágrafos aonde queremos que eles estejam, tem uma obra prima em papel que não pode ser esquecida.
Fernando, assim como a grande maioria das pessoas que estão enviando suas mensagens, também gostaria de agradecer a sua atenção e humildade com as pessoas. Obrigado também por dedicar um tempo a todos nós que admiramos o seu trabalho, escrevendo detalhes tão interessantes e marcantes sobre o seu novo filme.
Dessa forma você consegue de uma só vez aproximar todos os seus fãs do seu trabalho.
Não lhe conheço pessoalmente, mas continue sendo a pessoa humilde e sincera que você parece ser.
Este blog nada mais é do que uma aula de cinema.
Obrigado.
rselmi@gmail.com
E não é que vai ter um puto que vai lá apontar os erros? Sempre tem né?
Mas acredite, Fernando, do lado de cá, nas poltronas, estaremos torcendo muito para tudo dar certo!
Fernando,
Eu, com o imenso viés compulsivo da minha personalidade, chego o acessar este blog, no mínimo, dois turnos ao dia (seguramente mais de 5 vezes por turno) em busca de atualizações. :)
E então, quando haverá nova postagem antes que eu interrompa minhas atividades diárias? :)
um abraço
Sou fã do Saramago, já li tudo e não consigo achar que sejam histórias separadas, todas fazem parte de algo maior, é só reparar bem, todos os personagens cabem de uma maneira ou outra, a faxineira do conto da ilha desconhecida não lembra a mãe do Tertuliano? Vc não tem a sensacão que a Maria Sara e o Raimundo Silva estavam em lua de mel quando a cegueira abateu o lugar?
Não li na ordem cronológica, li na ordem que os livros chegaram em minhas mãos, por isso fica mais fácil encontrar os germens de um livro em outro. O Manual e a Bagagem do viajante, são a prévia de tudo.
Só sei que estou esperando, sei que será dos melhores filmes já feitos!
E quase esqueci...vai ter sim quem aponte erros, no entanto a maioria será dos que estarão tão envolvidos, tão comprometidos e curiosos que logo todos estarão discutindo as soluções para transformar em imagens as sensacões.
É a melhor analogia que já li.
A minha imaginação criou o ambiente, os cenários e as características de cada uma das personagens.
Espero que o filme não as destrua, pois apesar de o ter lido à cerca de 4 anos, tudo continua na mesma, bem visivél.
Um abraço e bom trabalho Fernando.
E a gente nem imagina o que se passa numa produção até fazer parte dela. O seu relato é a visão da nossa cegueira.
Alguns posts acima uma banda falou sobre a sua música que fez baseada no livro. É uma ótima música diga-se de passagem, mas Mr. Fernando você já viu o trabalho de Clint Mansell e Kronos quartet em Requiem para um sonho(com certeza já), é um trabalho divino não acha? Se ainda não tivesses definido a trilha sonora do filme, seria uma boa você ouvir o trabalho de Clint Mansell! Boa Sorte!!
Oi Fernando!
Adorei este blog, ele trata justamente de um dos meus assuntos preferidos CINEMA!
Sou atriz e uma das minhas metas e trabalhar com você.
E com certeza em breve ela será realizada!
Parabéns pelo seu belíssimo trabalho que venho acompanhando há bastante tempo!
Gosto muito de conhecer a visão de bastidores de um filme, ainda mais pelo próprio diretor. Confesso que fiquei impressionado com a descrição da cena deste post, muito forte. Não li o livro ainda, mas agora vou correndo comprar o meu exemplar. Parabéns pela iniciativa do blog e bom trabalho para vocês.
boa sorte, e não deixe de enxergar, mesmo o que não está lá...
uma fã,
GB
Gente, ninguém percebeu que esse blog é falso? As filmagens só começam no sábado, gente.
Foi mal gente, é verdadeiro mesmo. Eu acho.
Pequeno texto, grande emoção. Acredito no seu filme.
BRASIL NÃO É "AMÉRICA LATINA"
Brasileiros são só "brasileiros" e geograficamente "sul-americanos". Não são "latinos".
O que ocorre é que parte dos brasileiros, inclusive a imprensa, não se define, se deixa definir. É o velhíssimo complexo-de-vira-lata. Estão sempre prontos para "agradar" o sinhozinho dolarizado. Ou aliciados pelo doutrinação cubano-comunistóide.
