sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Post 6: Sobre cocô, civilização e barbárie



– Este corredor não se parece com os corredores descritos no livro, paniquei.

Excrescências tomam conta do romance, a ponto de termos que virar as páginas devagar para evitar o ventinho fétido que as palavras exalam mas, por alguma razão, a podridão na literatura não perturba tanto quanto imagens de imundice. Pensando nisso, e para evitar fazer um filme em que a audiência tivesse que tirar os olhos da tela o tempo todo, resolvi ser bem menos generoso em termos de sujeira do que foi o Saramago. O departamento de arte bem que preparou um verdadeiro catálogo de fezes feitas com chocolate e outras misturas, desenvolveram um know how incrível para recriar diarréia, cocô de pessoas que comem fibras, de quem só come proteína. Um primor. Apesar de impressionado com o resultado, decidi ser econômico no uso da tecnologia desenvolvida. Nêgo vai ter que olhar nos cantinhos do quadro para ver a sujeirada. Eu estava feliz com isso, até que naquela tarde me bateu a referida dúvida:

– Falta cocô? Será que me acovardei e estou fazendo um filme limpinho? Será que a situação que deveria ser insustentável vai perder o peso por causa da minha calhordice asséptica?

A primeira providência para aplacar a dúvida foi pedir para a arte emporcalhar 20 metros de corredor. Aproveitei o tedioso tempo esperando as maquiadoras mandarem os atores para o set, armamos um grande trilho e rodamos a nojeira num longo movimento de câmera. Gente urinando, uma mulher pisando em cheio num montinho, esse tipo de coisa. Não sei onde vou usar esta imagem, mas se na montagem eu sentir que falta sujeira, sapeco um pedaço deste traveling. Isso talvez não melhore o filme, mas vai satisfazer milhares de fãs do livro que esperam ver o pacote completo. Tem gosto para tudo. Com esta medida paliativa o pânico cedeu um pouco e outra das 560 questões que ocupam minha cabeça ocupou o topo da lista de preocupações.

“Ensaio Sobre a Cegueira” permite tantas leituras que a toda hora me pego conferindo se este ou aquele viés da história estão contemplados no que tenho filmado. Cada vez que me asseguro de um ponto, outras quatro dúvidas aparecem. – “Tudo, não teremos”, dizia meu avô. Mas bem que tento.

Esse é um texto que gera muitas perguntas, mas nenhuma resposta, levanta questões sobre a evolução do homem, nos faz refletir criticamente mas não aponta direções. Cada um terá que descobrir o caminho por si só. É uma história pós-moderna. Creio que por ser assim tão aberto, este livro permite que cada um o leia projetando suas próprias questões e todas as leituras parecem fazer sentido. Não é à toa que tanta gente diz ser este o seu livro favorito. Quem me dera fazer um filme com 5% desta qualidade.

A primeira imagem que me veio ao ler o “Ensaio Sobre a Cegueira” foi a da nossa civilização como uma complexa estrutura, como aquelas que se formam ao acaso no jogo de pega-varetas. De repente, uma vareta é retirada (a visão) e a estrutura toda desaba. Me interessei por esta história porque ela expõe a fragilidade desta civilização que consideramos tão sólida. Em nossa sociedade, os limites do que achamos que é civilizado são rompidos cotidianamente, mas parece que não nos damos conta, a barbárie está instalada e não vemos ou não queremos ver. Para mim, era sobre isso o livro. A metáfora da cegueira branca ilustra nossa falta de visão. “Eu não acho que ficamos cegos”, diz um personagem. “Acho que somos cegos. Cegos que podem ver, mas não vêem”. Por quanto sofrimento precisamos passar para que consigamos abrir os olhos e ver? Essa foi a primeira questão que me coloquei ao fechar a última página.

Os personagens desta história não têm nomes e nem precisam uma vez que são todos indistintos, incapazes de enxergar uns aos outros. Foi pensando no percurso de cada um deles que percebi que o desmoronamento do qual o livro fala não é necessariamente da sociedade ou da civilização, mas de cada indivíduo. Ao perder a visão, os personagens fazem o percurso da desumanização, passam a se mover pelo instinto de sobrevivência e suas vidas se resumem a comer, transar, defecar. É só o restabelecimento das relações amorosas, do afeto, do reconhecimento do outro que lhes dá a estrutura para reconstruir suas vidas e se humanizarem novamente. Acho que estamos dando uma ênfase maior a estas relações entre os personagens do que o livro dá. Opção arriscada, mas estou tomando cuidado para não virar melodrama.

Um psicanalista freudiano poderá dizer que esta história é uma ilustração da luta entre os instintos de vida e de destruição presentes no homem. Uma feminista diria que é o livro mais pró-mulher que já foi escrito. Os homens são inúteis. Em todos os momentos decisivos da história são as mulheres que resolvem a parada. Em uma entrevista em Porto Alegre, Saramago confirmou esta idéia : “...no caso do Ensaio Sobre a Cegueira ainda é essa a minha esperança: A de que a mulher seja capaz de tomar um novo lugar no mundo e inventar um modo novo de ser”
Há quem faça uma leitura mais política, lêem aqui uma história sobre a criação de uma sociedade onde a única saída possível depende do abandono das aspirações individuais em favor do bem coletivo. (Saramago é um comunista convicto) É também um livro sobre os fantasmas que nossa mente cria para nos atormentar e nos prender, como a religião, por exemplo. (Saramago é também ateu). Fora essas e muitas outras leituras possíveis, ainda tento manter os vários dilemas morais que estão na obra. Qual será o melhor líder, o Médico, que deixa os habitantes da Camarata 1 passando fome por tentar agir sempre eticamente, ou o Rei da Camarata 3, que simplesmente pega toda a comida e depois cobra por ela em nome dos seus? É lícito invadir uma camarata/país de terceiros pelo bem de seu povo? O que é preciso para que pareça aceitável um estupro? Que papo é esse de honra ou dignidade? Quando a coisa aperta todos nós revelamos nosso lado Calheiros?

São muitas questões para um livro só, como se vê, e para piorar, a cada dia descubro uma nova porta de entrada para esta história tão aberta. Evitar que esta infinidade de aberturas não se transformem em furos é minha principal questão neste momento. Furos podem fazer água e colocar a pique este projeto.

(pausa para atender ao telefone)

Acabei de saber que está chovendo lá fora, mas vamos sair para filmar na rua de qualquer jeito, em 6 minutos. Como vou fazer para grudar essa cena que vou rodar aqui em Montevideo com o sol que devemos pegar em São Paulo na semana que vem é o que eu deveria estar me perguntando. Perto desta questão, concreta e objetiva, todas as outras que listei acima não passam de churumelas.

Atravessaremos as pontes quando lá chegarmos, diz sempre a Andréa, sócia e amiga.

Vou na fé.

114 comentários:

Phillipe Oak disse...

Adoro esse mergulho...

Viciei nesse blog, é bom saber de questionamentos e fragilidades. Isso tornará, para mim, esse filme único!

Tô louca para ver o resultado. E sei que na hora certa você atravessará a ponte! Tem talento para isso...
Boas cenas!!!
Ana Paula Hook

Anônimo disse...

li o livro ha algum tempo, o que simplesmente mudou minha percepção sobre tudo.
ler os seus textos só aumenta minha angústia e ansiedade pela estréia do filme, entro no blog todos os dias a procura de mais pistas sobre a filmagem e sua escrita sensacional, o que aumenta ainda mais a minha expectativa.
sou fã de seu trabalho e agora ainda mais, já que você está fazendo uma re-leitura de uma das minha obras favoritas...
é sempre um prazer ler seus artigos

abraço...

ps: diminuir a quantidade de "cocô" ou dos atos promíscuos no filme nao faria juz à obra...na minha opinião, o grande ponto do livro é a podridão humana sentida a flor da pele, quando todas as leis socias são retiradas. Amenizar este fator seria prejudicar o entendimento da obra

Jorge

Letícia Friedrich disse...

