Mpho Lohalo e Douglas Silva (foto de Alexandre Hermel)
Às vezes fico olhando para estes atores carismáticos para entender de onde vem a atração que exercem, tentando descobrir o que eles têm que nós, reles normais, não temos. A Sandra Oh (de Sideways) tem isso de sobra. Na primeira vez que a encontrei ela já havia me causado forte impressão, lembro até da cor do seu vestido (e em geral não sei dizer nem a cor da roupa que eu mesmo estou vestindo). Era azul, claro. Fomos apresentados pelo roteirista e diretor Alexander Payne, na ocasião nem sabia que ela era atriz, estávamos em Cannes e achei que ela fosse uma esposa acompanhando o marido na estréia de seu filme (All About Smith). E a esposa me impressionou. De onde vem tamanha presença?
De qualquer maneira fiquei feliz quando ela mesma pediu para fazer alguma pontinha neste filme, qualquer que fosse. Ela é canadense, grande amiga do Don McKellar, nosso roteirista, e por isso insistiu numa participação afetiva. Criamos então umas poucas linhas para a Ministra da Saúde, justificando assim sua viagem de Los Angeles até Toronto para apenas um dia de filmagem. Depois de muita negociação ela conseguiu convencer os produtores da série Grey’s Anatomy a lhe dar esse dia livre.
Valeu. Com a mulher em quadro não sobra nada para ninguém. Um papel mínimo, que a princípio seria feito por um figurante, virou um papel de verdade. Esta foi a lição do dia: qualquer papel merece um grande ator (e qualquer grande ator consegue transformar um papel.) Ainda no quesito carisma, há também neste filme um outro ator, um garoto de uns vinte e poucos anos chamado Mpho Koaho que me impressionou de cara quando o vi nos testes de elenco. A princípio ele deveria ter apenas uma linha no filme como um vendedor numa farmácia que dá uma xavecada mal-sucedida na Alice Braga, mas o cara é tão interessante que aos poucos estou lhe dando espaço e seu personagem tem crescido.
Nas cenas onde há muita gente tenho sempre pedido para o Guilherme Ayrosa, nosso “sound guy”, deixá-lo microfonado para aproveitar os cacos que ele sempre manda a queima-roupa. O incentivo a fazer estes comentários meio engraçados e comecei a colocá-lo em ceninhas onde ele não estava previsto. Até pensei em incluí-lo no grupo principal de personagens que escapa do asilo e dar-lhe alguma ceninha extra em São Paulo. Acho que o José Saramago vai me perdoar por esta, ele só não pensou em ter este Ajudante de Farmácia neste grupo principal de personagens por não ter tido a oportunidade de conhecer o Mpho.
Em ambos os casos, da Sandra e do Mpho, o carisma salta aos olhos, não por eu ter uma visão diferenciada, mas por eles terem este “je ne sais quoi” em doses cavalares. E eu continuo me perguntando: onde está esse carisma? No olhar? Em alguma percepção que a gente capta com algum outro sentido alem dos cinco mais famosos? Sei lá. Sei que isso não se desenvolve. É como ser alto ou ter olhos escuros. Vem no pacote.
Ontem tive outra confirmação da existência real deste tal carisma. Na hora de começarmos a rodar com a Sandra percebemos que, por um erro de comunicação, a figurinista havia mandado para o set todo o elenco com as roupas de uma outra cena. Fomos obrigados a mandá-los de volta para o trailer-camarim e enquanto aguardávamos os figurinos certos, olhando para o monitor, comentei com o César Charlone, fotógrafo, como estava bonita a luz que esperava os atores. Ele veio então com um papo de que bonita não era a luz que ele havia criado, mas sim o espaço onde estávamos. Afirmou que fotógrafos não fazem muita coisa, apenas 20% do trabalho, e que quem faz uma boa fotografia na verdade é a cenografia, a direção de arte ou os próprios atores. Para ilustrar sua tese (da qual discordo, ainda mais no caso dele) completou que sempre que enquadra a Ronda, a stand in * da Julianne Moore, sente que tem alguma coisa faltando em seu trabalho, mas quando chega a Julianne e ocupa o mesmo lugar, na mesma posição, o quadro parece iluminar-se, a fotografia se completa e a imagem passa a parecer “cinema”. A tal da presença, do “je ne sais quoi”. Qual é a mágica destas pessoas?
*Os “stand ins” são as pessoas que depois do primeiro ensaio, enquanto os atores vão se maquiar, ocupam seus lugares para que o fotógrafo possa iluminar a cena e ensaiar o movimento da câmera.
Às vezes fico olhando para estes atores carismáticos para entender de onde vem a atração que exercem, tentando descobrir o que eles têm que nós, reles normais, não temos. A Sandra Oh (de Sideways) tem isso de sobra. Na primeira vez que a encontrei ela já havia me causado forte impressão, lembro até da cor do seu vestido (e em geral não sei dizer nem a cor da roupa que eu mesmo estou vestindo). Era azul, claro. Fomos apresentados pelo roteirista e diretor Alexander Payne, na ocasião nem sabia que ela era atriz, estávamos em Cannes e achei que ela fosse uma esposa acompanhando o marido na estréia de seu filme (All About Smith). E a esposa me impressionou. De onde vem tamanha presença?
De qualquer maneira fiquei feliz quando ela mesma pediu para fazer alguma pontinha neste filme, qualquer que fosse. Ela é canadense, grande amiga do Don McKellar, nosso roteirista, e por isso insistiu numa participação afetiva. Criamos então umas poucas linhas para a Ministra da Saúde, justificando assim sua viagem de Los Angeles até Toronto para apenas um dia de filmagem. Depois de muita negociação ela conseguiu convencer os produtores da série Grey’s Anatomy a lhe dar esse dia livre.
Valeu. Com a mulher em quadro não sobra nada para ninguém. Um papel mínimo, que a princípio seria feito por um figurante, virou um papel de verdade. Esta foi a lição do dia: qualquer papel merece um grande ator (e qualquer grande ator consegue transformar um papel.) Ainda no quesito carisma, há também neste filme um outro ator, um garoto de uns vinte e poucos anos chamado Mpho Koaho que me impressionou de cara quando o vi nos testes de elenco. A princípio ele deveria ter apenas uma linha no filme como um vendedor numa farmácia que dá uma xavecada mal-sucedida na Alice Braga, mas o cara é tão interessante que aos poucos estou lhe dando espaço e seu personagem tem crescido.
Nas cenas onde há muita gente tenho sempre pedido para o Guilherme Ayrosa, nosso “sound guy”, deixá-lo microfonado para aproveitar os cacos que ele sempre manda a queima-roupa. O incentivo a fazer estes comentários meio engraçados e comecei a colocá-lo em ceninhas onde ele não estava previsto. Até pensei em incluí-lo no grupo principal de personagens que escapa do asilo e dar-lhe alguma ceninha extra em São Paulo. Acho que o José Saramago vai me perdoar por esta, ele só não pensou em ter este Ajudante de Farmácia neste grupo principal de personagens por não ter tido a oportunidade de conhecer o Mpho.