Se os americanos, por ignorância -- ao se equivocarem em crer que os brasileiros falam espanhol, dançam rumba e não passam de uma cópia mix de mexicano, argentino e caribenho -- vão nos tachando erroneamente de "latinos", lá vão os colonizados do Brasil "adotar" o termo para si. Se a ignorância americana acreditasse que o brasileiro fosse "africano" (até por que tem influência de lá), esses mesmos brasileiros vestiriam a fantasia de "africano" e ficariam também "revoltados" se alguém dissesse a eles que não, eles não são "africanos".
Há até brasileiro que já aceita pra si o xingamento "cucaracha", coisa que se aplica apenas aos de fala hispana (ou nem isso, só a mexicanos e redondezas). Querem um xingamento para chamar de seu.
Os americanos, incluindo imprensa e governo, ainda são ignorantes a respeito do Brasil a ponto de alguns órgãos federais de pesquisa de lá agruparem brasileiros e portugueses na categoria "hispânico", como se algum dia tivéssemos falado espanhol. Efeito colateral: alguns desinformados brazucas se definem como "hispânicos" nos EUA...
Infelizmente a nossa mídia se deixa levar por esses reducionismos culturais. Estereótipos desse tipo são sempre ultra-simplificadores, essencialmente pré-conceituosos e trocam o real pelo pseudo-verdadeiro.
Exemplos:
-- Teoricamente Brasileiros, Portugueses, Angolanos e Moçambicanos (português), Franceses, Belgas, Senegaleses, outros países africanos e Haiti (francês), Italianos, Romenos, etc, seriam "latinos" porque todos falam uma língua derivada do latim. Mas na prática são apenas os hispanos que se vêem como "latinos".
-- Na teoria todos os países da América são "americanos" mas o mundo inteiro vê e entende apenas os cidadãos dos EUA como "os" americanos.
-- Na teoria o rótulo "América Latina" compreenderia países de língua derivada do latim. Mas na realidade o termo é tão inadequado que há vários países que falam línguas não-latinas (Suriname fala holandês, Jamaica fala inglês, Bahamas fala inglês, vários outros países falam inglês ou misturas do holandês.
-- Geograficamente o México sempre esteve na América do Norte mais nunca ninguém chama os mexicanos de "norte-americanos"..
Portanto é presico questionar esses enganadores rótulos exógenos que nos impõem -- principalmente porque são impostos por quem não nos conhecem realmente, apenas têm uma pretensa "idéia".
"América Latina" é um pseudo conceito geo-político estabelecido para separar a América branca -- hoje não tão branca --, e rica (EUA e Canadá), do "resto" nem tão branco, bem mais pobre e que, acreditava-se, vivia no meio do mato. É um conceito baseado na ignorância e desprezo.
E ainda há uma racialização nos EUA do que é "latino". É racistóide. Nessa racialização deles, "latino" é aquele com cara de asteca, olhos e cabelos espetados muito escuros, pestanas retas, tez morena. Comicamente alguns brasileiros querem pular para dentro desse estereótipo "racial". Curioso: quando foi que Pelé ficou conhecido como "latino"? Quando já chamaram a Gisele Bundchen de "latina"? E o Ronaldo, o Ronaldinho Gaúcho, o Ayrton Senna e o Massa, já se se referiram a eles como "latinos"? Não. Porque eles não são "latinos" (e tiveram personalidade para nunca se qualificarem como tal), são brasileiros. Já Rodrigo Santoro, que tem traços que lembram um índio certamente será racializado como "latino" -- aliás ele, sem personalidade, já vestiu a fantasia de "latino", a julgar por entrevistas recentes.
O Brasil é outra América, a que fala português, a América Lusa. Temos outra herança colonial -- de Portugal e não Espanha --, outra cultura -- muito particular e original, dentro do que pode ser original na cultura humana --, outra mistura racial, outro perfil de sociedade, outra índole, outro estilo, outras idiossincrasias. Até fisionomicamente o brasileiro é distinto dos hispânicos. Não é incomum, quando se está no exterior, identificar outros brasileiros de longe, só pelo jeito. O povo brasileiro nunca se vu como "latino", só como "brasileiro". Quem é que dentro do Brasil já se tratou como "latino"? Isso é loucura.
Porque então quando alguns brasileiros saem do Brasil deixam de ser brasileiros passam a emular latino? Patético. Atestado registrado de sabujice.