Boa sorte Fernando! Vc tem talento de sobra e fará um belíssimo filme!
Seus questionamentos são válidos visto a grande e estupenda história que tens em mãos.
Dará tudo certo...vem Oscar por aí.

Letícia Friedrich

Mauricio disse...

A dificuldade de transferir uma obra extremamente aberta para uma linguagem cinematográfica é um desafio enorme! Fico cada vez mais admirado com a tua coragem e feliz por ver a capacidade da tua equipe de criar os mesmos espaços de potência criativa dentro da película.
Estou torcendo muito por vocês!
E não se preocupe com a chuva... o acaso há de acertar isso.

Unknown disse...

Fernando,

você tem de ser uma pessoa muito especial. Quanta sensibilidade. Como escreve bem. Como é possível para uma mente tão repleta de coisas a fazer, além de encadeá-las harmonicamente, como numa coreografia, encontrar tempo para extasiar leitores de um blog com imagens tão vívidas como se no set estivessem? Tenho acompanhado seu trabalho hercúleo à distância, sempre torcendo muito não somente para o seu sucesso, mas para que o público do filme se beneficie de uma história tão genialmente arquitetada pelo Saramago e, decerto, tão magistralmente filmada por você.
Aguardo ansiosamente o lançamento do filme.
Por favor, faça um livro com seus comentários reunidos, pois o que você escreve vale a pena - se um dia não mais for cineasta, com certeza será bem sucedido escrevendo.
Abraço

Ana Lanzoni

Jess Fernandes disse...

Não sei como não concordar mais com Moore e querer gritar "Fernando é magnífico. Magnífico. Um dos melhores diretores atualmente."

Já trabalho com edição de vídeo e quero fazer cinema, se um dia puder ter uma micronésima parte da tua visão, humildade e talento, estarei mais q satisfeita!

Vai q é sua, Meirelles! Viciei nesse blog desde o primeiro post e não passo um dia sem checar, VALEU!

ps: Das poucas coisas q podemos nos orgulhar deste país além da nossa cultura e nosso futebol, se soma um gênio do cinema!

Andrea Drewanz disse...

Não tenho nenhuma vivência em sets de filmagens(até gostaria), mas sou cinéfila de carteirinha.
E gostei de saber que diretores e cineastas também tem seus momentos de angústia e de dúvidas. Quando a gente vê a obra pronta, nem lembra que por ali passou uma mente inquieta e cheia de indagações.
Gostei do seu blog e mais ainda da sua iniciativa de possibiltar a nós (espectadores) esta nova experiência.
Voltarei sempre.
Abraços e boa sorte!
Andrea Drewanz

Daniell disse...

Deve ser realmente difícil para um diretor saber, na hora da filmagem, o que vai funcionar ou não para o público na hora da exibição. Muito cocô ou pouco cocô? Ainda bem que esse filme está sendo conduzido por alguém tão inteligente quanto o Fernado Meireles.
www.monolito.org

Unknown disse...

Fernando,

quase ia me esquecendo: a melhor frase do livro todo (creio que você também deve concordar) para mim é "dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos". Para mim, tudo se resume a ela e o restante é irreal e ilusório.
Abraço

Ana Lanzoni

Oscar Vareda disse...

Sensacional isso tudo!!!
Mal posso esperar pra ver o resultado. Imagino como deve ser difícil adaptar uma obra-prima da lituratura, mas confio no seu potencial e na sua sensibilidade.

Vai na fé!
Abraço!

Gleydson disse...

Me divirto muito com essas passagens!

Participei da filmagem de um "média-metragem" aqui e tivemos dias longuíssimos!!! Isso porque o elenco contava com apenas 1-2 cenários diários e no máximo 2 atores.

Fico imaginando como deve ser em um troço dessa magnitude!

Enfim, como instituíram os franceses, muita merda pra você, Fernando! Rerererererere...

Abraços!

marko damiani disse...

Chova ou faça sol é botar as câmeras pra rodar que as demais questões desaparecem. Sei que é difícil, mas esse filme vai extrapolar o livro. É claro que não vai dar pra enfiar todo aquele "conteúdo" do Saramago, mas o que é um filme, afinal?

Vai com fé e um forte abraço!!!

Unknown disse...

Fernando acredito realmente q a sujeira deve fazer parte do filme sim, dá pra perceber nesse livro q perdemos senso de muitas coisas simplesmente pq ficamos em panico quando algo do tipo acontece em nossas vidas, imagina isso acontecendo com todo mundo, deve ser uma situação horrivel e o Saramago soube abrir nossos olhos pra isso e tenho certeza q vc também o fará da melhor forma possível.

Jan disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jan disse...

Fernando,

O livro tem algumas passagens com alto teor nauseante que, concordando contigo, ao passar paro o cinema criaria um asco insuportável para muitas pessoas. O problema é que estas cenas não são exclusivas da ficção, muitos indivíduos convivem com o indigno cotidianamente, e este "asco insuportável" que estas pessoas sentem, a meu ver, vem muito de uma vontade de ignorar esta realidade, afinal, uma das maneiras mais comuns (e antigas) de se lidar com um problema é ignorando-o.
Acho, portanto, que há justificativas estéticas e conceituais de se mostrar o "bizarro" (neste caso o que olhamos, mas preferimos não enxergamaos) que só fariam, pelo menos para mim, aumentar a ênfase da mensagem.


Não consigo deixar de falar da expressão "Nosso lado Calheiros", gostei muito de sua ousadia em criticar a podridão do cenário político brasileiro, que , infelizmente, não é atual (sequer piorou, ao contrário do que muitos dizem/ pensam), já dura 507 anos, 5 meses e 6 dias... Contudo, creio que a crítica poderia ter sido algo mais enfático e propositivo e menos personalista. Acho este, a personificação, o grande erro do pensamento hegemônico sobre política, coloca-se as pessoas acima das ideologias (um exemplo disto é que temos um presidente muito bem aceito e um governo sempre mal-avaliado, como assim? Um coisa não tem nada a ver com a outra?). A questão, infelizmente, não se reduz a um sobrenome ou era...


No mais, parabéns pelo blog e estou esperando ansiosamente pelo filme! Adaptar uma obra que permita tantas interpretações já é um problema, mas uma obra a qual ,além disso, tenha vários admiradores deve ser um trabalho ainda mais angustiante, mas ao ler suas descrições (e claro, baseando-me em suas ótimas credenciais) fico cada dia mais convicto de que a magnífica estória de Saramago está em excelentes mãos e que um grande filme está por vir!

Um abraço


PS- Você poderia pôr imagens das filmagens aqui? Seria formidável!

Renato Gaiarsa disse...

vez ou outra penso de nossa visão não é uma distorção da realidade. é uma bobagem sem muito uso, mas é curioso pensar que as formas, como nós conhecemos, de repente são só resultado de uma angulação própria do globo ocular. ou as cores. de repente a realidade é totalmente diferente... a realidade em termos de imagem... enfim. mas os cegos comprovariam os tamanhos e formas das coisas. enfim, deixa pra lá.

ah, um amigo meu que é comissãrio de bordo esbarrou em Julianne Moore numa viagem esses dias. Ela já veio pra Sampa?