Em ambos os casos, da Sandra e do Mpho, o carisma salta aos olhos, não por eu ter uma visão diferenciada, mas por eles terem este “je ne sais quoi” em doses cavalares. E eu continuo me perguntando: onde está esse carisma? No olhar? Em alguma percepção que a gente capta com algum outro sentido alem dos cinco mais famosos? Sei lá. Sei que isso não se desenvolve. É como ser alto ou ter olhos escuros. Vem no pacote.
Ontem tive outra confirmação da existência real deste tal carisma. Na hora de começarmos a rodar com a Sandra percebemos que, por um erro de comunicação, a figurinista havia mandado para o set todo o elenco com as roupas de uma outra cena. Fomos obrigados a mandá-los de volta para o trailer-camarim e enquanto aguardávamos os figurinos certos, olhando para o monitor, comentei com o César Charlone, fotógrafo, como estava bonita a luz que esperava os atores. Ele veio então com um papo de que bonita não era a luz que ele havia criado, mas sim o espaço onde estávamos. Afirmou que fotógrafos não fazem muita coisa, apenas 20% do trabalho, e que quem faz uma boa fotografia na verdade é a cenografia, a direção de arte ou os próprios atores. Para ilustrar sua tese (da qual discordo, ainda mais no caso dele) completou que sempre que enquadra a Ronda, a stand in * da Julianne Moore, sente que tem alguma coisa faltando em seu trabalho, mas quando chega a Julianne e ocupa o mesmo lugar, na mesma posição, o quadro parece iluminar-se, a fotografia se completa e a imagem passa a parecer “cinema”. A tal da presença, do “je ne sais quoi”. Qual é a mágica destas pessoas?
*Os “stand ins” são as pessoas que depois do primeiro ensaio, enquanto os atores vão se maquiar, ocupam seus lugares para que o fotógrafo possa iluminar a cena e ensaiar o movimento da câmera.
105 comentários:
Olha só, o Ayrosa que está aí com você. O primo dele tem um estúdio de áudio sensacional aqui em Salvador, inclusive já gravei uns programas lá. Comentei com um colega... "olha só, velho, estou a menos de 7 degraus da Juliane Moore". Essa sim tem carisma.
Às vezes essa coisa do brilho... da áurea mágica dos artistas... pode ser por causa da maquiagem não?! hehehe... abraço e boa sorte por aí... e se puder, manda um abraço pra ela.
Olá, Fernando
Somos estudantes do 3º colegial do Colégio Miguel de Cervantes e no final do ano o colégio promove um tipo de feira cultural chamado Hispanidad, onde são apresentados trabalhos de alunos de todas as séries (digamos também, é a nota mais importante do ano). Mas os trabalhos do 3º são sempre os mais esperados e estão apostando bastante no do nosso grupo.
Nosso tema é José Saramago e estamos fazendo um documentário-ficção chamado "Meu Encontro com Saramago" que funciona mais ou menos assim: entrevistamos pessoas entendidas do autor (que seria a parte "documentário") e em seguida filmamos uma cena do livro que foi mais citado pela pessoa (parte "ficção", já temos filmados trechos de O Ensaio Sobre a Cegueira e Evangelho Segundo Jesus Cristo).
Já entrevistamos algumas pessoas, e todos os depoimentos ficaram ótimos. Aí surgiu a idéia louca de ir atrás de alguém que faria todo o diferencial do nosso trabalho: você. Infelizmente, já fomos informadas de que você não está no Brasil e que volta daqui aproximadamente uns 15 dias. Temos total consciência de que as filmagens estão ocupando todo o seu tempo, mas não custa nada perguntar: tem como você nos avisar quando voltar ao Brasil para tentarmos marcar uma entrevista?
Obrigada desde já!
Barbara, Luiza, Renata, Thainá e Valérie.
Olá de novo, Fernando. Cá vou eu, lendo atentamente o seu blogue, em busca de mais um post-encantamento. Sobre o carisma dos actores, se me permite, deixe-me dizer-lhe o seguinte: o entusiasmo que sente pela Sandra Oh ou por esse jovem que o surpreendeu pode não ser equivalente ao que sente o espectador. Enquanto "público", aquilo que eu mais aprecio é à fidelidade à obra, pelo que aconselhá-lo-ia a não gastar muitos minutos de película a acrescentar falas e situações para os actores que o encantam. Todos sabemos que o tempo cinematográfico não é igual ao textual. Por isso - e quem sou eu para lhe dizer isto - há que economizar para poder deixar a obra respirar e, simultaneamente, ser-lhe fiel. Esta é a sugestão de um simples espectador, ansioso para ver essa obra completa.
Um forte abraço,
Bracken
Que bom! Que bom poder ter acesso a esse tipo de intimidade. Questões do diretor que dificilmente estariam no making off. Bom poder ver que há um ser humano por detrás dos óculos e do bigode.
Nunca vi nada parecido. Mais uma prova de quão humano é o Fernando Meirelles.
Por isso que a pobre da Ronda sempre será stand in.
HEHEHEHE
Meu livro predileto.
Tenho certeza que farás bom trabalho, mas desejo-lhe boa sorte assim mesmo.
Quanto ao cão das lágrimas, sempre imaginei um pastor alemão completamente preto.
Fernando, é por esses e outros posts que, todos os dias, dedico uns 20 minutos da minha vida para entrar aqui no blog, ler os seus comentários e o dos colegas.
Esse seu último post só confirmou mais uma convicção que eu tenho: toda e qualquer adaptação, por mais fiel que seja, é uma recriação. E é aí que está a graça da coisa. É muito bom saber que, a partir do texto do Saramago, você elaborou alguns "arranjos", deu espaço para certos atores, fez alguns personagens cresceram.
Saramago certamente não deve ficar triste com a sua "traição". Triste seria ver o carisma de Sandra Oh e de Mpho ocupar pouco espaço nas telas. O público não o perdoaria.
Abraços a todos os colegas do blog,
Rafael Moraes Moura.
Acho que o carisma de certos atores está num "pacote" formado pelo gestual, o olhar, a entonação da fala...não acredito em aura, mas dá até vontade de dizer que está na aura destas pessoas. Sempre achei o trabalho da Sandra Oh fantástico, e gosto muito também da Juliane Moore. Assim como o roteiro deste filme veio parar em suas mãos por alguma força do destino também acredito que a escolha do elenco está ligada a isto.Seja por uma linha, ou por algumas páginas, este elenco está recheado de atores carismáticos e que farão a diferença na sua adaptação. Abraço e um ótimo trabalho por aí.
Parabéns pelo blog! Sou fã do seu trabalho e adorei a iniciativa de mostrar um pouco do mundo das filmagens.
Eu assisto Grey's Anatomy e só tenho elogios pra atuação da Sandra Oh. E o seu post veio confirmar a grande admiração que tenho por ela.
Quando vocês vão filmar em São Paulo? As filmagens vão ser em locais públicos? Se você puder avisa no blog, pois tentarei assistir alguma gravação.
Fernando Meirelles...
estou na contagem regressiva para o filme.
Suas atualizações fazem meu dia mais divertido!
Obrigada :)
É muito bom poder ler aqui que um dos melhores livros que eu já li, que mostr como o homem pode transcender o humano, vai virar filme!!
Demaaaaaaaaaaaaaaaaais.