A enorme maioria do povo brasileiro é mistura de Português + Índio original + Negro. O resto dos imigrantes é basicamente formado por Italianos, Alemães, Árabes, Japoneses, com alguma ascendência holandesa no NE, por causa das invasões. Houve a imigração espanhola mas não foi tão relevante quanto a dos Italianos, Alemães e Árabes, por exemplo. É natural, eles preferiram imigrar para os países que já falavam espanhol. Culturalmente nós temos uma grande influência da África Ocidental, onde hoje é Angola e Nigéria, devido ao tráfico de escravos -- embora alguns não gostem de admitir isso por puro racismo velado.
Os hispânicos, pelo contrário, têm outra herança colonial -- da Espanha e não Portugal --, outro tipo de misturas raciais -- alguns, como Argentina e México se "orgulham" de não ter negros, veja só o racismo embutido --, outras culturas, outros hábitos, outras culinárias, etc.
Enfim a língua fez e faz um tremenda diferença. Só quem não conhece pode achar que português e espanhol são línguas "muito parecidas". Não, apesar de alguma semelhança na escrita são na essência línguas de almas quase opostas. Uma, espanhol, é áspera, insalubre, foneticamente pobre, a outra, português, redonda, melódica e foneticamente bem mais rica. Para o povo brasileiro os hispanos são tão estrangeiros quanto franceses, americanos ou italianos. Para se saber espanhol tem que se aprender da mesma forma que se faz com o italiano, o inglês, francês, etc. O mesmo vale para o português no sentido inverso.
Se de um lado a mídia brasileira, colonizada como é, tende a ver o próprio país com os olhos do chamado primeiro mundo, de outro a ideologia esquerdopata tenta doutrinar os brasileiros com uma maquiavélica "conscientizaç ão" latina -- na verdade um aliciamento "latino". Querem que o brasileiro se torne menos brasileiro e mais "latino", dentro do delírio comunistóide de transformar o Brasil e os países hispânicos numa coisa só, uma espécie de URSS do Sul. Para isso eles querem, delirantemente, diluir (ou anular parcialmente) a identidade nacional do Brasil num pastiche latino-americano. Todos contra o demônio americano, claro.
Não é por acaso que foi no governo Lula -- que é obediente às diretrizes "latinas" maquinadas em Cuba e asseclas -- que foi tornado obrigatório o ensino do espanhol. Querem transformar o insalubre espanhol numa "segunda língua" no Brasil. Assim os brasileiros se adaptariam ao seus vizinhos hispânicos. Frisando, se "adaptariam". Como se um povo que beira 200 milhões tivesse que se "adaptar" a alguém, como se o brasileiro precisasse de outra língua aqui dentro do Brasil. O português é a língua mais falada na América do Sul (que é o nosso continente), pois a população brasileira é maior do que a soma de todos os outros. No entanto não são os vizinhos menores que tem que se "adaptar" ao maior e mais populoso. É o Brasil que "tem" de fazer isso pois o governo Lula é um governo capacho (vide o que a Bolívia, Argentina e Venezuela fazem com ele). Nunca se falou tanto no termo "América Latina" como nos últimos tempos, desde que o atual governo chegou ao poder. Coincidência? De jeito nenhum. Quem chegou no poder está doutrinando.
Eduardo Silva
Hahahaha Genial!
É realmente neguinho que ficar procurando erros de continuidade teria que ter uma conversinha com Julianne depois de tudo isso!
Aposto que ela faria mudar de ideia rápido! haha
Agora POR FAVOR Meirelles ponha isso tudos nos EXTRAS !
Acho fantastico poder ver tudo isso, ainda mais agora que acompanho o blog!
SORTE
Nossa, acho que eu gostaria muito de ver esse primeiro take da Julianne Moore, mesmo sabendo que não foi o escolhido para entrar no filme. Será que aparecerá em algum making of?
Fernando Meirelles, muito obrigada pela oportunidade que está nos dando de acompanhar o dia-a-dia da filamgens. Aposto que será mujito mais legal assistir ao filme tendo acompanhado, muito de longe, o processo. Duro vai ser aguentar a ansiedade, imagino como deve ser com a equipe!
MA-RA-VI-LHO-SO! OBRIGADO FERNANDO PELA GENEROSIDADE EM NOS PROPORCIONAR ACESSO AOS SEUS PENSAMENTOS. TORÇO E VIBRO POR VOCÊ E PEÇO A DEUS QUE VOCÊ NÃO SE DESANIME E NÃO DESISTA DESTE BLOG. UM BEM HAJA PARA TI E PARA TODOS DA TUA EQUIPA. GRANDE ABRAÇO. ALEXANDRE.