Sem contra-indicação e sem preconceito disse...

Ta sendo um prazer ler seus depoimentos, e mais, conhecer um pouco deste mundo tão complexo do cinema, pelo menos para mim é.

Apesar do tema ser dificil, seu olhar dá um tratamento delicado, trazendo à tona o desejo enorme de assisto-lo.

vera maria disse...

Parabéns,Fernando, pelo trabalho excelente, tanto com relação ao filme, que a gente percebe pelos posts, como pela escrita tão sensível e clara. Comprei o livro, comecei a lê-lo muito por causa do seu filme, porque os dois - filme e livro - devem ser muito bons.
um abraço, e bom trabalho,
clara lopez

SB disse...

Todo esforço humano é para se humanizar (da até trocadilho) e assim se distinguir dos demais de seu próprio reino animal. Constrói filosofias, ciências, religiões, métodos, deuses, vai ao espaço, tudo para buscar se distanciar cada vez mais de sua pré-condição animal e de suas obrigações com este e os demais reinos. Faz isto o tempo todo. As veses se lembra das obrigações com “elefantes ou peixes”..."belos" exemplares.
Nestes tempos de vida on-line e seconds lifes praticamente renascentista o cocô e demais excrementos pode ser a maior proximidade de existir. Podemos dizer: se defeco – logo existo.

Já neste ambiente fílmico de O Ensaio sobre a Cegueira eu já penso que onde há cocô que confirma a existência de seres humanos mesmo que cegos encerrados e a deriva esperando pela morte, deve haver muitas feridas, pústulas e moscas varejeiras. Estas, não perdem nenhuma possibilidade de ficarem sobrevoando e alimentando-se dos dejetos e futuros corpos em putrefação - este é seu mais perfeito habitat. Será que existem moscas Calheiros, habitando lugares aparentemente limpos? E abelhas também se alimentam de dejetos, coisas e lugares úmidos? E sempre dizemos hummmmmmm que delícia este melzinho.

Eu já estava com saudades de suas postagens.

Sonia Bacha - SB

anyone but me disse...

Seu blog é sensacional!

Eu entro todos os dias procurando o post semanal (é semanal, não é?).

Cada texto me deixa mais feliz pelo fato de ter sido você o escolhido para filmar "Ensaio Sobre a Cegueira". Eu gosto tanto da obra de Saramago que temia pelo que aconteceria com o livro, caso virasse filme. Agora mal posso esperar para assistir! Já tem previsão de estréia?

Patty Diphusa disse...

Interessante, mas essas dúvidas te tomaram agora, na segunda etapa do filme? ou já te acompanhavam desde o início? Para mim o livro tem muito do quanto o homem pode adaptar todos os seus vícios e virtudes a circunstâncias adversas. Ele perde a visão, a audição, o que for, mas não nega a ética, se tiver, talvez a adapte. Nem mesmo seus instintos menos iluminados (ops, não há mesmo luz)...A essência permanece de alguma forma, para o bem ou para o mal.
E não se preocupe, São Paulo já tem chuva também.Não ajudou? Então pensemos em algo melhor.

Mateus Cardoso disse...

toda vez que leio um post, tenho vontade de sair correndo e ir aí ajudar na produção, nem que fosse fabricando merda!

está sendo uma honra acompanhar o blog!

Mateus Cardoso disse...

toda vez que leio um post, tenho vontade de sair correndo e ir aí ajudar na produção, nem que fosse fabricando merda!

está sendo uma honra acompanhar o blog!

Girl From Sao Paulo disse...

Fernando,
uma das coisas mais incriveis que a literatura nos permite é essa viajem que cada pessoa faz ao mergulhar na história. Livros são obras inacabadas que vão se completando conforme são lidas. Ao contrário de um quadro, ou de uma escultura que oferecem uma proposta de visão, o livro é "visto" pela imaginação de cada um. Cada leitor percebe o mesmo texto de sua própria maneira, e eu acho que é por isso que trazer uma obra literária para a tela sempre abre muita discussão.
O filme que você nos mostrar em 2008 não poderá jamais refletir a visão de todos os que leram o livro.
Para mim particularmente o livro chamou atenção pela forma como as pessoas se desumanizaram e mais importante ainda, pelo processo que as levou a ser tornarem de novo humanas. Com lágrimas e solidão, e cegueira branca e escatologia e medo e falta de esperança. Tudo em doses que se somaram para ajudar a sentir uma medida do que os personagens sentem.
Como disse seu avô "tudo não teremos". E então (se me permite) acrescento que o que sabemos decerto é que teremos a visão de um leitor tambem, do Fernando que vai saber nos mostrar tudo nas doses mais certas que alguem saberia.
E se no fim você sentir falta de cocôs, coloque-os em pós-produção, como se fossem a pitada de sal que falta no seu prato pronto. Porque saidas de suas lentes, civilização e barbárie com certeza já estarão na dose certa.
Bom trabalho.
Abs.
AP Catarino
(nos conhecemos de sua produtora)

Mari disse...

Ensaio Sobre a Cegueira é um livro fantástico repleto de caminhos que se acham e que se perdem, muita sorte para você nessa empreitada. E quero te dar muitos parabens não apenas por seus filmes, mas por levar junto com voce no seu sucesso o Brasil, levar junto estudantes de cinema, digo isso por que já fui uma estudante aí da usp mesmo, e levar junto com você também outros diretores brasileiros que tiveram grandes chances muito pela sua presença, pela sua entrada bem-sucedida...nos faz acreditar que é possível viver de cinema no Brasil e no mundo!

Unknown disse...

Caramba, Fernando! Acho tão magnífico você deixar-nos usar seus óculos! Cada um tem sua própria cegueira, mas será que sua cegueira não é a mais interessante? Mais do que isso, você é a voz sinestésica de um povo, por favor, não se deixe calar! Abuse do seu poder e, além de tudo, utilize o filme como um meio de sujar as pessoas com esse mundo Calheiros! Deixe cru essa verdade cega e faça-nos sentirmos asco de nós mesmos. Entretenha-nos, suje-nos!

souto disse...

concordo com Ana Paula. a sinceridade com que chegam as palavras até aqui me encanta muito.
interessante saber que um projeto tão grande como um filme também é cheio de questionamentos e pausas (e mudanças de última hora). planos que fogem da rota instigam mais.
este filme promete.
abs!

Mariana Dias disse...

Apesar das 500 questões na cabeça, sobre a quantidade de cocô a ser colocada etc, o diário de blindness passa uma sensação de que dirigir um filme é 'simples', e uma das coisas mais prazerosas da vida! rs

Acredito que cinema e livros são umas das melhores coisas msmo. E vc compartilhar esta sensação com tdos é melhor ainda, mto boa essa iniciativa!

Ansiosa pela estréia do filme! E boa sorte na continuação das filmagens!!

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Li o livro quando saiu e fiquei estasiado. Espero ansioso pelo filme, desejando que ele me seduza tanto quanto o livro. E ler este blog está sendo instigante!

Unknown disse...

depois desse final, só consegui pensar em te falar em considerar a idéia de gravar em São Bernardo, ao lado de SP; cidade topo de serra não importa quanto tem sol, o tempo sempre fecha...

teste disse...

Fernando

Eu já era sua fã, porque sou amante do Filme Cidade de Deus e o Jardineiro Fiel, seus trabalhos são bem elaborados, não é à toa que Você chegou onde está e com certeza chegara mais longe,talento Você tem pra isso...