Abraços para todos daí
Adorei seu texto, adorei ler sobre a sandra e sim, ela é fantástica...
Obrigaaaada Meirelles por ter dado a verdadeira atenção e importância à grande atriz SANDRA OH!! Desde os filmes em que ela fazia uma pontinha (Diário de Uma Princesa, Hard Candy...) eu me perguntava...Quando é que essa mulher vai deslanchar? Em Grey's Anatomy ela é a melhor! Tomara que outros diretores como você consigam enxergar esse "carisma" dela e lhe dê mais oportunidades em longas-metragens! =)
Mais um desesperado pra ver esse filme!
N�o vejo a hora! (n�o pude deixar pra l� esse trocadilho)
Sorte aew!
Fernando,
li os diários de filmagem do Jardineiro Fiel inteiros e agora to aqui acompanhando o Blindness... não sei se tem a ver com o meu gosto, mas você também tem esse "carisma" a mais na forma de escrever (e de dirigir, claro!!).
Também está sendo uma delícia acompanhar esse! Como disse um colega aí embaixo, se em Sampa forem filmar em lugar público, avise por favor!!
Abraços e parabéns!
Eu já pensei que o carisma teria a ver com algo interno, com um tanto de qualidades se somando para formar um todo que nos envolve. Mas há muitas pessoas consideradas carismáticas que não me dizem muita coisa. Então, fico pensando se o nosso olhar não tem muito a ver com isso. Sei lá, se vc se identifica com algum tipo de beleza, charme, sensibilidade, inteligência, emoção ou qualquer outra coisa que te fascine, pode funcionar como um refletor, devolvendo toda a luz recebida e deixando que essa pessoa brilhe. Não? É claro que isso no cinema ganha uma proporção diferente pque além do carisma dos atores, para nós, reles mortais, também chega uma imagem trabalhada. Então, nada melhor do que a opinião do diretor.
Eu concordo plenamente com o que escreveu, bem com o que o fotógrafo disse...
Há certas pessoas que só pela sua presença, marcam a diferença.
E embora não conheça pessoalmente a Julianne Moore, acredito que ela seja um desses casos.
Acho-a uma brilhante actriz e com uma personalidade forte.
Cumprimentos.
não sei do que gostar mais
de vc falando do livro
ou de vc falando do filme
Caro Fernando,
Além dos costumeiros elogios, que você já deve estar cansado de receber mas certamente merece, venho alertá-lo sobre o nome do filme mencionado no seu post. O nome é na verdade "About Schmidt", do Alexander Payne e com Jack Nicholson. Por sinal, um ótimo filme.
Abraços, e mais uma vez parabéns pelo excelente trabalho e pela dedicação em não apenas nos proporcionar alguns dos melhores filmes dessa geração, mas ainda ter o trabalho de descrever toda a jornada de criação destes.
Eu já observei muitas vezes a respeito deste encantamento exercido pelos atores em seus respectivos diretores, aliás, muitas vezes da em casamento, vemos sempre nas revistas - seria como o encantamento entre patrão (o a) e empregado (a)? Aquele fascínio da doméstica negra sobre o patrão normalmente português. Ou seja, neste tipo de carisma acredito possa estar à sedução do ator/empregado com o chefe/diretor.
Ou só uma química de uma gueixa – pode ajudar no processo fotoquímico.
.
SB
Esse filme me faz imaginar os cuidados da produção: as caixas dos alimentos, o ambiente da cidade pós-saída dos cegos, tudo isso é o que me causa mais expectativa no filme. Parabéns pelo blog e pela ousadia.
Olá, Fernando...
Seu blog é instigante e só faz aumentar minha expectativa por este filme, já que o livro é a maior preciosidade da minha prateleira.
Espero ansiosamento por este novo clássico.
Abraços!
BRASIL NÃO É "AMÉRICA LATINA"
Brasileiros são só "brasileiros" e geograficamente "sul-americanos". Não são "latinos".
O que ocorre é que parte dos brasileiros, inclusive a imprensa, não se define, se deixa definir. É o velhíssimo complexo-de-vira-lata. Estão sempre prontos para "agradar" o sinhozinho dolarizado. Ou aliciados pelo doutrinação cubano-comunistóide.
Se os americanos, por ignorância -- ao se equivocarem em crer que os brasileiros falam espanhol, dançam rumba e não passam de uma cópia mix de mexicano, argentino e caribenho -- vão nos tachando erroneamente de "latinos", lá vão os colonizados do Brasil "adotar" o termo para si. Se a ignorância americana acreditasse que o brasileiro fosse "africano" (até por que tem influência de lá), esses mesmos brasileiros vestiriam a fantasia de "africano" e ficariam também "revoltados" se alguém dissesse a eles que não, eles não são "africanos".
Há até brasileiro que já aceita pra si o xingamento "cucaracha", coisa que se aplica apenas aos de fala hispana (ou nem isso, só a mexicanos e redondezas). Querem um xingamento para chamar de seu.
Os americanos, incluindo imprensa e governo, ainda são ignorantes a respeito do Brasil a ponto de alguns órgãos federais de pesquisa de lá agruparem brasileiros e portugueses na categoria "hispânico", como se algum dia tivéssemos falado espanhol. Efeito colateral: alguns desinformados brazucas se definem como "hispânicos" nos EUA...
Infelizmente a nossa mídia se deixa levar por esses reducionismos culturais. Estereótipos desse tipo são sempre ultra-simplificadores, essencialmente pré-conceituosos e trocam o real pelo pseudo-verdadeiro.
Exemplos:
-- Teoricamente Brasileiros, Portugueses, Angolanos e Moçambicanos (português), Franceses, Belgas, Senegaleses, outros países africanos e Haiti (francês), Italianos, Romenos, etc, seriam "latinos" porque todos falam uma língua derivada do latim. Mas na prática são apenas os hispanos que se vêem como "latinos".
-- Na teoria todos os países da América são "americanos" mas o mundo inteiro vê e entende apenas os cidadãos dos EUA como "os" americanos.
-- Na teoria o rótulo "América Latina" compreenderia países de língua derivada do latim. Mas na realidade o termo é tão inadequado que há vários países que falam línguas não-latinas (Suriname fala holandês, Jamaica fala inglês, Bahamas fala inglês, vários outros países falam inglês ou misturas do holandês.
-- Geograficamente o México sempre esteve na América do Norte mais nunca ninguém chama os mexicanos de "norte-americanos".
Portanto é presico questionar esses enganadores rótulos exógenos que nos impõem -- principalmente porque são impostos por quem não nos conhecem realmente, apenas têm uma pretensa "idéia".
"América Latina" é um pseudo conceito geo-político estabelecido para separar a América branca -- hoje não tão branca --, e rica (EUA e Canadá), do "resto" nem tão branco, bem mais pobre e que, acreditava-se, vivia no meio do mato. É um conceito baseado na ignorância e desprezo.