I'm sorry...I only know English well enough to write. This sounds amazing! Any chance of seeing the first take as a DVD extra? I know a lot of Julianne's fans would LOVE to see it. :)
cegos, surdos ou mudos, o tempo me sugere que ainda comeremos um ravioli com fusilli e estará maravilhoso. Vamos aguardar.
Fiquei arrepiada só de ler a cena.. imagina assistir!! Essa cena é umas das mais fortes do livro!! Tô contando os dias pro lançamento do filme! UHuuuu
só tenho uma coisa a dizer: teu relato acalmou meu coração.
Simplesmente fantástico Fernando sabermos as circustancias em que uma cena pode ter um erro de continuidade! hahaha...
Assim dá pra relevar perfeitamente!
abs
É realmente ótimo acompanhar todo o processo de produção do filme... Principalemnte do ponto de vista do Diretor!
Não pare com isso... te imploro!!!
ABraços!
haha! os idiotas da objetividade! ;D
Aahahahahah!!
Adorei o seu sarcasmo na hora que vc revelou, em primeira mão, um erro de continuidade..eheheheh, vc acaba de poupar o tempo daqueles que não tem o que fazer.. ótimo
Leonardo Vieira SSA-Ba
Fernando,
Esse é o clímax do livro. Fascinante ter sido uma cena escolhida logo no começo das filmagens(está no começo? pelo menos no do blog...).
Maravilhoso ler o diário de um filme sendo criado, suas reflexões, que ao registradas, realimentam suas Idéias sobre o filme e o projeto.
O encontro com o Saramago q descreveste mexeu muito com a minha imaginação. Deve ter sido um momento mágico. Adoraria ter comido um bacalhau ali com vocês.
Tem uma comuna no orkut com algumas opiniões interessantes sobre o personagem que a Juliane Moore vai interpretar: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=447023&tid=2465053830519299642&na=4&nst=1&nid=447023-2465053830519299642-2473532686515282459
Muito @xé!
Aqui é o Marcão que trabalhou com você na O2, faz tempo.
Uma vez a gente estava fazendo uns testes com atores para algum projeto para Globo. No casting eu estava na câmera, então você me disse:
_Pode ver que o quarto take é sempre o melhor.
Eles foram atuando e eu gravando todos takes. Paramos, olhamos o material e decidimos apagar tudo, volta tudo, Ctrl Alt Del geral.
Agora vai! take 1, 2, 3, 4, Perfeito!
Você sorrindo deu um tapa nas minhas costas e:
_Não te disse?
Valeu Fernando, manda abraço para o Dani.
Abração, até já.
Bom, eu li este livro há muitos anos atrás. Este livro marca... principalmente se você for uma pessoa muito sensível.
Cegueira, uma sensação que apenas tive igual quando vi o quadro de Picasso. Fiquei impressionado com a obra. Tanta dor, angústia, caos e ao mesmo tempo nos fazer lembrar que somos seres humanos e não monstros ou selvagens.
Acho que o mérito deste livro seria o fato de nos levar a uma viagem que não tem volta e que nunca gostaríamos de ir. No final, nos faz ter a sensação de estarmos sozinhos no mundo.
Acho que o autor conseguiu fazer bem sua obra, pois leva cada leitor a ter sensações únicas, completamente subjetivas.
Na minha opinião, a mensagem desta viagem interessante é que no fundo temos um medo inconsciente de descobrir realmente quem somos.
Olá Fernando. Quando soube que Julianne Moore interpretaria a mulher do médico, fiquei um pouco decepcionado... Não pela atriz, que eu considero genial. Mas porque talvez o papel pedisse alguém menos belo, uma mulher "mais de carne e osso". Eu acho, por exemplo, que a Alice Braga, que é a rapariga dos óculos escuros, quase some diante dela, quando deveria ser o contrário... Adoraria ter um bate-bola com você sobre isso, mas como sei que é algo difícil de acontecer (pelo menos agora, que o filme está sendo rodado), deixo aqui registrado meu comentário. Um abraço.
Caso a massa não cozinhe por igual é melhor misturar um pouco que voltar com ela ao fogo.
Anotado!
Ah! E se reclamarem de um pedaço de noz, pedir um tempo.
Tá certo...
Quero degustar também, um dia.
Bons agouros!
Ola Meireles, tudo bem?
Assim como muitos aqui eu fiquei muito feliz e preocupado em saber qu'uma das maiores obras da lingua portuguesa esta sendo traduzida para a linguagem cinematografica.