Agora trazer Mark Ruffalo para o Brasil nossa isso, eu nem tenho palavras, você não poderia escolher atores melhores para o Filme, sou fanzerríma dele, amo seus filmes, seus trabalhos, acompanho tudo.
Criei o primeiro site dele no Brasil...

http://markruffalobrasil.sites.uol.com.br/index.html

Gostaria de fazer um fã clube, quem sabe?
Moro no Guarujá (litoral-SP)amanhã vou a sampa, sem rumo, rsrs
Para ver se consigo ver as filmagens e quem sabe conhecer o meu ídolo e mostrar pra ele, o quanto ele é querido aqui no Brasil...
Eu desejo tudo de bom pra Você e toda a equipe do filme, que Deus e os anjos estejam sempre com Vocês ilumindo cada tomada.
E se Deus quiser na estreia eu estarei na primeira fila do cinema.
Prestigiando esse trabalho que com certeza será maravilhoso, como os outros que teve o seu toque especial...

Parabens...

grishop disse...

Fernando,
não exagera muito no cocô, porque vc não vai conseguir o efeito de "inferno" tão quanto conseguiria se conseguisse colocar o cheiro de "merda + urina + vômito + falta de banho + carniça + calor + dias" que o próprio Saramago define sim, como a "visão do inferno".
Ver tudo aquilo como a mulher do médico vê é péssimo, pior é não ter como se livrar do cheiro. Logo, manera nas imagens. Ou faz tipo o Walt Disney quis fazer com Fantasia, jogar cheiro na galera na estréia!!! visionário! grande abraço! Herbert / Sp Capital

PS: me fala onde posso assistir uma filmagem em sampa? moro do lado da Espraiada e fiquei puto porque perdi domingo passado, achei que era acidente de trânsito!!!!! Ah, o cinema!

ROBNEY BRUNO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ROBNEY BRUNO disse...

EU NUNCA LI PAULO COELHO
Lendo os coment posts do blog de fernando meirelles - http://blogdeblindness.blogspot.com/ - sobre o seu próximo filme (Blindness) , e ainda tendo muito vivas as lembranças das imagens de Cidade de Deus e Jardineiro Fiel, a primeira coisa que me vêm a mente,é que eu nunca li, e nunca vou ler Paulo Coelho. Quem, em sua perfeita sanidade mental, por mais fã que possa ser, ou de literatura ou de cinema, pode se colocar num nível tão inferior e deprimente (como vejo os comentários nestes posts), que ultrapassa a sua condição de fã, para endeusar um simples ser humano que não está fazendo nada além daquilo que deus lhe deu (pode ler com "d" minúsculo mesmo). Pausa para uma pergunta: fernando meirelles é ateu? - Ou seja, o cara só tá utilizando o seu talento, para produzir algo que melhore um pouco a humanidade. Sabendo disso, as vezes fico pensando o que seria de nós, se na hora H, Thomas Edson, tivesse desistido de inventar a eletricidade, ou se Bill Gates, não tivesse a dor de barriga que lhe fez cagar o windows. O que vale disso tudo, é que o fernando não se deixa influenciar por estes "elogios interesseiros", e toca os seus projetos com a humildade de sempre, sem se deixar levar por este auê. Vamos deixar o homem trabalhar gente, que certamente nos surpreenderemos com o fruto de mais este trabalho deste talentoso cineasta brasileiro. Quanto ao Paulo Coelho? Que se fodam estes PCs da vida.
Robney Bruno
www.traktanafilmes.com

Guilherme disse...

Primeiro : a cegueira e a desordem que ela provoca - o "cego" condutor a frente do sinal de trânsito"... esse início é sensacional!
Estou ansioso para ver o seu resultado, Meireles, estamos todos torcendo muito por você.
As cenas escatológicas impressionarão a muitos, sem dúvidas, mas as palavras permitem que a imaginação não tenha limites... quando li as cenas de desordem, eu vi tudo cinza... odores pútridos e muito, muito cocô... até porque todo mundo tem que fazer, né? se ninguém limpa... acumula-se... se quando tem greve dos funcionários da limpeza urbana já é um caos... imagina-se como seria o caos em verdade, instalado!!! mas como seu sábio avô disse, "tudo, ninguém pode ter!"
Abraços e ótima sorte!

Alysson Amorim disse...

Imagino a dificuldade que deve ser transportar uma obra tão aberta quanto "Ensaio sobre a cegueira" para o cinema. Espero que sua genialidade consiga manter esta abertura, que foi o grande êxito da obra do Saramago. Quanto as merdas, sou da opinião de que devem sobejar.

Boas filmagens.

Prof. Marcio Marchioro disse...

Legal suas teorias sobre o livro espero muito que essa lado do feminino como capaz de criar o novo modo de ser seja explorado bastate no filme.
Abraço.
Marcio.

Unknown disse...

Sigo en Montevideo devolviendo el dressing de lo que fue el Cake Shop, el Butcher y re descubriendo la barbarie...
saludos para todos

JM disse...

Li de cabo a rabo o teu blogue, e, a partir de agora, lerei sempre. Visitei essa obra do Saramago já duas vezes, a última há cerca de dois meses, e, como você bem escreveu, cada releitura abre um mundo novo. Um tapa na cara novo. A civilização realmente é frágil, e escrava daquilo que criou. Não obedece, não respeita o que já existia antes de a humanidade chegar. Eu mesmo já experimentei não andar vendado, mas passar 24 horas sem óculos (tenho 8 graus de miopia, só consigo distinguir o que está a menos de 2 metros de distância). É como você escreveu sobre o velho da venda: você se volta para seu próprio mundo, tem uma percepção diferente. No meu caso, eu não conseguia olhar pra tabela de preços na parede do McDonald's, tive que pedir o que sabia que tinha, o meu usual, e comer olhando só pro lanche, sem ver a fisionomia das pessoas à minha volta. E é pouco, perto do livro.
Tô acompanhando cada notícia a respeito do filme, desde que saíram as primeiras notas, e mal posso esperar pela estréia. Um grande abraço, e que você consiga ter êxito na tradução para o cinema. A curiosidade para ver materializada essa obra é imensa.

Unknown disse...

Fernando...


Não poupe os olhares daquilo que a mente está cheia.
Se fecharem os olhos, restará o cheiro.
Não pise em ovos; pise em cocô!

Lica Longo

Ana Tx disse...

Fernando, hoje assisti à gravação de uma das cenas do Blindness em São Paulo.... e foi simplesmente maravilhoso. A cada dia me apaixono mais pelo cinema! Mesmo com tanta correria, possíveis estresses, tantos fans tirando fotos e atrapalhando as filmagens, tantos imprevistos... o cinema é realmente fascinante. Seu trabalho é excelente, tanto como diretor quanto como escritor no blog. Estou adorando tudo isso! Mal posso esperar para ver como o filme vai ficar!!! =) Te admiro muito e te desejo muito sucesso.

Ana Claudia Teixeira

SB disse...

Já melhorei da saudade e continuei pensando em seu post, Higienópolis. Eu a caminhar e pensar no ENSAIO - o filme como objeto pós-moderno.
Muitas coisas foram me vindo inclusive o mesmo poderia estar atrasadíssimo. Você já disse várias vezes “Voltou para as minhas mãos”... Nossa!!Chega a me dar medo.
O discurso da pós-modernidade que aqui chega com força em 97 e 98, grupos separados por raças, gêneros...e assim e assim, tititi, tótótó. Este pós sem nada de moderno eu sempre vi com desconfiança, nunca acreditei mesmo na evolução histórica ou artística – acho que esta tudo aí como sempre. Ai, ai, ai - logo em seguida como um rito de passagem nós caímos no obscurantismo total, seria a chegada do envelhecimento? Com o cavalo porta estandarte Bush (quase Bosch - pátria famili radicais) na frente desta etapa, aliás, sempre estão por perto. Passamos dos 6+ 200 ao contrário hehehe (ai a Távola redonda, a cabala Judaica) e os milenaristas já se saciaram? Silvio Santos continua aí até na MTV.