E ainda há uma racialização nos EUA do que é "latino". É racistóide. Nessa racialização deles, "latino" é aquele com cara de asteca, olhos e cabelos espetados muito escuros, pestanas retas, tez morena. Comicamente alguns brasileiros querem pular para dentro desse estereótipo "racial". Curioso: quando foi que Pelé ficou conhecido como "latino"? Quando já chamaram a Gisele Bundchen de "latina"? E o Ronaldo, o Ronaldinho Gaúcho, o Ayrton Senna e o Massa, já se se referiram a eles como "latinos"? Não. Porque eles não são "latinos" (e tiveram personalidade para nunca se qualificarem como tal), são brasileiros. Já Rodrigo Santoro, que tem traços que lembram um índio certamente será racializado como "latino" -- aliás ele, sem personalidade, já vestiu a fantasia de "latino", a julgar por entrevistas recentes.
O Brasil é outra América, a que fala português, a América Lusa. Temos outra herança colonial -- de Portugal e não Espanha --, outra cultura -- muito particular e original, dentro do que pode ser original na cultura humana --, outra mistura racial, outro perfil de sociedade, outra índole, outro estilo, outras idiossincrasias. Até fisionomicamente o brasileiro é distinto dos hispânicos. Não é incomum, quando se está no exterior, identificar outros brasileiros de longe, só pelo jeito. O povo brasileiro nunca se vu como "latino", só como "brasileiro". Quem é que dentro do Brasil já se tratou como "latino"? Isso é loucura.
Porque então quando alguns brasileiros saem do Brasil deixam de ser brasileiros passam a emular latino? Patético. Atestado registrado de sabujice.
A enorme maioria do povo brasileiro é mistura de Português + Índio original + Negro. O resto dos imigrantes é basicamente formado por Italianos, Alemães, Árabes, Japoneses, com alguma ascendência holandesa no NE, por causa das invasões. Houve a imigração espanhola mas não foi tão relevante quanto a dos Italianos, Alemães e Árabes, por exemplo. É natural, eles preferiram imigrar para os países que já falavam espanhol. Culturalmente nós temos uma grande influência da África Ocidental, onde hoje é Angola e Nigéria, devido ao tráfico de escravos -- embora alguns não gostem de admitir isso por puro racismo velado.
Os hispânicos, pelo contrário, têm outra herança colonial -- da Espanha e não Portugal --, outro tipo de misturas raciais -- alguns, como Argentina e México se "orgulham" de não ter negros, veja só o racismo embutido --, outras culturas, outros hábitos, outras culinárias, etc.
Enfim a língua fez e faz um tremenda diferença. Só quem não conhece pode achar que português e espanhol são línguas "muito parecidas". Não, apesar de alguma semelhança na escrita são na essência línguas de almas quase opostas. Uma, espanhol, é áspera, insalubre, foneticamente pobre, a outra, português, redonda, melódica e foneticamente bem mais rica. Para o povo brasileiro os hispanos são tão estrangeiros quanto franceses, americanos ou italianos. Para se saber espanhol tem que se aprender da mesma forma que se faz com o italiano, o inglês, francês, etc. O mesmo vale para o português no sentido inverso.
Se de um lado a mídia brasileira, colonizada como é, tende a ver o próprio país com os olhos do chamado primeiro mundo, de outro a ideologia esquerdopata tenta doutrinar os brasileiros com uma maquiavélica "conscientizaç ão" latina -- na verdade um aliciamento "latino". Querem que o brasileiro se torne menos brasileiro e mais "latino", dentro do delírio comunistóide de transformar o Brasil e os países hispânicos numa coisa só, uma espécie de URSS do Sul. Para isso eles querem, delirantemente, diluir (ou anular parcialmente) a identidade nacional do Brasil num pastiche latino-americano. Todos contra o demônio americano, claro.
Não é por acaso que foi no governo Lula -- que é obediente às diretrizes "latinas" maquinadas em Cuba e asseclas -- que foi tornado obrigatório o ensino do espanhol. Querem transformar o insalubre espanhol numa "segunda língua" no Brasil. Assim os brasileiros se adaptariam ao seus vizinhos hispânicos. Frisando, se "adaptariam". Como se um povo que beira 200 milhões tivesse que se "adaptar" a alguém, como se o brasileiro precisasse de outra língua aqui dentro do Brasil. O português é a língua mais falada na América do Sul (que é o nosso continente), pois a população brasileira é maior do que a soma de todos os outros. No entanto não são os vizinhos menores que tem que se "adaptar" ao maior e mais populoso. É o Brasil que "tem" de fazer isso pois o governo Lula é um governo capacho (vide o que a Bolívia, Argentina e Venezuela fazem com ele). Nunca se falou tanto no termo "América Latina" como nos últimos tempos, desde que o atual governo chegou ao poder. Coincidência? De jeito nenhum. Quem chegou no poder está doutrinando.
Eduardo Silva
Fernando, não vejo a hora de assistir a mais um filme sensacional seu!! Elenco primoroso esse que vocês conseguiram juntar,heim? Keep up the good work!!!!!!!!
Obrigada por dividir seu conhecimento com a gente, Fernando! Estou encantada com esse blog. Um grande abraço, Luiza Voll.
Fernando
Seu blog é um colírio pros amantes de cinema. É impossível não empolgar com seus textos!
Keep Rockin man!
abração!
Como se pronuncia "Mpho Koaho"?
Nunca vi tanta xenofobia junta em um mesmo texto como o do comentário do colega "eduardo_s", que ele batizou de "BRASIL NÃO É AMÉRICA LATINA".
Destaco os trechos que considerei mais gratuitos e sem fundamento:
"Uma, espanhol, é áspera, insalubre, foneticamente pobre, a outra, português, redonda, melódica e foneticamente bem mais rica."
"Querem transformar o insalubre espanhol numa "segunda língua" no Brasil. Assim os brasileiros se adaptariam ao seus vizinhos hispânicos."
Uma pena ele não ter um email para réplicas.
Que bom que descobri esse blog!
Espero ansioso e torço para que todo o projeto se desenvolva da melhor maneira possível!
Quero muito ver o resultado nas telas!
Ainda mais quando se tem Julianne Moore no elenco, quando vi "AS HORAS" não tive mais dúvidas, ela realmente ofusca nossa visão, excelente atriz!
Sandra Oh tbm é não deixa por menos, o que acho engraçado é que Sandra tem mesmo esse carisma, pois nos dá aquela sensação de que já a vimos mtas vezes em todos os filmes! É como se tivessemos intimidade...bem engraçado mesmo!
Em Six Feet Under, Sob sol de Toscana, Guinevere e claro Sideways e G.Anatomy, tds trabalhos excelentes
Quanto a deixar os "cacos" no filme acho isso MTO bom! Isso é o que nos dá mais aproximação do filme ! É isso que faz com que esse brilho dos atores reflita no filme e faça o filme brilhar perante os espectadores, já que torna tudo mais espontâneo!
Aguardo o próximo POST !
Abraços
eu não vejo Grey's Anatomy mas adoro a Sandro Oh, acho ela maravilhosa, e mesmo quando ela faz pontas como no filme "Hard Candy" ela sempre marca presença!
e me fiz a mesma pergunta que o colega 'pacha urbano' "Como se pronuncia "Mpho Koaho"?"
hehehe
Parece-me que eduardo_s esta dizendo:
carisma = pacote/padrão
Olá Fernando!!!