Eu estou no final do livro, por isso não quero ler os ultimos post do seu blog. Talvez o qu'eu vou dizer aqui ja foi dito em outros post, mas sabe como é ne?
Estou lendo em frances na impossibilidade de ter uma edição em portugues. E uma pena, mas fazer o que...
No começo eu achei qu'esse livro daria um puta filme, depois comecei a pensar que todo o filme se passa em um limbo d'imagens, numa ausencia. Inclusive o Saramago restitui isso de forma genial com a astucia da pontuação (ou da falta dela).
Então eu gostaria de saber como voce vai fazer para restituir na linguagem cinematrografica toda a ausencia d'imagens do livro?
Outra coisa, pode ser qu'eu tenha lido errado, mas a 'mulher do medico' mata apenas um homem, não dois, ne verdade?
Bacana esse post. A comparação com a feitura da massa é perfeita. o imortante é que, mesmo sendo fuzile com ravioli, a qualidade das massas é ótima. Julie e Mark (com a licença da intimidade de fã) são massa finíssima. E o chef não fica atrás.
eu acho que vai dar tudo certo Fernando!
Boa sorte!
Não li olivro,não entendo nada de cinema,mas acompanho a trajetória do Fernando Meirelles por quem tenho a maior admiração, como empreendedor, cineasta e cidadão.
Estou encantada com o blog. Saber como nasce a idéia da imagem de uma cena,o compartilhamento com os atores,a estratégia psicológica para forçar os atores a dar veracidade a trama, é fascinante.Estou louca para ver o filme.
O que mais me encanta no cinema é a veracidade e intensidade com que as cenas são apresentadas e em como tudo vai “se encaixando”,como cita o próprio Fernando, em especial no ensaio sobre a cegueira, que é o oposto ao convecional e foge do estereótipo romântico, há a possibilidade de sentir o drama e as diversas leituras dentro das cenas, que até agora só existem na imaginação.Estou muito ansiosa para ver o resultado final. Não tenho dúvidas de que será marcante, inesquecível, e surpreendente.
não entendi... pq cortar a cena, já que foi com tanta emoção.
acredito que pra ser real e ser como descrito pelo Saramago, deveria ser assim memso!
quando vcs publicarem um dvd essa cena deveria entrar concerteza fiquei curioso muito mesmo...=D
abraço!
Uhuuuuuu!!!!
A analogia da filmagem com a coccina foi fantástica!!!
É, presenciar um estupro e matar o criminoso é emoção pra uma panela cheia.
Fernando... que emoção linda a de apresentar seu filme ao Saramago. Li na Folha SP teu pequeno "diário" daquele grande dia e ele me encheu os olhos, talvez não mais que o livro que li a alguns anos atrás. Sou fã de Saramago. Professora de educação física, apaixonada pelo movimento, leio muito para entender o corpo que se movimenta. Tenho certeza que seu filme, assim como o livro ao meu ver, sobre a sensibilidade humana, nos fará (re)interpretar cada instante da nosssa vida em movimento. Desejo sucesso a ambos, criador e recriador.
Grande abraço, do tamanho da minha emoção,
Patrícia do Prado.
Voltei, agora com mais conteúdo sobre Blindeness, e digo que fiquei estupefada com a fotografia, com as cores, o andamento de câmera, elenco,direção, argumento, tudo tudo, me segurei em não ler o livro para poder após o filme juntar tudo e ter e minha própria definição sobre o assunto proposto por Saramago e por vc!
Mas achei o filme fantástico, alguma situações me pertubaram , pois até acredito que foi esta aproposta, deixar de ser fácil...sofri com a personagem de Julianne, vendo tudo seria melhor não ver nada...
Parabéns!
Agora vou pegar o livro e degustá-lo!
Até a próxima viagem!
bjs
Alice Lima e Silva
obs: como posso enviar o emu material pra vc?
Fernando, hoje que tive acesso ao seu blog. Fiquei feliz de encontrar um "diário de bordo" aos moldes do que você fez para o cinema em cena, quando rodava o "Jardineiro Fiel".
Eu sou cineasta amador, quer dizer, dou meus pulos, faço meus curtas e também penso como você. Acho que não existe filme sem erro de continuidade, que sequer pode ser chamado de erro. As vezes não dá para voltar atrás e refilmar tudo de novo. E também acredito que um erro desse tipo não compromete o filme. Um grande exemplo disso é o Titanic, com trocentos erros de continuidade. Enfim, assisti ao filme e o achei explêndido, tocante e chocante como deve ser. Mais um grande trabalho seu. Parabéns!
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