De repente vejo o ENSAIO – o filme, como mais uma afirmação da mulher que tudo vê ser muito branca, branquíssima. O sentido encarnado da própria luz – seria Hollywood dando apenas hoje o sinal verde para “aberturas” filosóficas de um autor comunista e ateu? Seria um futuro governo democrata a vista e já um puxa saquismo a priori? A vida como um filme e Hollywood mais do que ninguém entende da tal “função estratégica do cinema” que Fresnot tanto promulga.
Fernando eu estou desconfiada desta feminista. Me deu paniquite. Tomara que não seja nada disso. Eu vou na fécula.

Sonia Bacha - SB

K. disse...

O ótimo é inimigo do bom e lembre-se sempre de que apenas os paranóicos sobrevivem...Bjs.

Viviane Costa Pinto do Ó disse...

POR FAVOR! coloque bastante cocô nesse filme.

isso foi uma das coisas mais marcantes pra mim, nesse livro.
foi quando os cegos deixaram de ser 'gente' (da maneira que conhecemos) e passaram a viver realmente como animais...

ainda me lembro das noites de sono perdidas da época em que li 'ensaio...' pela primeira vez. esse livro realmente me chocou, me marcou demais e é o meu livro preferido (se é que a gente pode listar os livros que gosta).

ah, e outra coisa: sabe aquela parte quando o médico e sua mulher estão voltando para casa, mas descobrem que ela foi invadida por um escritor e sua família (acho que é essa cena, mas não tenho o livro aqui pra confirmar)?

eu já li uma entrevista do saramago em que ele dizia que esse escritor é ele, tipo uma participação especial dele no livro. então pq vc não o convida pra fazer uma ponta no filme, nessa cena? hehehe

ia ser bem interessante.

Unknown disse...

Cara, excelente idéia do Blog, acompanho mais blogs esportivos (sou fanático). Vai ser excelente ver o diretor de um dos meus filmes prediletos dirigir um filme do meu autor preferido (tenho o Intermitências da Morte autografado, coisa de tiete).
Meu livro preferido do Saramago é Levantado do Chão, mas como considero este "infilmável" a melhor opção é sem dúvida O Ensaio sobre a Cegueira".

E por favor, continue postando, ajuda a diminuir a ansiedade de saber q o filme sai só lá pro meio do ano q vem.

Belisa disse...

Seus últimos questionamentos apaziguaram minha ansiedade e preocupação sobre a sua coragem ou desvario em encarar a filmagem deste livro; acabei de lê-lo recentemente e fiquei mais que impressionada, fiquei perturbada mesmo ,pois foi tão forte,que li de imersão, em três dias inteiros, de um só gole, engasgando às vezes.
E me pus a imaginar como é que você estaria compondo a filmagem de todos aqueles fatos , como estaria sendo sua seleção em cima de tanta crueza do real, que Saramago, numa narrativa despausada e febril, propositalmente e sem piedade vomita na cara de todos nós. Meu Deus, como tocar nisso? Como dosar uma escatologia que chega a feder na imaginação, que dirá na possibilidade de contemplação direta?...Olha, sei que você é a pessoa certa, haja vista seus filmes, sobretudo O Jardineiro,que a mim mais agradou,mas agora , com a "Cegueira" você está, a meu ver,em pleno exercício da corda bamba,à moda Nietzsheniana. Bom saber das suas incertezas, ponderações com as quais concordo, e bom acompanhar os passos da sua criação, através de seu texto contagiante , porque humano e direto. Vou estar aqui todo dia; viva este negócio de Blog , sucesso e parabéns, Fernando!
Abraço,
Belisa

Manuella disse...

Bom estar na cabeça do diretor...
É um filme q assistimos a cada postagem
Obrigada por dividir o seu processo criativo com a gente.

Unknown disse...

Uma coisa é fato: eu imaginava um cenário apocalíptico, literalmente afundado na merda...

Gosto da sua abrodagem "relações humanas". Por mais que elas não pareçam o foco principal do livro, no fim, elas são obrigatoriamente o objeto principal de reflexão.
Porque a saída para aquilo está no olhar para o outro, totalmente perdido hoje em dia.

(E eu sou das mulheres que dizem que esse livro é o mais pró-feminista. Qual figura olha mais para o seu róximo do que a mulher? Não tem. Não adianta. Nem o cineasta e o antropólogo ganham. Rs)

Você nos dá orgulho, Fernando :)

Unknown disse...

Assim como todos os outros expectadores, leitores e fãs deste blog, gostaria de parabenizá-lo pela coragem da "reprodução" deste livro maravilhoso. Saramago foi tão perfeccionista ao descrever os detalhes que nos tolheu o dom da imaginação. Não dá pra imaginar. Está tudo alí descrito perfeitamente, letra por letra, palavra por palavra, cheiros fétidos, reações truculentas, terror. Por isso, achei que seria uma tarefa fácil transportar este mundo à cinematografia mas depois percebi tamanho erro que cometi. Como traduzir perfeitamente o sentimento daquelas pessoas? E a sujeira das ruas? Impossível... mas creio que você, Fernando, é capaz de nos presentear com um filme que sem dúvida será dos mais agoniantes e pensantes.

Claudia Fontenele disse...

Passeando pela Folha, vi a chamada para seu blog e resolvi abrir para ler. Fiquei surpresa... Quando soube que era você quem iria filmar esse livro tão marcante do Saramago, confesso que fiquei decepcionada: será que você iria dar conta? Desculpe, estou sendo bem sincera. É um livro... como dizer... denso demais. Perfeito para um filme, desde que com um diretor perfeito e não bem isso que pensava (penso?!) de você. Mas ao ler suas considerações sobre o "Post 6..." acho que há um 'pode ser' a caminho. Não é sempre que vou poder acompanhar, mas vira e mexe vou dar um pulinho aqui. Fiquei querendo conhecê-lo mais. Por ora: boa sorte. A intuição é o melhor radar, alguém me disse uma vez. Boas filmagens! Até. Claudia Fontenele.

Maisumcaféplease disse...

Eu quero muito, muito, muito ver esse filme!!!
Sucesso pra toda a equipe!!

10e20 Filmes disse...

Fernando, é emocionante poder compartilhar o processo de criação da versão cinematográfica do Ensaio sobre a cegueira. Obrigado pela sinceridade nos seus textos. Ótimas filmagens para todos. Um forte abraço, Tomaz Cavalieri.

Unknown disse...

Estive acompanhando as filmagens em São Paulo, hoje, dia 30 e provei, mais uma vez, da cachaça do cinema.
Não tinha esta sensação desde que fiz minha primeira peça de teatro, em 1977 onde fiquei até 1986.
Não sei se é porque somos arquitetos, românticos e visionários, e, ao mesmo tempo, precisamos saber por o "prédio em pé" é que somos este bicho estranho.
Enfim, torcemos muito por você e pelo sucesso de Blindness. O elenco escolhido é fantástico.
Valeu!
P.S. - A foto que minha esposa tirou com vc e meu filho, aquele que quer ser cineasta, ficou o máximo...
Um forte abraço!

Eduardo Manzano

Unknown disse...