A cada post em empolgo cada vez mais com o filme... confesso que não tinha lido o livro mas depois de ler o 3º post, sobre a cena sa julianne moore, sai correndo da faculdade e comprei o livro, e hoje lendo, me surpreendo a cada pagina, o livro é fantastico!!! E o filme baseado em seu historico, rs deve ser igualmente bom
vc já leu o perfume, do patrick suskind??? esse q virou filme agora.... gosto de pensar que é uma boa explicação pra esse não sei o q
Carisma, presença, magnetismo e talento não se explicam, é por isso que amamos os atores e quem dá a eles o devido valor. Não pára de escrever o blog nem de dar espaço para estas personalidades máximas. Parabéns.
Você tem razão, Fernando. Em "Sideways" o papel da Sandra Oh não era dos maiores, mas ela conquistou a todos. Todo mundo depois da sessão ficou perguntando: "quem é essa tal de Sandra Oh?!?"
Tomara que ela continue - junto com o Mpho - a roubar as cenas e brilhar sempre.
Abraços e parabéns de novo pelo blog.
Olá Fernando ! Amo cinema, e fico encantanda quando leio seus posts. Dá uma vontade estar nesse set de filmagem junto com você, pegando cada detalhe, seria mágico. E é bonito de ver que mesmo você já sendo do "mundo do cinema", se deixa surpreender por ele, pelo novo, pelos atores. E essa sensibilidade transparece, a cena final de "Jardineiro Fiel" é de uma beleza...E é pura, não é apelativa, nem melodramática...Sou sua fã, e quem dera que eu pudesse trabalhar na sua equipe um dia, nem que fosse como assistente, da assistente, rs...E não entendo tanto de cinema, mas continue seguindo sua intuição, ou seu instinto desse fazer cinematográfico, confio muito nele...Abraço e tudo de bom.
Nossa, você escreve MUITO bem! Carisma não tem lugar nem fórmula, e o teu tá nesse olhar que tu passa pra gente como diretor, nas coisas que tu mostra, perfeito.
Mal posso esperar por Blindness, claro.
Muito por gostar do teu trabalho: muito poor Saramago, e muito por Mark Rufallo, Julianne Moore e a maravilhosa da Sandra Oh, que me diverte semanalmente em Grey's! Que bom que ela pode participar.
Abraço
Poxa vida, eu fiz o teste para o papel do Ajudante de Farmácia...
Me ligaram da O2 dizendo que estava editado e depois me informaram que o papel havia sido cortado do roteiro.
Bão, fica pra próxima. Né?
Carisma...
Algo que não tem explicação...Mas que existem pessoas que conquistam a todos, existem!
beijo!
...como perceber
no calor da filmagem
que pode dilatar a presença
de uma personagem?
(ainda mais sobre um roteiro
que parte de uma obra consagrada)
Essa convicção de postura
e liberdade de adaptação
me influencia no como dirigir
e escrever roteiros...
(...assim como a piscina-feijoada,
do Joaquim Pedro, que não tinha
no livro do M. de Andrade...)
...carisma, de realizador
muito bom poder ter acesso a esse
Blog
carisma é q não falta ....
Já circulam as primeiras imagens de "Blindness"! Passem pelo meu blogue para verem Julianne Moore como Mulher do Médico. Retiro o que disse: apesar de considerar que a Juliette Binoche ou a Isabelle Huppert seriam sublimes, parece-me que Moore, devidamente envelhecida para o papel, vai arrasar.
Um grande abraço e força, Fernando!
Bracken
Mais um post fantástico também. Não se surpreenda, mas como foi dito suas palavras tem um big dum "je ne sais quoi" que as fazem fantásticas. Mas o mais legal de observar suas observações é sua paixão pelo cinema. Nós brasileiros temos é sorte de poder chamar de "nosso" alguém tão apaixonado pelo que faz.
Estou cada vez mais ansioso pra ver o filme!
Se velho da venda preta é um pouco de Saramago - porque ele já estava um pouco cego, e mesmo assim o mal branco não deixou cedo de modo algum - talvez o ajudente da farmácia, aquele interpretado por Mpho seja você, Meirelles - os teus olhos começando a cegar branco. Deixá-lo crescer é deixar o filme, a interpretação dessa narrativa, mais sua... faz sentido, desde que não anule o que a narrativa de Saramago já é.
Desculpe-me por qualquer desbarate.
Abraço,
Conrad
Fernando..
Esse livro é fantástico, Saramago é um mestre...
E tudo ficou completo com você na direção desse filme e na escolha feita de todos os atores!!!
Sua preocupação em fazer esse blog e mostrar suas percepções, descobertas e todas as minucias da filmagem, com tanta criatividade e inteligência me surpreende e me deixa cada vez mais ansiosa p/ prestigiar esse filme...
Abraços
Fernando, fiquei muito contente ao ler a notícia que vc seria o diretor da adaptação desse livro para o cinema. A combinação do seu trabalho com o Saramago tem tudo para resultar num filme sensacional. Capricha aí! abraço.
Pessoas com carisma?
E no caso de pessoas que, apenas descrevendo sua rotina, num simples diário, nos transmite essa mesma sensação? Pessoas que conseguem enxergar e transmitir a beleza de um povo sofrido no Sudão, em meio a filmagem de um longa internacional, e nos faz acreditar que tudo aquilo ali pode ser possível? (Quem acompanhou o diário de produção do "O Jardineiro Fiel" sabe do que falo) Um sujeito que descreve o sonho de todo aspirante a cineasta, de todo amante da sétima arte, ao dirigir um longa baseado na obra de um gênio da literatura e dirigir atores do calibre de Juliane Moore, Danny Glover, e nos faz torcer justamente por um sujeito quase desconhecido (não o sendo totalmente por que trabalhou em Jogos Mortais 3, e o filme teve uma aceitação razoável no Brasil), chamado Mpho Koaho, para que o mesmo cresça na trama, simplesmente por que nos alegra saber que um diretor enxerga "além" no seu elenco? Pois bem senhor Meirelles, a pergunta é dirigida a você também. Você possui esse carisma e por isso já faz parte do time dos grandes. Não está aí por acaso. Se você um dia conseguir descobrir a resposta da sua pergunta, sobre o que faz essas pessoas terem essa presença, estará descobrindo a sua também. Você tem estrela. Além de um talento ímpar. Vida longa aos seus sonhos.
Numa história crua e densa como esta, as próprias personagens tem grande carisma.Resvalam o tempo todo e de muitas formas diferentes pela miséria humana.É a crueza, o excesso de realidade que , em contraponto ao arqumento fantástico da cegueira branca que torna o livro excepcional. Acredito que se você, na sua arte conseguir encontrar este equilíbrio, tudo estará em harmonia.
A literatura de Saramago acontece como alguém contando algo ao pé do ouvido, com idéias e imagens tão maravilhosas, fazendo a gente se fartar de imaginar e, ao mesmo tempo tentar entender como alguém pode ter idéias assim!!!!
Sucesso...
Fernando,
Também sempre me espanto com a capacidade que algumas pessoas têm de, através de gestos simple (não forçados), magnetizar a atençãocreio que esta coisa é de fundamental importância para aqueles que trabalham com comunicação direta, sobretudo nas artes cênicas e música.