Meirelles,


Adoro sua capacidade de enxergar as coisas de um jeito tão especial, fazendo com que a gente mergulhe nos seus filmes de cabeça. Senti isso em Cidade de Deus e em O Jardineiro Fiel - o poder da sua mão, do seu talento, orquestrando tudo de forma cativante, como se estivéssemos dentro da película, observando tudo de camarote. Tenho certeza que você foi a melhor escolha para adaptar uma obra tão poderosa quanto esta. Parabéns pelo blog, pelo filme e muito obrigado por nos dar um motivo para nos orgulharmos de sermos brasileiros como você.

Anônimo disse...

Estou me sentindo cúmplice desta loucura toda - cúmplice do cocô, da cegueira e certamente de um grande sucesso! Ainda não estou acredintando na verdade que esta grande obra do Saramango está virando filme, e nas suas mãos - Boa sorte Fernando, continue nos mantendo informados e aumentando nossa ansiedade para ver este filme - que bom poder ver!! Grande abraço

André Coelho disse...

sou uam outra pessoa que viciou nesse blog e que viaja em seus questionamentos, nos problemas de produção e na maneira com que você dirige tudo.
é... eu pensei muito em como apareceria o banheiro, os corredores e as ruas da cidade; todos lugares imundos.
muito bom issaqui!
boa sorte!
abraços!

SahKelly disse...

Fernando

Li o livro no ano passado, por causa de um trabalho para a faculdade, e simplesmente me apaixonei pela obra. É um livro chocante, a primeira vontade que tive foi de jogá-lo na privada e dar a descarga, tamanha a impressão que me causou... Acredito que seja muito difícil tentar passar a história para a tela, uma vez que a podridão que emana das páginas de Saramago cria uma cena diferente em cada imaginário.
Acredito muito em sua capacidade, já assisti seus filmes, e aguardo com muita expectativa ver no cinema as cenas nojentas que me deram enjôos, mas que me fizeram entender um pouco de toda a complexidade humana.
Boa sorte nas filmagens.

Sarah Piasentin (estudante de jornalismo)

PS: você aceitaria dar uma entrevista para o nosso blogue??? por favor entre em contato comigo sarah_piasentin@hotmail.com

Unknown disse...

Olá Fernando Meirelles.... estou entusiasmadíssimo com este filme! É evidente de que adaptações com sua visão tem dado mais do que bons resultados: com certeza não sou o único que passou a degustar o cinema nacional só após se surpreender com Cidade de Deus. Além disso, cresci assistindo seu programa infantil Rá-tim-bum na TV Cultura. É por isso que eu te peço que, pelo amor de Deus, me deixe acompanhar ao menos UM único dia de gravação deste seu novo filme aqui em São Paulo! GARANTO que não sou daqueles fãs chatos que ficam pedindo pra tirar fotos e dar autógrafos. Se você ler essa minha mensagem, por favor pense com carinho a respeito. Meu e-mail pessoal é philipeandres@gmail.com Valeu, Fernando!!! Um abraço de seu grande fã.

Unknown disse...

Olá!
Gostaria de dizer que hoje fiz figuração no seu filme e foi um imenso prazer mergulhar nesse universo "concretamente", já que ao ler o livro já me vi completamente envolvida. E como figurante, ali as vezes sem atuar me emocionei só de ver alguns detalhes tão bem cuidados, impactantes e ao mesmo tempo poéticos. Fico muito feliz de estar começando minha carreira de atriz em um filme como este, foi um dia que jamais poderei esquecer, observando o trabalho de grandes profissionais.
Marcela Velasques.

cahiers d'ailleurs disse...

e fez o tempo que você precisava, né?
muito obrigada por essa experiência única. muito obrigada a toda sua equipe pelo carinho. assim como a marcela, começo minha trajetória da melhor forma possível. muita luz pra você!

Mola disse...

Esse blog é um presente a todos os amantes do cinema. Parabéns pela iniciativa de compartilhar conosco suas dúvidas e pensamentos.

Também fico feliz em saber que não terá muita dificuldade em "casar" o tempo já que nossa bela São Paulo colaborou.

Anônimo disse...

ola, fernando!
já tinha comentado neste post (o segundo comentario) semana passada. Sou aluno da FAAP e pra minha surpresa descobri que estavam gravando o filme na minha faculdade, no sabado. nao pudemos ver muita coisa, mas descobrimos que Julianne e MArk Ruffalo estavam la...fiquei muito feliz de saber que ainda terei a oportunidade de presenciar a filmagem de alguns takes...
é impressionante como este filme esta me envolvendo, a descoberta do blog e agora voces filmando na minha faculdade...

nao da pra descrever a ansiedade, pena que ainda vai demorar um pouco pra estreia

abraco

Unknown disse...

Fernando

Eu sei que você vai nos surpreender com este filme! O melhor livro que eu já li!

Sorte!

Cássia Clesca

Unknown disse...

Tim Maia dizia:

Mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo!

O Meireles tá acrescentando ao imaginário artistico folclórico nacional:
- Mais com Fibras! Mais diarreia! Mais mole! Mais duro! Mais Coco!!! Mais Coco!!!

ROBNEY BRUNO disse...

EU NUNCA LI PAULO COELHO
Lendo os coment posts do blog de fernando meirelles - http://blogdeblindness.blogspot.com/ - sobre o seu próximo filme (Blindness) , e ainda tendo muito vivas as lembranças das imagens de Cidade de Deus e Jardineiro Fiel, a primeira coisa que me vêm a mente,é que eu nunca li, e nunca vou ler Paulo Coelho. Quem, em sua perfeita sanidade mental, por mais fã que possa ser, ou de literatura ou de cinema, pode se colocar num nível tão inferior e deprimente (como vejo os comentários neste post), que ultrapassa a sua condição de fã, para endeusar um simples ser humano que não está fazendo nada além daquilo que deus lhe deu (pode ler com "d" minúsculo mesmo). Pausa para uma pergunta: fernando meirelles é ateu? - Ou seja, o cara só tá utilizando o seu talento, para produzir algo que melhore um pouco a humanidade. Sabendo disso, as vezes fico pensando o que seria de nós, se na hora H, Thomas Edson, tivesse desistido de inventar a eletricidade, ou se Bill Gates, não tivesse a dor de barriga que lhe fez cagar o windows. O que vale disso tudo, é que o fernando não se deixa influenciar por estes "elogios interesseiros", que aliás tenho certeza ele jamais vai os ler, e toca os seus projetos com a humildade de sempre, sem se deixar levar por este auê. Vamos deixar o homem trabalhar gente, que certamente nos surpreenderemos com o fruto de mais este trabalho deste talentoso cineasta brasileiro. Quanto ao Paulo Coelho? Que se fodam estes PCs da vida.
Robney Bruno
www.traktanafilmes.com

Unknown disse...

MEIRELLES, ESCREVE UM LIVRO?

GRANDE ABRAÇO E MUITA "MERDA" DEPOIS DESTE POST PRA VOCÊ E SUA EQUIPE.

Persistência Retiniana disse...

Puxa Fernando, so espero que voce continue arrumando um tempinho de escrever aqui no blog ate o fim da producao viu?Porque isso aqui ta valendo mais do que uma faculdade inteira de cinema!Em nome de estudantes e estreantes,muito obrigado e boa sorte...

Bruno Ortega disse...

vai mesmo meu filho!

Bruno Ortega disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
edson nogueira disse...

Olá Fernando:
Primeiramente agradeço por sua equipe ter me mandado a análise de meu roteiro.
Pode ser que você lê os comentários como também pode ser que sua própria equipe os leia.
Acabei de assistir ao roda viva com o Mano Brown e me animei a te escrever mais este.
Eu acho que sua equipe não entendeu o que escrevi. Não acho que a história perde força até seu desfecho. A personagem Pedro ficou no NÃO pois tive medo do SIM soar clichê, mas o que decepcionou-me foi a não percepção dos "depoimentos" de pessoas comuns o que torna a história infinita. Poderia ser até Mano Brown fazendo um breve "depoimento" sobre o que pensa de um determinado assunto. Achei o "Não por acaso" muito mais superficial pois não acreditei na história dos personagens. Este é o último. O sucesso do "Ensaio sobre a Cegueira" é inevitável. De qualquer modo, obrigado por sua atenção.
Edson Nogueira

Críssia Paiva disse...

Parabéns por tornar ainda mais mágico esse trabalho de vcs, q se retrata de forma tão humana e real neste blog, o q ainda mais nos aproxima...

Sobre o livro, é com certeza uns dos melhores q já li na minha vida... vê a fragilidade humana e vê ainda mais como somos capazes de usar da força para obtermos "poder", mesmo todos em uma mesma condição... degustei esse livro por um longo período... é incrível como nos sentimos ali, no meio de tamanha realidade, no meio de nossos excrementos, no meio do caos, da loucura humana e do instinto de sobrevivência e de impotência qto ao jugo do domínio.

Admiro muito seu trabalho, e como mesmo foi dito em Jardineiro Fiel pela própria produção, o filme não teria sido o mesmo, tão humano, tão profundo se vc não estivesse ali pra trazer essa ótica tão sensível, assim como em Cidade de Deus.... parabéns! Mas por favor, não se renda à pressão q o envolve por ser tão bom... heheheh... seja apenas o q vc é e já será suficiente!!! hehehe....

Bom trabalho pra vc e toda sua excelente equipe! E continuamos aqui, acompanhando on line, enqto ansiosamente esperamos a estréia nas telonas!

Paz e bem!

teste disse...

Oi Fernando

Estou aqui novamente, hoje para parabenizar Vc, sou do Guarujá e ontem fui a Sampa ver as filmagens, fiquei das 8:00 até as 17:00, mas valeu a pena, registrei tudo, tirei varias fotos, com Mark, Vc Julianne, e fotos de algumas cenas do filme... Vou coloca-las no site do Mark http://markruffalobrasil.sites.uol.com.br
Estou preparando uma pagina em especial
Fernando, eu nunca estive em um cenario de filmagem, e confesso que amei, pelo pouco que deu pra ver esse vai ser um filme que vai bombar e com certeza e um caminho para o Oscar...
Nem sei se vou aguentar a ansiedade de esperar até 2008 para ir ao cinema e ver essa bela obra de arte...
Parabens a todos da equipe, e se Domingo tiver mais filmagem e eu descobrir o local, com certeza estarei lá para registar tudo q for possivel...
Que Deus abençoe Vc e a todos da equipe...
Bjkas

.:.: Ellen Azevedo :.:. disse...

Olá Fernando!!
A cada post que leio fico mais impressionada com você. Sabe quando vc disse sobre "pessoas com carisma"? Então aquilo que vc disse sobre a Sandra e Mpho Koaho é exatamente que eu passei a sentir sobre você. Não sabia muito a seu respeito, apenas que era um brasileiro de mto talento mostrando pro mundo que tb sabemos dirigir filmes! Depois que fiquei sabendo que vocês estavam em SP gravando resolvi ler mais sobre você e encontrei esse blog, que me apaixonei! Saber que vc tb é humano e que tem medos, dúvidas e alegrias como qualquer mero mortal é muito interessante em vista da sua grande importância!! Parabéns pelos trabalhos e tenho certeza que não só o Saramago como todo o mundo gostará mto do resultado final! O making of já está sendo uma aventura e tanto! Não nos deixe de fora dessa! :)
*Vc ganhou uma nova fã!

Ronaldo D'Arcadia disse...

Meirelles , parabens pela iniciativa de compartilhar está experiência através de seu Blog , e tornar o Filme para nós , o capitulo final dessa sua odisséia.
Tenho certeza que o resultado será acima do que qualquer um possa imaginar .Boa sorte!

mihail disse...

Fernando,

Comprei o livro hoje, para ler antes do filme, que espero ser tão bom quanto os seus anteriores. E foi uma ótima idéia filmar em São Paulo.

Muito bom esse blog hein

Bom trabalho

Joannis Mihail Moudatsos

Serenade disse...

Li o livro, gosto muito do Saramago, mas o que gosto mesmo é da sua entrega e transparência, ao mostrar todo o intenso processo da filmagem.
Agradecida!!!
Beijares e abraçares

Batman Lusitano disse...

Fernando, concordo com seu avô... Tudo é difícil mesmo... Mas umas fotinhos roubadas no telemóvel não dá para postar?
Um abraço e mais uma vez obrigado pela gentileza da sua partilha.

baratas disse...

“Acho que somos cegos. Cegos que podem ver, mas não vêem”. Tem um ditado árabe que diz: "O pior burro é aquele que sabe que não sabe e, não procura saber." Fernando, com a sua inteligência e dinamismo saberás desenvolver uma película de novo sucesso e, descobrir respostas às perguntas subliminares de Saramago. Parabéns!
Salam Aleikum.
www.baratas.tk

Tanaka disse...

“Acho que somos cegos. Cegos que podem ver, mas não vêem”

penso muito nisso hoje em dia...poder e querer são verbos distintos mas tão conectados, a sensação de poder ver que é subitamente extinta com a cegueira branca abre os "olhos" para fatos e coisas que durante muito tempo não queríamos enxergar. Muito sucesso na construção do filme!

Lojinha da Sarah disse...

Oi Meirelles,
To amando acompanhar o seu trabalho.
Acho ensaio sobre a cegueira um livro incrivel, que mesmo depois de anos vc continua com ele na mente, a cena da sacada é lindissíma e tenho certeza que vc conseguirá produzi-la muito bem.
Acho que o Saramago puxa a sardinha para as mulheres, sim. Elas são vistas com pureza e os seus pecados são frutos da sociedade machista e violenta que as cercam. É uma visão radical e poética, mas foi dessa forma que senti a leitura. A menina que se prostitui não é vista como pecadora e sim como vítima. A mulher do taxista também é uma vítima que entrega o seu corpo pela sobrevivência dos outros. E a esposa do médico é fantástica, iluminada, é dificil retratar uma mulher assim, pois ela perdoa o marido pela traição e acolhe a suposta "rival" só Saramago pra criar uma personagem assim. Bom, acho que escrevi demais, irei continuar acompanhando o seu trabalho e torcendo para uma breve estréia. Bjs,

Rafagoom disse...

Amo o livro e estou amando ler sobre o processo de criação desse filme, que para mim (e acho que para todos os leitores do blog) será único e maravilhoso, levantando questões e reflexões, assim como o seu blog está fazendo.
Fiquei feliz ao acordar hoje e assitir pelo jornal da Globo, aquele que passa de manhã. Vi uma Senhorinha revoltada, achando que toda aquela sujeira em frente ao Teatro, no RJ, era um retrato do Brasil. Dei muita risada! O filme mal saiu e já está levantando discussões! huahauahuahuhau!!!

obbb da minha vidA disse...

Ai, ai.. Não tem como passar por aqui e não rasgar ceda pra ti... você é hiper humilde... sensacional este blog, muito bom poder acompanhar este trabalho da muita vontade de participar logo de ver, eu gostaria de estar em SP para acompanhar as gravações... sem contar que veria o Mark Rufallo m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o

obbb da minha vidA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Que massa!

Unknown disse...

Fernando, por favor, põe mais fotos no blog.
De preferência do set, rsrsrs...