Eu desconheço o Mpho (mas, vou confiar em você), mas que a Julianne e a Sandra têm muito carisma isso é um fato. Você mesmo têm bastante, tanto que postando aqui no blog já falam (e aí me incluo) com você como se fôssemos conhecidos (esta linguagem próxima e um tanto confessional que você usa ajuda bastante, como já coloquei previamente).
Uma destas pessoas magnéticas com a qual eu tive contato pessoal foi o Bono (do U2), antes de encontrá-lo já era (e ainda sou) grande fã da banda, mas ao falar com ele, ele agiu de uma maneira tão amistosa e demonstrou tanto carisma que parecia que éramos grandes amigos.
Enfim, como já falei outras vezes (bem, não só eu) está sendo uma experiência ótima estar, de certa forma, ao seu lado durante a produção deste filme.
Um abraço
Jan
Poxa Fernando, vc além de me deixar emocionada com seus filmes me deixa emocionada com que escreve.
Escreve com tanto amor , carinho e realidade que escuto tua voz e sinto como se estivesse aí.
Quanto ao carisma , é como contar piada, escrever e imitar. São singularidas de cada pessoas.
Estou super ansiosa.
Grande beijo.
Tento imaginar o tamanho do seu "frio na barriga" na hora de mostrar o filme (principalmente pro Saramago). Eu tambem fiquei alguns dias com as imagens da estoria na cabeça após terminar o livro e confesso que fiquei muito feliz em saber que você foi o escolhido pra dirigi-lo. Isso é filme pra diretor "macho", no melhor sentido "cabra homi" do termo.
To na torcida.
Eduardo
Parabéns pelo blog que desconhecia.. Sou fã do Zé até á medula.. Ensaio sobre a cegueira não é excepção.. O Zé Saramago não é só um grande escritor, ele é , sobretudo, um grande ser humano que eu gostaria que o mundo conhecesse para além do nome..No seu olhar corre um leito de suavidade e ternura, de amor ao próximo.. Voltarei aqui para acompanhar este magnifico trabalho.. Um abraço, Ell
Nossa Fernando, pode crer...concordo plenamente! Inclusive comentei sobre isto ( carisma) com uma amiga no TIFF07 depois de ver o Gael apresentar/falar no El Pasado & Deficit. Pequenininho daquele jeito e nem e dono de uma beleza perfeita...mas tem um carisma absurdo! Onde vcs estao filmando aqui em TO? Queria ir ver.... me escreve dizendo se da??? rrunge@rogers.com
Valeu and keep up the good work!
Ola Fernando
Primeiro tenho que dizer que voce acabou virando minha inspiracao, eu estudava para ser atriz no Rio antes de vim morar na fria Noruega, eu ja tinha desistido de atuar mas depois de ler seu bloger te confesso que ganhei animo, com tantas coisas indo a tona, acabei esquecendo do que realmente me faz feliz.
Estou esperando anciosa por seu novo filme ou posso dizer seu novo filho :)
Muita Merda pra voce :)
Quero ler o livro e o filme...
FAN TOCH!
AQUI UMA SINGELA PROPOSTA MUSICAL AO LIVRO E AGORA TAMBÉM FILME.
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TODAS AS MÚSICAS SÃO GRAVADAS E MASTERIZADAS PELA PRÓPRIA BANDA, POR ISSO TEM A QUALIDADE DE UMA DEMO, ESPERO QUE COMPREENDAM.
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ESCUTEM, OBRIGADO.
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BANDA FAN TOCH!
E-MAIL: bandafantoch@gmail.com
Fernando
Pensando no dilema do diretor poder dar mais espaço à personagem motivado pelo carisma do ator, me ocorreu o próprio Saramago, quando concebeu a trama do livro História do Cerco de Lisboa, no qual o argumento principal é exatamente a intervenção do revisor editorial que, num ato de deliciosa subversão, resolve colocar um não tímido e escondido no texto,mas um não que mudaria a história de Portugal. E o não transforma a vida do simplório revisor, inundando-o de coragem e superação.
Confesso que me incomoda ver filmada uma história que já construi. Uma história que é tão cheia de imagens ,tão paradoxalmente visual.E apesar da alegria que senti ao ler no jornal que seria filmada por você, ainda tenho uma sensação de que qualquer ator escolhido por melhor que seja,( e nisso o filme dá um banho...)é um certo usurpador de alguma coisa que não sei bem o que é...
A melhor coisa seja mesmo talvez ler e participar do blog, tentando ir além dessa minha visão...
Olá Fernando,
meu nome é Rodrigo Saiani e sou designer gráfico no Rio. Fiz uma abertura fictícia para um suposto filme sobre o livro em 2004 (Antes de saber que seria de fato feito).
O link para a abertura é esse que tá aqui.
http://www.youtube.com/watch?v=ehT01lapNrY
Claro que nomes e produtoras são "de mentirinha". Mas acho que o resultado ficou interessante e como a internet é democrática, venho na cara de pau dizer que gostaria muito de poder fazer essa abertura.
Grande abraço e parabéns pelo excelente trabalho!
Se eu fosse famoso gostaria de ganhar um ingresso para a pré-estréia; mas, como simples mortal, vou esperar ansioso pela exibição do filme em uma sala de cinema aqui em Campina Grande, Paraíba.
Ps.: relaxa Fernando, se o livro é lindo, a equipe é boa, e o diretor é brasileiro, tudo vai ficar super-ótimo!
Fernando, tudo bem?
Estou tentando falar contigo há tempos, quem sabe por aqui? Queria te entrevistar (pouca coisa, hã?) para a Folha Online.
Segue meu contato: diogenes.muniz@folha.com.br
um abraço esperançoso, Diógenes =)
cara batuta esse meirelles.
Parabens por essa ideia de fazer um blog do filme.... vc realmente é sem comentarios... Gostariade saber como a genet faz pra ficar sabendo sobre os processos de seleção de atores para os filmes... Se vc puder me ajudar agradeço. me manda um e-mail:nataliamatteucci@hotmail.com
valeu!!!!
Olá Meirelles,
Quero parabenizá-lo pela iniciativa deste blog, está muito interessante e é muito bom para quem quer descobrir o "fazer cinema", lê-lo pois dá uma visão prática de como funciona a direção de um filme.
No mais: Boa Sorte!
Existem algumas coisas que a gente encontra pelo caminham e mudam a nossa concepção das coisas. POdem ser situações elaboradas ou pequenos acontecimentos. Esse blog foi pra mim um momento desses. O cinema não perdeu o encanto, mas ganhou um milhão de outros... como é realmente mágica a transformação de cenas perdidas, do rompante de emoções, de questões técnicas podem se juntar e formar algo tão belo? Como a técnica e a sensibilidade das pessoas podem fazer coisas tão bonitas? Encantada, é só o que posso dizer. Estou encantada.
Fernando.
Adorei seu blog, e adorei também a possibilidade de acompanhar os bastidores do filme pela visão e a narração de alguém tão especial como você.
Parabéns pela iniciativa.
Ahhhh,tenho um pedido...
Sou super fã do Mark Ruffalo, ficarei aguardando você falar algo mais sobre ele ok?
Muita luz e inspiração.
Carolina Altino
Oi, Fernando! E um prazer para mim comunicar-me com vc. Sou uruguaia e agora mesmo vc está no meu pais de filmagem. Olhei de longe alguma scena e outras vi pela TV. Adorei a forma de trabalhar que têm.
Saiba que será sempre bemvindo no Uruguay e que vai ter sempre uma eterna fan em mim.
Parabéns pelo blog. Achei muito legal!
"Uruguaya" com saudade do Rio
Muito legal estar sabendo dos "detalhes" da criação de um projeto tão interessante. Pena que sao poucos os posts... imagino que vc esteja bastante ocupado com as filmagens.
Break a leg!
Alex R Silva
que bom que arrumou um tempinho prá outro post..
e as fotos, Fernando?
não dá prá postar mais nenhuma?
Se tiver alguma novidade sobre as filmagens em São Paulo, a gente ficaria muito feliz em poder ver, mesmo que de longinho...
Um grande abraço bem forte, com muita energia prá vocÊ, e que esse abraço envolva a todos ai da sua equipe, com muito calor humano prá esse filme tão esperado por todos nós.
Olympia - Cotia - SP
Aiai! Mal posso esperar pra assistir. Já tô até nervoso...
Bjão e parabéns!
:D
Achei a idéia deste diário SENSACIONAL!
Sou muito fã da Julianne Moore.. bom... da Julie, e estou adorando acompanhar as histórias aqui!
Parabéns pela iniciativa e obrigado por compartilhar as emoções!
Brilhante idéia a do seu blog: mostrar o dia-a-dia intenso de um set de filmagens, levantar questões q não são publicadas no segundo caderno, contar todo o processo de se criar um filme... E tudo isso com uma deliciosa linguagem.
Espero q vc continue com o blog até o fim, contando sobre edição, divulgação, festivais... e por aí vai.
Parabéns e muito sucesso.
Lívia Frossard
Muito legal o blog, Fernando, tao legal como o que você tinha no Cinema em Cena..tenho certeza que esse vai ser um dos melhores filmes de 2008.
Vão filmar onde em São Paulo?
Divulgue no blog
abraços e bom trabalho
Olá Fernando, tudo bom?
Acho muito interessante seu trabalho com os atores, sua admiração por eles como pessoas, como seres humanos. Sou ator, já participei de 3 longas ("Os Desafinados"- Walter Lima Jr., "Casa da Mãe Joana"- Hugo Carvana, e "Tropa de Elite"- José Padilha), todos com personagens e falas:) Tenho uma grande admiração pelo seu trabalho e seus filmes- sem babação de ovo-, pois você tem algo muito importante, além da ótima direção, que é esse cuidado com nós atores. São raras as exceções que trabalham como você hoje em dia no Brasil.O Walter Lima Jr. é um deles, gênio e um ser humano maravilhoso. Ele, como você, deixa os atores à vontade no set e mais a vontade ainda para criar. Engraçado essa coincidência de ler esse seu post hoje, pois horas atrás anotei uma passagem do livro do Yoshi Oida sobre diretores:
“Eu evocava regularmente um conselho de Peter Brook durante os ensaios. Eu tinha lhe perguntado sobre o que era mais importante quando dirigimos uma peça. Ele me respondeu: A PACIÊNCIA. Depois compreendi o que ele tinha querido dizer. Antes de tudo, é extremamente difícil comunicar com exatidão nossas intenções aos outros. Cada um tende a interpretar as idéias colocadas segundo o seu modo de ver as coisas, segundo sua própria estrutura mental, estando, no entanto, absolutamente convencido de ter compreendido nossas intenções. Poucas pessoas estão prontas para aceitar uma idéia do jeito que ela é, sem preconceitos. Se quisermos ser compreendidos, precisamos estão ensaiar sem descanso.Quando um diretor força atores a seguir suas idéias, estes se tornam simples robôs, bloqueados com comportamentos já testados. Se um diretor quer descobrir algo novo, tem de ter paciência, esperar que um fermento se produza no interior do ator e construir seu espetáculo a partir disso. Mas, se o diretor apenas dá ordens, o ator, cujo papel fica reduzido a obedecer, perde todo o desejo de tomar iniciativa própria.”
Fernando, desculpe minha cara de pau, mas, como ator, tenho corrido muito atrás de sonhos e metas, e uma delas é exatamente poder participar de um longa seu. Eu cheguei a entrar em contato com a Fernanda Gomes e a Cecília Homem de Mello na 02 em SP. Mandei meu material – currículo e fotos, elas receberam, mas falaram que os testes de elenco já tinham passado. Enfim, estou aqui, com coragem para te pedir uma chance de trabalhar com você nessa transposição do grande livro do Saramago para as telas. Gostaria muito de participar como ator fazendo um pequeno papel, uma ponta, ou até uma figuração de “luxo” (um acensorista, chofer, e etc). Eu gostaria de poder ter a oportunidade de estar nesse set de filmagem, mesmo por um dia, para mostrar que até um carioca de 32 anos pode ter um “je ne sais quoi” a ser descoberto. Quer ter essa honra?
Grande abraço,
Rodrigo Carvalho
Acho que é da natureza humana tentar buscar explicação para as coisas, uma forma de entender o que está ao nosso redor, talvez por curiosidade, talvez na vã esperança de reproduzi-las. Mas nem tudo é passível de reprodução, em especial o campo das emoções - que se recebem o mesmo rótulo (amor, ódio etc.), nunca são idênticas - e sobre isso só nos resta sentir e, depois, refletir.
Acho que o carisma é assim também. Uma coisa que é, simplesmente.
Nossa, fiquei surpresa ao ler seu comentário sobre a Sandra Oh, atriz que adoro e assisto sempre em Grey's Anatomy (q adoro igualmente).
A considero ótima atriz e o despertar das pessoas para novos atores é muito interessante. Papéis pequenos se tornam do tamanho de quem os interpreta. Nice choice!!!!!!!
Adorei seu blog, q não conhecia e vou "cultivar" o hábito de ler sempre. Como uma jardineira fiel...risos.
Abração!!!!!
Deborah Fessel
Vc não faz só cinema bem, sabe escrever. Uma delícia seu blog, li tudinho. Vou divulgar.
Sorte!
Sou sua fã, gosto do seu jeito tímido e nada arrogante.
Um abraço, Laura
Olá Fernando, meu nome é Paulo Drokan, sou proprietério da comunidade José Saramago (Brasil) no Orkut. Tem 10.000 pelegos lá ansiosíssimos esperando o filme....ehehehe. Só pelos posts do blog, já estamos delirando. Parabéns pelo seu talento! Apareça no orkut. Abração.
Não sei ao certo porque mas sempre q leio o diário da produção me vem aosolhos lágrimas.... Poxa a Alice Braga vai ser a prostituta, meu Deus, q coisa perfeita..... Julianne a mulher do médico, espero ansiosamente pelas cenas na telona....
Vai ser O filme do ano.... ansioso
Fernando, tudo bem? Meu nome é Letícia. Aproveitei que fui outro dia assinar liberação da minha imagem de um teste cantando lá na O2, para Antonia, e acabei pedindo teu e.mail na recepção. Desculpa o incômodo, mas eu admiro demais teus trabalhos...Achei fantástica a idéia do blog, onde vc. descreve tudo que está acontecendo na confecção do BLINDNESS.Vc. fica próximo, mas ao mesmo tempo com um olhar global das coisas, muita sensibilidade no olhar,sempre, e sensibilidade em como vamos nós receber este olhar...