Leandro F. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leandro F. disse...

Descobri o blog hoje, e me diverti muito lendo suas postagens, todas. Viciante. Poderia citar três, quatro, enfim, inúmeros trechos das suas palavras que me deixaram admirado, graças a seu poder de criar analogias e, principalmente, suas descrições detalhadas dos momentos que está passando - que nos coloca em sua pele por alguns segundos.
Também instigou minha vontade de ler o livro, e ver sua obra pronta.

Parabéns. Sucesso nas filmagens, e no desembaraço dos dilemas conceituais para criar o filme.

Vinicius Maciel disse...

Muito bom o blog, já me sinto familiar com os atores na pele dos personagens, e familiar com o próprio filme em si, por esta página. É bom saber as impressões do diretor durante o trabalho, que dúvidas ou certezas permeiam aquela ou esta cena, este ou outro conceito do livro. Aproxima o público, cria um vínculo. E aumenta ainda mais a ansiedade pelo filme. Estou com uma impressão muito, muito boa até agora. Adorei todo o pouco que vi e li sobre o filme.

Bom trabalho, e muito sucesso!

paula dip disse...

Aí Fernando!!!
Belo trabalho. Estou adorando ver SP transformada num cenário de filme, é como se a gente estivesse em NYC. Torço prá vc, meu querido, sempre, desde os tempos do Olhar Eletronico, depois do TV Mix na Gazeta, e agora, essa coisa internacionalmente brilhante que vc virou, com toda razão. êta moço talentoso. Fiquei sabendo que seu filhote já está traalhando com vc. Beleza pura.
Beijo saudoso, da
Paula Dip

Unknown disse...

É impressionante. Até o momento quase todas as observações do Fernando sobre o livro se identificam com as minhas, ou com a de todo mundo, que é o que está ocorrendo (eu acho). Assim, está garantido que teremos um excepcional filme, pois Fernando já se demonstrou capaz de misturar emoções e estilos de forma concisa. A preocupação com a sujeira também me ocorreu quando li o livro (terminei faz um mês, já sabendo que iria virar filme)mas ao ver o filme Despertar de Uma Paixão vi que não é necessário que fique escatológico. A sugestão é sempre mais interessante que a demonstração. Uma cena bem colocada e já está na mente da platéia o quão sujo são as camaratas.

Markely Leal disse...

Olá Fernando,

Confesso que não tive oportunidade de ler o livro do Saramago. Mas, talvez, por isso mesmo. Gostaria de dar um toque sobre os verdadeiros cegos (reais). Moro na Urca, no Rio e aqui tem o Instituto Benjamin Constant, que trata de cegos, de nascença ou não. O que quero relatar é que estes verdadeiros cegos tem uma vida muito mais ética, motivada e interessante do que muitos que vêem. Acho que esse contra-ponto poderia te nortear melhor sobre a diferença de "cegueira" p/ "insensibilidade", que é o que eu acho que os personagens, de fato padecem.

Um abraço,

Markely

Mercedes disse...

Wow...
Descobri este blog hoje e achei genial você divir tudo isso.

Sabe que a maioria das pessoas acha que diretores não são humanos? É verdade. Sabe que a maioria das pessoas acha que diretor é aquele cara de boina sentado na high chair com um megafone na mão, literalmente, tirando onda?

É gostoso ler isso. Eu que já te achava um cara legal, agora mudo a marca da minha fita métrica. Você cresceu!
Adoro.

Kelly disse...

Domingo fui nas filmagens e fiquei absurdamente encantada! Ter esse contato pela primeira vez me deixou fascinada! :)
Tanto é que registrei do jeito que pude. Caso você queira ver, as fotos estão aqui:
http://www.flickr.com/sobresonhos

Obrigada por compartilhar seu ponto de vista através desse blog. Acredito que os fãs de cinema agradecem! :)

Kelly

Unknown disse...

Fernando, sou aluna do ensino medio e estou fazendo um ensaio de arte sobre alienacao. Ano passado havia lido o livro ensaio sobre a cegueira e gostei MUITO!, ele mudou minha forma de ler alguns livros, e agora `e o meu livro predileto. Resolvi fazer meu ensaio sobre alienacao me baseando no livro, ja que havia gostado muito e o tema dele`e exatamente alienacao. Conversando com alguns amigos descobri que voce estava produzindo esse filme e fiquei muito curiosa para assisti-lo. Gostaria de saber se podiamos nos comunicar atraves do seu blog para lhe fazer algumas perguntas que nortearao meu trabalho.
Muito obrigada

Isabela

Unknown disse...

Fernando, sou aluna do ensino medio e estou fazendo um ensaio de arte sobre alienacao. Ano passado havia lido o livro ensaio sobre a cegueira e gostei MUITO!, ele mudou minha forma de ler alguns livros, e agora `e o meu livro predileto. Resolvi fazer meu ensaio sobre alienacao me baseando no livro, ja que havia gostado muito e o tema dele`e exatamente alienacao. Conversando com alguns amigos descobri que voce estava produzindo esse filme e fiquei muito curiosa para assisti-lo. Gostaria de saber se podiamos nos comunicar atraves do seu blog para lhe fazer algumas perguntas que nortearao meu trabalho.
Muito obrigada

Isabela

Fernanda disse...

Excelente Post. Você conseguiu falar de todas as questões que passam por nós ao lermos o livro e tenho certeza que conseguirá fazê-las surgir novamente ao vermos o filme.

Quanto ao "cocô", li o livro 2 vezes e não tenho a imagem dos ambientes sujos, claro que tenho minha própria versão dos ambientes e personagens, mas foi exatamete a reflexão que ficou na memória.

vitotricolor disse...

E as fotos Meirelles???

Unknown disse...

Então, pelo menos você descreveu dentre as possíveis interpretações do livro a que eu tive e só estou começando a ver luz nessa história agora que li o blog, nada do que uma segunda opinião. Parabéns!

Gustavo disse...

"Por quanto sofrimento precisamos passar para que consigamos abrir os olhos e ver?" The anshwer is blowing in the wind! Parabéns!

Adriana Godoy disse...

Saramago adora tornar o homem pior do que já é. Então a preocupação escatológica com mais cocô ou menos não deve alterar muito o seu filme. A idéia de excrementos por toda parte já está imbutida na história e na cabeça de quem escreveu ou leu. Em "As Intermitências da Morte", ou mesmo, em "A Caverna" essa coisa toda já se faz presente. Saramago é um grande escritor e você um grande cineasta. Vai dar certo. Com muito cocô ou não. Abraço. Adriana

rose disse...

Olá,Fernando,Acompanhei no Blog blindness,todos seus comentários, achei fantástico,este filme vai causar muita repercussão.Você é muito inteligente e competente no que fáz.O filme vai ser indicado ao Óscar...è óbvio...Ainda com esse elenco.Aliás...Se Mark Ruffalo,conseguiu enganar vc,se fingindo estar com a tal lente cega,e não estava.Imagino como vai ser sua atuação para nós público...O cara é demais!!!! beijos...rose

Robinson disse...

Fernando, acho que a sujeira do ambiente em que se encontram todos aqueles cegos bem representa a degradação da personalidade humana, o ponto em que as pessoas podem chegar em situações extremas... A merda faz parte do romance!!!!
Portanto, ponha merda no filme!!!!

Gran Kain disse...

Vi o filme faz poucos dias e agora estou lendo post a post seu na ordem que foi escrito. Prefeito, livro, filme e blog. O blog aliás, a cada post nos torna menos cegos, cada post um musculo cede, e uma luz entra.

Parabens!

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