Muita luz & paz na tua trajetória, Fernando, te admiro mesmo, um dos diretores mais brilhantes desta época... tu já és a própria continuidade e contemporaneidade da história do cinema... Não perco um texto teu aqui!!!!!!!!!!!!!!
beijão,
Letícia (http://www.myspace.com/leticiaolliveira ouça Bomba Relógio-composições)
Fernando
Nesse caso do Carisma podemos propor uma inversao de papeis tb!!! Tal qual os atores possuem-o na frente das cameras!! Eis que voce atras delas nao so possui esse carisma como tambem contamina os atores!!!
Pra quem gosta de cinema eh suficiente visualizar o nome dos atores que admira no poster e dar vontade de assistir o Filme. Agora pra quem ama o cinema tem que olhar no catinho inferior esquerdo e procurar bem pequenininho o nome do Diretor. Ler directed by Fernando Meirelles eh uma Honra.!!
Parabens!!!
Hola Fernando, soy uruguayo, productor audiovisual, me encantaría trabajar contigo algún día, un abrazo, suerte con el rodaje en MVD.
Gran novela la de Saramago. Espero con mucho entusiasmo tu versión cinematográfica. El año pasado estrené mi primer filme y pude sentir toda la pasión que significa hacer cine. La mejor de las suertes en esta nueva aventura y un fuerte abrazo desde Perú.
Esse é meu primeiro comentário no blog, eu espero muito desse filme adoro o livro, e quando soube que o Fernando Meirelles dirigiria fiquei muito mais empolgado em ver o filme, afinal "O Jardineiro Fiel" e "Cidade de Deus" são exelentes filmes.
Ai veio surgindo o elenco, que elenco, vai ser um filmaço, e o blog está exelente, legal como é falado dos atores etc.
To ficando mais ansioso ainda.
Eu não faço nada ligado a cinema, eu curso engenharia, mais eu adoraria fazer cinema, gosto muito de ver filmes ler livros etc.
E Fernando, parabéns rapaz, você está com um mega projeto nas mãos, é sinal do sucesso que você alcançou de forma merecida, boa sorte aí no filme, adaptar uma obra do José Saramago não é para qualquer um.
...e eu não páro de pensar como deve ser difícil pra você tornar visível a tal cegueira. nada de fade? ou um fade branco? ou um piscar histérico, um estrobe ultramegasaturado? ou será que ele ainda não decidiu isso e vai deixar pra pós-produção? ou, sei lá, sei lá, sei lá...
mas como considero a turma envolvida absolutamente genial (e como julianne é minha preferida), aceitarei o que vier, com perdão do trocadilho, às cegas.
arrase aí, mais uma vez, Mr. F.M.!
Olá Fernando,
Sou estudante de design e tenho cinema como meu ponto de partida e referência. Admiro seu trabalho e gostaria muito de me envolver a fim de aprender. Existe alguma possibilidade em aberto para assistência na direção de Arte?
Um estágio voluntário... horários alternativos, qualquer coisa...
ricardo.pocci@gmail.com
Abraço,
Ricardo
Olá Fernando,
Sou estudante de cinema e tenho o cinema como meu principal ponto de partida e referência. Gostaria muito de me envolver a fim de aprender.
Existe alguma possibilidade para assistência em direção de Arte?
Estágio voluntário, horários alternativo, qualquer coisa...
ricardo.pocci@gmail.com
Obrigado
Ricardo
Acebei de descobrir seu blog e de ler num só fôlego. Delícia de diário! Eu fico imaginando como deve ser difícil adaptar um livro tão complexo e denso, ainda tendo o autor vivo e exigente como parece ser o Saramago! Admiro a coragem de topar a empreita!
E a paciência pra lidar com mil pessoas (e suas ego-journeys) todos os dias!
Ah, o pré-preparo dos ingredientes antes de fazer o prato chama-se Mis en place.
Virei freguesa.
Lembrei disso e fui buscar:
No sé cuál es la cara que me mira
cuando miro la cara del espejo;
no sé qué anciano acecha en su reflejo
con silenciosa y ya cansada ira.
.
Lento en mi sombra, con la mano exploro
mis invisibles rasgos. Un destello
me alcanza. He vislumbrado tu cabello
que es de ceniza o es aún de oro.
.
Repito que he perdido solamente
la vana superficie de las cosas.
El consuelo es de Milton y es valiente,
..
Pero pienso en las letras y en las rosas.
Pienso que si pudiera ver mi cara
sabría quién soy en esta tarde rara.
(Jorge Luis Borges - El ciego)
Tudo bem Meirelles? Muito legal saber da existência do teu blog. Sou estudante de cinema de animação, faço uma pós nesta área, e me interesse demais pela sétima arte! Vai ser maravilhoso acompanhar os seus pensamentos durante esta produção!
Espero que você sempre arranje tempo para escrever um poquinho, que seja, pois conhecer as suas experiências equivale a todas as aulas que eu poderia ter na faculdade...
Estarei por perto. Boa sorte com a equipe, com o trabalho e com o Saramago!
Gostei muito do blog. Sou estudante de Rádio e Televisão, último ano. Quero estagiar no seu filme, sem pretensão nenhuma de remuneração, caso você grave em São Paulo, ou até mesmo atuar, pretendo conhecer de perto o gênio e o seu trabalho. Obrigado por fazer o que faz pelo cinema nacional.
Aguardamos anciosos por mais posts...
Cade os bastidores de Blindness?
Abraços
Ei, ei..volta, Fernando..estamos ansiosos pelo próximo post. bjs
Que beleza a sua escrita, o seu entusiasmo, a noção do experimental com a sabedoria dos anos de profissão, adorei a sua descoberta da descontinuidade, vi agora um filme lindo " o escafandrista e a borboleta" do Julian Schnabel que bela fotografia, me lembrou o que vc está aprontando por aí (se puder ver não perca).Parabéns Fernando do fundo do coração pela generosidade em nos mostrar quem vc é, me emocionou a cena e o processo da sua elaboração da Juliane e o estupro, vc filma bem, pq tem um prazer grande em contar historias.abração Ioram - SP
Fernando,
como é lindo ver o quanto você tem "olhos de ver"!!!
Como amante do cinema já estou fazendo meu trabalho voluntário de divulgar Blindness! Tenho certeza que será um marco na sétima arte! Parabéns sempre por manter o amor a essa maravilha!!!!!
É com certeza quando vc conhece uma pessoa ou melhor passa a conviver com ele, sempre esta em jogo a empatia,carisma,a história da mesma... é um verdadeiro mix de emoções que se misturam a todo o clima das filmagens.. eu acho com certeza que Saramago não irá compreender nunca.
Muitos dias do último post, todo dia dou uma espiada para ver o que vc vai contar sobre a filmagem em SP, aquele calor de rachar, um monte de gente assistindo...
fernando...
admiro muito seu trabalho e o trabalho do elenco que esta no filme...
Deve ser a maior adrenalina - o que antecede o: ação!!!
grande abraço a vcs...
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